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DRÁCULA DE BRAM STOKER - BOOK REVIEW

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Abraham "Bram" Stoker foi um escritor irlandês, mais conhecido como autor do livro de horror "Drácula", de 1897.  O personagem foi adaptado também inúmeras vezes para o cinema, sendo o último grande trabalho feito foi no ano de 1992, dirigido por Francis Ford Coppola.

Nascido em Dublin,  começou sua trajetória de sucesso com  “The Duties of Clerks of Petty Sessions in Ireland,” um livro de bolso sobre administração legal, em 1879.  Depois direcionou  seu trabalho para obras de ficção.  

Bram Stoker era um dos sete filhos de Abraham Stoker e Charlotte Matilda Blake Thornley Stoker. Em 1864, Stoker se matriculou na Universidade de sua cidade, fundada pela Rainha Elizabeth I em  1952 , onde recebeu diploma de matemática. Não muito tempo depois, ele foi contratado como um funcionário do Castelo de Dublin, a casa da realeza britânica na Irlanda no começo do século XIX até os anos 20. No castelo, Stoker começou a escrever voluntariamente, durante a noite, para um jornal chamado “Dublin Evening Mail”, realizando críticas de peças teatrais e foi assim durante uma década, até deixar o cargo. Num dado momento, conheceu o famoso Sir Henry Irving, após uma crítica a uma peça da qual Irving fazia parte. Os dois se tornaram grandes amigos e na década de 1870, Irving ofereceu a Stoker uma posição de gerência na sua casa de produções, na Inglaterra, o ainda famoso Lyceum Theatre, em Londres.

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Para quem não sabe, Henry  foi um ator de teatro inglês na era vitoriana. Em 1895, ele se tornou o primeiro ator a receber um título, indicando-o para a  aceitação total nos círculos mais elevados da sociedade britânica. 

Henry, o Drácula de Bram Stoker

A relação de Bram Stoker com Henry tem paralelos com a de Van Gogh e Gauguin.  Stoker idolatrava Irving, a ponto de achá-lo intocável na arte. O melhor dos melhores. No entanto, Irving era um homem egoísta e manipulador. Ele cultivava rivalidades entre os que o seguiam, e permanecer no seu círculo era necessário um cuidado especial, como se estivessem pisando em ovos. Instável e temperamental. Quando Bram começou a escrever Drácula, a inspiração era o próprio Henry. Várias semelhanças e nuances são facilmente encontradas, se traçarmos um paralelo entre a ficção e a realidade. E Bram  internalizou o medo e a animosidade que seu empregador inspirou, tornando-os os alicerces de sua obra gótica.

Então...em 1897, Drácula tomou a forma de um livro que assombraria dos fãs do horror décadas à frente. Foi um dos primeiros livros que devorei na vida. Um dos mais marcantes e talvez o mais importante para sedimentar minha paixão pelo cinema de horror. O livro é disposto em formas de cartas, registros, diários, e isto tudo junto, forma o mosaico para entender tudo que aconteceu com os personagens. Esta técnica literária é conhecida como "romance epistolar". 

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O livro começa com Jonathan Harker, um advogado inglês recém-formado, visitando o Conde Drácula nas montanhas dos Cárpatos, na fronteira entre a Transilvânia, Bucovina e Moldávia, para prestar apoio jurídico para uma transação imobiliária supervisionada pelo empregador de Harker. Mas Harker está ali também levado pela curiosidade. Mas após a recepção amistosa, Harker aos poucos é tragado pelo medo do que o espreita. Ele vira um hóspede prisioneiro. Harker começa a perceber a natureza não humana do conde, porém...não estamos nos anos 2000 não é? Não há internet para nos explicar multi-conceitos de tudo. Harker não tinha nada a não ser o que ele "achava" que estava vendo. Drácula não tinha reflexo no espelho, se comportava de forma estranha, não se alimentava e rastejava do lado de fora do castelo...pelas paredes. Harker, numa noite, sai do quarto e é abordado por três belas mulheres, que tentam sugar seu sangue, porém são impedidas pelo próprio conde. 

Por um triz, Harker não vira jantar de vampira sem ao menos saber o que estava acontecendo.  Após este evento, Harker descobre que Drácula dorme num caixão. O conde o abandona no castelo e parte rumo à Europa. Através de um diário, descobrimos que Drácula assombrou a embarcação, matando um a um, conforme sua necessidade sanguinária. 

Ao se instalar, o conde começa assediar Lucy, amiga de Mina Murray, que por sua vez, é o amor de Harker. Paralela a esta história,  Drácula mantém contato  com o paciente Renfield, que é tratado no asilo psiquiátrico. O doente é capaz de detectar a presença do Conde, a quem chama de Mestre. Quando Lucy passa a definhar, entra em ação velho professor  Abraham Van Helsing, que determina imediatamente a verdadeira causa da condição de Lucy. 

