007 - OPERAÇÃO SKYFALL (2012) - SOFÁ NIGHT COM CINEMA
Direção: Sam Mendes
Duração: 143 min.
Distribuidora: Sony Pictures
Orçamento: US$ 200 milhões
Estreia: 26 de Outubro de 2012
SINOPSE
Em '007 - Operação Skyfall', a lealdade de Bond a M é testada quando o seu passado volta a atormetá-la. Com a MI6 sendo atacada, o 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, não importando o quão pessoal será o custo disto. Depois do fracasso da última e fatídica missão de Bond, quando a identidade de vários agentes secretos espalhados pelo mundo é revelada, ocorre um atentado à sede do MI6, obrigando M a transferir as instalações do seu quartel-general. Devido a esses eventos, a sua autoridade e posição se verão ameaçadas por Mallory (RALPH FIENNES), o novo presidente da Comissão de Inteligência e Segurança. Agora, com o MI6 sob ameaças tanto externas quanto internas, só resta a M um único aliado em quem ela pode confiar: Bond. O agente 007 desaparece nas sombras – auxiliado por uma única agente de campo, Eve (NAOMIE HARRIS). Juntos, eles seguirão a pista do misterioso Silva (JAVIER BARDEM), cujas motivações letais e obscuras ainda estão por se revelar.
Adoro 007. Mas faltava aquele filme que a série sempre mereceu. Enfim chegou. Os novos filmes têm uma "pegada" identidade bourne. Mas este se superou: melhor elenco de apoio, melhor diretor, melhor história, melhor vilão, melhor junção com o primeiro filme da série, melhor abertura, melhor música, ganhou 2 oscares, enfim...grandes elementos que não haviam juntos num filme só da série.
Uma justa homenagem a Sean Connery (o melhor ator a interpretar James Bond), inclusive nada me tira da cabeça que o papel do velho isolado no final do filme era para o ator, que não cogitou sair da aposentadoria.
Foi o único filme que rendeu 1 bilhão na bilheteria mundial.
ANÁLISE
Aos puristas e saudosistas eu sinto muito em dizer, mas de longe encontramos no século XXI um Bond de verdade e que supera o seu grande Bond anterior e faz dentre 23 filmes até agora lançados da série, o melhor de todos as películas do espião mais famoso do mundo. Operação Skyfaal é o melhor disparado porque reúne uma sequencia de ideias e acontecimentos tão fantásticos que aposenta o grande Sean Connery e apresenta Daniel Craig como o verdadeiro alter ego do famoso espião.
Meio morto já de cansaço depois de uma perseguição e luta contra um oponente osso duro de roer, James cai dentro de um vagão que o próprio abrira com uma escavadeira e ajeita o seu indefectível terno. Nada mais marca o espião do que esse ato. O respeito à vestimenta, o uniforme de trabalho, seja um terno ou um smoking, faz de James Bond um personagem inesquecível e é nesse ponto que Daniel Craig enfim toma a pecha de Bond definitivo de Sean Connery. Ele tornou-se um perfeito Bond tal como Heath Ledger tornara-se Coringa em uma atuação difícil de ser encenada novamente por outro.
Não se pode deixar de lado também a interpretação estupenda de Javier Bardem, que repetindo a atuação irretocável de Onde os fracos não têm vez faz de novo um vilão memorável. Parece até que o ator mais é perfeito quanto pior é o seu cabelo no filme. No primeiro filme usava um cabelo Chanel e agora uma loira oxigenada. Mas entra para a história no rol dos piores vilões pois o faz de uma maneira convincente. E não esperem planos de dominação mundial ou lutas entre nações. Como em Tropa de Elite, o inimigo agora de fato é outro. É uma guerra particular, limitada entre as pessoas e que, por azar, a Grã Bretanha de Bond está no meio.
Um detalhe muito criticado por alunos meus e outros especializados na área é uma suposta homossexualidade da personagem que nada tem de homossexual ( nada contra quem é) pois a tal cena apenas demonstra a grandeza de Craig e a força do personagem, que provocado pelo vilão, cercado e sem chances de vencer a quem o prende, usa de uma sagacidade para atrair a atenção do vilão e proporcionar uma reviravolta. Mas o interessante é que o mundo realmente mudou quando a tirada mais erótica de um filme de Bond vem de um dialogo entre dois homens. Para quem quer ver Bonds à moda antiga ou tem de ver Sean Connery mesmo ou ver a imperdível série Mad Man, uma série que retrata o auge do macho civilizado, porém ainda infelizmente macho demais.
Enfim, amigos leitores, para nós que gostamos do espião mais famoso do mundo, restas entregar-se à interpretação matadora do ator inglês. Porque dificilmente ele sairá de cena tão cedo. Até que a morte os separe, Craig e Bond.