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007 - OPERAÇÃO SKYFALL (2012) - SOFÁ NIGHT COM CINEMA


FICHA TÉCNICA

Elenco: Daniel Craig, Ralph Fiennes, Javier Bardem, Bérénice Marlohe, Naomie Harris, Judi Dench, Helen McCrory, Ben Whishaw, Tonia Sotiropoulou.
Direção: Sam Mendes
Duração: 143 min.
Distribuidora: Sony Pictures
Orçamento: US$ 200 milhões
Estreia: 26 de Outubro de 2012


SINOPSE

 Em '007 - Operação Skyfall', a lealdade de Bond a M é testada quando o seu passado volta a atormetá-la. Com a MI6 sendo atacada, o 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, não importando o quão pessoal será o custo disto. Depois do fracasso da última e fatídica missão de Bond, quando a identidade de vários agentes secretos espalhados pelo mundo é revelada, ocorre um atentado à sede do MI6, obrigando M a transferir as instalações do seu quartel-general. Devido a esses eventos, a sua autoridade e posição se verão ameaçadas por Mallory (RALPH FIENNES), o novo presidente da Comissão de Inteligência e Segurança. Agora, com o MI6 sob ameaças tanto externas quanto internas, só resta a M um único aliado em quem ela pode confiar: Bond. O agente 007 desaparece nas sombras – auxiliado por uma única agente de campo, Eve (NAOMIE HARRIS). Juntos, eles seguirão a pista do misterioso Silva (JAVIER BARDEM), cujas motivações letais e obscuras ainda estão por se revelar.

SOFÁ NIGHT COM CINEMA

Adoro 007. Mas faltava aquele filme que a série sempre mereceu. Enfim chegou.  Os novos filmes têm uma "pegada" identidade bourne.  Mas este se superou: melhor elenco de apoio, melhor diretor, melhor história, melhor vilão, melhor junção com o primeiro filme da série, melhor abertura, melhor música, ganhou 2 oscares, enfim...grandes elementos que não haviam juntos num filme só da série.
Uma justa homenagem a Sean Connery (o melhor ator a interpretar James Bond), inclusive nada me tira da cabeça que o papel do velho isolado no final do filme era para o ator, que não cogitou sair da aposentadoria.
Foi o único filme que rendeu 1 bilhão na bilheteria mundial.

ANÁLISE

Aos puristas e saudosistas eu sinto muito em dizer, mas de longe encontramos no século XXI um Bond de verdade e que supera o seu grande Bond anterior e faz dentre 23 filmes até agora lançados da série, o melhor de todos as películas do espião mais famoso do mundo. Operação Skyfaal é o melhor disparado porque reúne uma sequencia de ideias e acontecimentos tão fantásticos que aposenta o grande Sean Connery  e apresenta Daniel Craig como o verdadeiro alter ego do famoso espião.

O diferencial acima de tudo é Daniel Craig, que maravilhoso como Bond já em sua estreia e na sequencia Quantum of Solace, um filme de entremeio em que ele salva com maestria,  Craig transforma-se definitivamente em James Bond. Ele e o personagem são um só e dificilmente outro ator o desbancará tão cedo. Uma segunda confirmação de Operação Skyfall é o seu elenco de apoio formidável e maravilhoso que com singeleza complementa as cenas sem atrapalhar o brilho de seu astro rei na tela. Destaques para o novo Q que  agora é um Nerd e jovem e totalmente descolado em cena e não se apequena diante do 007. M também, como já vinha nas sequencias anteriores a este filme, brilha incessantemente como o grande mote do filme. E como todo grande filme de espião merece um grande vilão, o epicentro ficou com o estupendo Javier Bardem que se torna um vilão tão poderoso quanto ambíguo.  E outros personagens fantásticos que até iluminam um pouco do passado de 007. Fantástico.

Meio morto já de cansaço depois de uma perseguição e luta contra um oponente osso duro de roer, James cai dentro de um vagão que o próprio abrira com uma escavadeira e ajeita o seu indefectível  terno. Nada mais marca o espião do que esse ato. O respeito à vestimenta, o uniforme de trabalho, seja um terno ou um smoking, faz de James Bond um personagem inesquecível e é nesse ponto que Daniel Craig enfim toma a pecha de Bond definitivo de Sean Connery. Ele tornou-se um perfeito Bond tal como Heath Ledger tornara-se Coringa em uma atuação difícil de ser encenada novamente por outro.

Dos James Bond anteriores e para este que vos escreve são 23 filmes com alguns interpretes. Só de Sean Connery pode-se dizer que ele era Bond. George Lazenby e Timothy Dalton forma Bonds sofríveis. O personagem era excessivamente maior do que os atores que sucumbiram ao peso. Pierce Brosnan foi um bom Bond, mas irregular, tendo dois filmes ruins para enfim emplacar nos dois últimos, já no limiar de sua era. Faltou-lhe tempo infelizmente. Roger Moore  foi Bond em muitos de seus inúmeros filmes ( ninguém foi tantas vezes Bond como ele) mas para uma grande parcela da crítica nunca convenceu. E um Bond precisa convencer.

Daniel Craig fora um Bond excelente em suas duas primeiras aparições e agora firmou-se acima do excelente. Ele é Bond. Simplesmente porque captou a essência do personagem literário ( aos ignorantes do assunto Bond veio de um livro escrito pelo também espião Ian Flemming). Bond é um profissional que não pode errar e assim sendo, seus atores tampouco. E parece que Craig diverte-se com esse personagem que tão bem caíra nele. E nisso se percebe quando em um momento tenso e crucial do filme ele arranja um “time” para poder piscar para a audiência e lembrá-la de que nada se pode levar a sério demais, de maneira alguma. Operação Skyfall já confirma o talento de Craig para este tipo de interpretação desde quando ele convenceu  em Munique e foi escalado para o papel.
Não se pode deixar de lado também a interpretação estupenda de Javier Bardem,  que repetindo a atuação irretocável de Onde os fracos não têm vez faz de novo um vilão memorável.  Parece até que o ator mais é perfeito quanto pior é o seu cabelo no filme. No primeiro filme usava um cabelo Chanel e agora uma loira oxigenada. Mas entra para a história no rol dos piores vilões pois o faz de uma maneira convincente. E não esperem planos de dominação mundial ou lutas entre nações. Como em Tropa de Elite, o inimigo agora de fato é outro. É uma guerra particular, limitada entre as pessoas e que, por azar, a Grã Bretanha de Bond está no meio.

Um detalhe muito criticado por alunos meus e outros especializados na área é uma suposta homossexualidade da personagem que nada tem de homossexual ( nada contra quem é) pois a tal cena apenas demonstra a grandeza de Craig e a força do personagem, que provocado pelo vilão, cercado e sem chances de vencer a quem o prende, usa de uma sagacidade para atrair a atenção do vilão e proporcionar uma reviravolta. Mas o interessante é que o mundo realmente mudou quando a tirada mais erótica de um filme de Bond vem de um dialogo entre dois homens. Para quem quer ver Bonds à moda antiga ou tem de ver Sean Connery mesmo ou ver a imperdível série Mad Man, uma série que retrata o auge do macho civilizado, porém ainda infelizmente macho demais.
Enfim, amigos leitores, para nós que gostamos do espião mais famoso do mundo, restas entregar-se à interpretação matadora do ator inglês. Porque dificilmente ele sairá de cena tão cedo. Até que a morte os separe, Craig e Bond.

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