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Ele obviamente se recusa a divulgá-la, mas a diagnostica com perda severa de sangue. Helsing receita transfusões de sangue para recompô-la. Duas marcas pequenas são observadas em seu pescoço. Helsing, em seguida, pendura um crucifixo no pescoço dela, mas logo depois a jovem é encontrada morta sem o símbolo religioso. Helsing descobre que uma das enfermeiras do asilo psiquiátrico de Seward o roubou na noite anterior. As peças começam a se encaixar para Van Helsing.

Lucy se torna uma criatura da noite, e é vista vagando ou mesmo perseguindo pessoas. Van Helsing e seus amigos armam uma emboscada na sepultura de Lucy (sabendo que ela não estaria lá dentro ou imaginando que ela sairia).  Lucy é morta. 

Jonathan Harker consegue fugir do castelo e retorna, assumindo agora a condição de caçador de vampiros. A equipe se aloja na residência do Dr. Seward, realizando reuniões noturnas e fornecendo relatórios com base em cada uma das suas várias tarefas. Mina descobre que seus diários e cartas contêm pistas para que eles possam encontrá-lo.  Van Helsing também investiga o paciente Renfield, descobrindo assim, que ele é um assecla do vampiro. Eles também pesquisam detalhes místicos e culturais para entender o que é exatamente um vampiro, bem como conhecer suas fraquezas para derrotá-lo.  Uma investida inclusive é feita, sem sucesso , para dar fim à "vida" do monstro.

Drácula ataca Mina em três ocasiões e a alimenta de seu próprio sangue para controlá-la. Isso amaldiçoa a moça com vampirismo e opera uma transformação gradual nela. Van Helsing tenta ajudá-la colocando-lhe sobre a testa uma hóstia, mas isso deixa uma terrível cicatriz. Sob essa maldição, Mina oscila da consciência a um semi transe durante o qual percebe as ações de Drácula. Após os caçadores destruírem todos os "dormitórios" do conde, espalhados em Londres, se deparam com a possível fuga do conde para sua terra natal.  Parte então a comitiva para dar cabo na besta e libertar Mina do vampirismo. 

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O grande conhecedor do mito na história foi Abraham Van Helsing. Não atoa, leva o nome do autor (que inclusive se assemelhava fisicamente).Foi a forma do autor se inserir na história, como conhecedor do que está escrevendo.

Em 1906, Bram Stoker publicou uma biografia em dois volumes sobre Irving, chamada Personal Reminiscences of Henry Irving . Stoker gerenciou o Lyceum por quase 30 anos, até a morte de Irving, em 1905. Sete anos depois, Stoker morreu em Londres. Os direitos autorais sobre sua obra foram herdados por Florence Stoker, sua esposa. Ela permitiu que Hamilton Deane, diretor de teatro irlandês, adaptasse a obra de seu marido em uma peça. Após esta primeira adaptação, a obra de Stoker ficou ainda mais famosa. 

Stoker morreu em  em 20 de abril de 1912, apenas 6 dias depois do navio mais famoso de todos os tempos colidir em um Iceberg e ceifar a vida de 1500 pessoas (número aproximado). Se estivesse vivo e lúcido, talvez Stoker nos contaria o naufrágio do Titanic de outra forma. E certamente, um iceberg não seria o motivo de sua derrocada.

Uma obra tão grandiosa quanto essa será publicada em duas versões, para nenhum vampiro colocar defeito: FIRST EDITION, com a icônica capa amarela da primeira publicação, em 1897, uma edição inédita no mercado brasileiro que eterniza o brilho e o encanto do sol, algo inalcançável diante de toda a dor da eternidade; e a DARK EDITION, dedicada aos leitores trevosos de coração sombrio. Por dentro elas carregam o mesmo conteúdo sangrento; por fora demonstram a vida e a beleza de um clássico imortal.

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A edição tem ainda vários "extras". São entrevistas da época, reportagens, uma carta de Arthur Conan Doyle para Bram Stoker, textos sobre o livro (e as adaptações para o cinema do personagem) contribuição sempre primorosa do Carlos Primati (que inclusive entrevistamos, confira clicando no nome dele), um manuscrito de Bram com a versão para teatro do romance e muitas fotos.
Uma obra obrigatória, que tirou o sono de tantos mortais, até mesmo de Stephen King.

Informações técnicas:


Drácula: Dark Edition

Capa dura: 580 páginas
Editora: DarkSide; Edição: 1 (24 de outubro de 2018)
Autor: Abraham Stoker
Tradução: Márcia Heloísa
Idioma: Português
ISBN: 9788566636239
Dimensões do produto: 23,4 x 16,2 x 4,4 cm
Peso: 798 g


Drácula: First Edition

Capa dura: 580 páginas
Editora: DarkSide; Edição: 1 (24 de outubro de 2018)
Autor: Abraham Stoker
Tradução: Márcia Heloísa
Idioma: Português
ISBN: 9788566636222
Dimensões do produto: 23,4 x 16,2 x 4,4 cm
Peso: 798 g


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