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Sobre o fundador

 

Meu nome é M. V. Pacheco. Tenho 47 anos e sou cinéfilo. Assisti 22.000 filmes, sendo que os anoto desde os 6 anos. Comecei a listá-los anotando-os em papéis de pão. Com 11 anos, comprei 25 cadernos, com intuito de colocar em ordem alfabética os filmes, e colocando uma letra em cada caderno.

Com o meu primeiro VHS, gravei o filme "Tubarão (1975)" e assisti durante o resto do ano, o que deu exatas 196 vezes, e a partir daí, tornei o filme a minha referência para as pessoas de como eu gosto de cinema. Muita gente ainda me para na rua e pergunta se eu continuo vendo o filme. Resolvi então vê-lo em toda virada de ano (literalmente). "Tubarão" é o último filme que eu assisto no ano, e o primeiro do ano seguinte.

A partir daí, comecei a viver histórias loucas envolvendo os filmes. Certa vez, passou na "Tela Quente" da Globo, o filme Platoon. E na mesma hora, passaria o filme "Mad Max", no SBT, pela primeira vez na televisão, como dizia o enfático anúncio. Dois filmes que eu não havia visto na época. Como escolher qual assistir? Não tive escolha, ví os dois ao mesmo tempo. Coloquei uma pequena TV que tinha na minha casa ao lado da TV do meu quarto, e assim assisti os dois.

Outra história bizarra, foi que nos primórdios de baixar filmes no extinto e-mule, baixei um filme que estava de cabeça para baixo. Como eu não sabia nada de computador e nunca havia ouvido falar na palavra "codec", que certamente resolveria este problema, tive que assistir o filme assim: coloquei um espelho em cima do monitor, e vi o filme através do espelho.


São centenas de maluquices. Certa vez, eu estava numa festa, e iria passar o filme "Os Sete Samurais" na TV. Para ver o filme, eu teria que ir embora da festa ao qual estava com uma namorada. Ela me chamou de doido, e disse para escolher entre a festa e ela. Fui para casa sem dúvidas, e assisti àquela famosa cópia chuviscada da TV. O filme se tornou um dos 10 melhores que eu já assisti.

Certa vez assisti 4 sessões do filme "Indiana Jones e a Última Cruzada". Aliás, eu tinha mania de ver duas sessões de um filme, até que um dia esbarrei num filme que não gostei na época, e mesmo assim eu assisti. Aí repensei sobre o assunto, e parei com isto...

Fui um sem número de vezes a boates, mas a primeira vez foi numa boate famosa em Niterói, RJ, chamada "Le Village". Chegando lá, tinha um telão na frente da pista de dança. Passou "E.T." e "Rambo 2". Não precisa ter imaginação fértil para descobrir o que fiz: fui para uma mesa, coloquei um fone de ouvido disponível para ouvir o filme, e assisti.

Outra maluquice foi assistir a 11 filmes seguidos: 5 Loucademia de Polícia, e 6 Sexta-Feira 13. Existiu um motivo, claro, pois na casa que fui passar o fim de ano, a dona havia alugado os filmes, mas quando eu cheguei, ela disse que iria entregá-los na manhã da segunda-feira, e era noite de sábado. Não tive escolha...

Mas não se enganem, eu tive uma vida bem intensa e longe dos filmes. Mas fiquei marcado pelo hobby e pelas histórias que o cercam.


Já adulto, fiz uma imensa lista de filmes raros... tipo uns 1.000 filmes, raríssimos na época. E comecei minha caminhada dali. Um filme clássico que eu gostava, tipo "O Sétimo Selo", eu pesquisava em livros (nada de internet na época), e assistia aos filmes do mesmo diretor. E assim fui fazendo. Aos poucos, virei colecionador de Vhs, depois dvds e posteriormente Blu-rays. Agreguei à coleção trilhas sonoras e livros sobre cinema. E mais velho, action figures.

Aí comecei a escrever e-books e mandá-los para a Livraria Saraiva para fazer a impressão. Foram mais de 30 livros.

Um deles em particular tem uma história interessante: fui anotando ao longo dos anos os famosos "clichês" de filmes. Depois fui passando para o Word, e anos depois para o e-book.

Com isto, acabei escrevendo em pequenos jornais da minha cidade, matérias sobre cinema, e posteriormente, fui entrevistado por um site e um grande jornal.

Fiz vários curta-metragens e um longa, chamado "O último homem da terra", baseado no mesmo livro que deu origem aos filmes "Eu Sou a Lenda", "Mortos que Matam" e "A Última Esperança da Terra"

E como todo bom cinéfilo tenho minhas listas que vou publicá-las aqui.

As mais importantes são dos 100 maiores filmes do cinema, que fiz até um livro sobre eles. E uma lista dos 100 filmes que mais gosto de assistir. Esta lista variou bem a longo dos anos. Na minha lista chegou a ter filme do Van Damme. Faz parte do crescimento como cinéfilo. Identificar o que é bom, o que resiste com o tempo, enfim...

No último ano resolvi que minha lista teria 1% dos filmes que assisti. No caso, 170. São filmes que eu assisto e assisto de novo. Eles são meus melhores amigos. Boa parte deles considerados grandes filmes por todos, mas esta lista não é política. São filmes pessoais. Poderia ter um "cine trash" sem problemas. Gosto é pessoal e esta deveria ser uma regra para todo cinéfilo: respeitar a individualidade. Naturalmente, com o passar dos anos, acaba reconhecendo que certos filmes não merecem figurar em sua lista.

Recentemente fiz vários clipes de filmes e músicas, que é bem visualizado no YouTube.

Tenho uma página no Facebook que já chegou a 40.000 acessos num dia.

E agora comecei esta página, que quero publicar sempre, um pouco de tudo.

E antes que alguém pergunte... eu tenho sim uma inspiração. Por isto faço tantos guias, listas, enumero filmes... Minha referência neste sentido foi Rubens Ewald Filho... com quem tive o prazer de entrevistar, muitos...tantos...anos depois.

Grande abraço e boa diversão!


Aliás, vou deixar uma pequena reflexão:

EU SOU DE UM TEMPO...

Eu sou de um tempo que Spielberg emplacava um sucesso atrás do outro.
A geração de hoje conhece Spielberg através de fracassos como "O Bom Gigante Amigo - 2016" que nem se pagou. O primeiro filme do diretor que assisti, com então 6 anos, foi simplesmente E.T. - O Extraterrestre (1982);

Eu sou de um tempo  que Van Damme, Chuck Norris, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger, Dolph Lundgren arrasam a concorrência como dinamite (palavras da picareta e saudosa America Vídeo)

A geração de hoje conhece estes caras através das auto paródias como "Os Mercenários". Assisti filmes como "O Grande Dragão Branco", Braddock 3 e Rambo 3 no cinema. E isto não tem preço...

Eu sou de um tempo  que Os Caça-Fantasmas arrasavam nas bilheterias, enquanto a moçada de hoje não pagou para ver o novo, gerando um grande prejuízo...

Eu sou de um tempo  que eu saía para procurar clássicos nas locadoras, fazia ficha em todas, várias amizades e muito exercício (ia andando ou de bicicleta sempre). A geração de hoje dá um clique e baixa o filme. Ainda neste assunto, sou de um tempo que colecionadores (como eu) saíam com o vídeo cassete debaixo do braço para pedir alguém que tinha TV paga gravar algum filme raro.

Hoje?

Eu sou de um tempo  que tinha Sessão da Tarde, Supercine, Sessão de Gala, Corujão, Sessão das Dez, Cinema em Casa, Tela Quente (eu anotava todos os filmes que passavam).

Hoje? Netflix?

Eu sou de um tempo  que nós gravávamos filmes assistindo para cortar os intervalos. 

Hoje? Pause na Netflix?

Eu sou de um tempo que eu dava valor a cada filme conquistado, cada produção assistida, riscava no caderninho os filmes vistos.

Hoje? Filmow?

Eu sou de um tempo  que eu era feliz e não sabia...

Os Caçadores da Arca Perdida (1981), custou 18 milhões... Star Wars (1977), custou 11. Aliás, ele se chamava Guerra nas Estrelas. John Hughes estava no auge; Esqueceram de Mim era bom.

Eu sou de um tempo  que eu não precisava sorrir, pois eu estava sendo filmado. 

Eu sou de um tempo que o cinema tinha propagandas antes dos filmes. 

Hoje tem avisos... recomendações... proibições...

Eu sou de um tempo  que os filmes de heróis eram demolidos pela crítica, mas um dos filmes da minha vida é de herói e trabalham Marlon Brando, Terence Stamp e Glenn Ford.

E hoje? Defendem Zack Znyder em O Homem de Aço...

Dá pena...

Eu sou de um tempo  que se não era o melhor tempo do mundo, mas eu era feliz nele.

Eu sou de um tempo  que eu ficava tentando entender que não teria uma hora a mais no dia, quando começava o horário de verão.  

Eu sou de um tempo  que tinha Clube do Bolinha, Chacrinha, Ploc Monster, chocolate surpresa, pobobol, álbuns de figurinhas, bafinho, pique-esconde...

E hoje?

Como eu disse, não sou do melhor tempo do mundo, mas sou de uma geração que viveu no meio de elementos que proporcionavam uma identidade cultural...

E hoje? Compartilhamento do Facebook? Google?

Eu sou de um tempo  que eu contemplava uma paisagem...

E hoje? Filmam, postam com carinhas, frases e ficam esperando curtidas.

Eu vivi, bem vividos os meus anos de juventude. Eu curti, compartilhei e nunca mais esqueci...

E hoje? Tudo se resume a cliques...
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