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COMBOIO DO TERROR (1986) - CRÍTICA DESTRUTIVA

STEPHEN KING, em pessoa, apresenta o trailer desse cult dos anos 80. No vídeo, ele solta a célebre frase: “Vários diretores já adaptaram minhas histórias, mas se você quer que algo seja feito direito, faça você mesmo.”

Resultado? Bom... prepare-se.

A premissa — máquinas se voltando contra os homens — sempre foi instigante no cinema. Mas o que King entrega na tela é outra coisa...

Logo de cara, a bizarrice: como máquinas “xingariam” com palavrões? No início do filme aparece até um caixa eletrônico soltando um “ASSHOLE”. Isso só para dar palco ao “mestre” Stephen King, que fez questão de dirigir a sua “obra-prima”. Francamente.

Depois, temos o jovem de bicicleta passando por uma rua deserta. Os regadores de jardim ligam e desligam conforme ele passa. Que rebelião patética é essa? O máximo da maldade das máquinas é molhar calçada?

E o casal de recém-casados? Após serem atacados, a mulher pergunta se o marido está morto. Ora, se estivesse, responderia? Pelo amor de Deus! Na cena seguinte, ele se levanta, a esposa pede para entrar no carro, e o sujeito ainda faz cara de que vai “enfrentar o caminhão”... mas acaba entrando no carro.

Mais adiante, a mocinha recém-chegada ao posto de gasolina solta: “Você é bonitinho”. Diante do desdém do futuro herói, completa: “Não tão bonitinho!”. Que diálogo é esse? Parece saída de novela mexicana de quinta categoria.

Ah, e não dá para esquecer do caminhão do Duende Verde atacando o vendedor chato. Emilio Estevez até tenta ajudar, mas o cara o empurra e continua na rua. Quando resolve correr, dá mais atenção ao chapéu do que ao próprio corpo. No corte seguinte, parece que ele pula de encontro ao caminhão. Depois, fica caído, agonizando, até que à noite finalmente alguém percebe.

E o nonsense continua: descobrem um quarto cheio de armamentos e a mocinha solta: “Você acha que ele roubou tudo isso?” O herói responde: “Não, acho que comprou... é mais o estilo dele”. Sério?

É nesse nível do começo ao fim. O filme chega ao cúmulo de enfiar uma cena de amor em meio ao caos — com direito a close nos pés do casal e Estevez limpando a testa da parceira com... cuspe. Inacreditável.

E o auge: a garçonete berrando “We made you!” enquanto buzinas e luzes piscam em ritmo de AC/DC. Hilário, mas constrangedor.

O filme não economiza pérolas: o vendedor de bíblias agonizando o dia todo para, no momento do resgate, fingir morte e agarrar o garoto que tentava ajudá-lo. Ao ouvir os gritos, os heróis chegam e soltam: “Vamos, ele está morto!”. Como assim?

Em seguida, Estevez atira uma bazuca contra um caminhão. O disparo vem de frente, mas o veículo explode... pelos lados. Física by Stephen King.

O clímax envolve um veículo militar que chega para “forçar” os caminhões a abastecer. Antes disso, porém, a metralhadora destrói metade da frota, acabando com a própria “mão de obra escrava”. E os outros postos do país? Ah, detalhe irrelevante.

Não bastasse, o veículo se comunica por código Morse — e, claro, justo o garoto que foi salvo por acidente entende tudo. E logo depois, alguém solta: “Não temos energia!”. Segundos depois, a energia volta, como se as máquinas obedecessem.

As perguntas só aumentam: por que diabos as máquinas precisam ser abastecidas, se no dia a dia já são? Qual é o plano? Ficar rodando em círculos até morrer de tédio?

A conclusão é ainda mais “criativa”: o caminhão do Duende Verde explode ao som de Who Made Who (que poderia muito bem ser cantada pela garçonete histérica). Mas a explosão acontece segundos depois, sem explicação.

E quando pensamos que acabou, surge o letreiro final:

“Dois dias depois, um OVNI foi destruído por um satélite meteorológico russo. O OVNI estava equipado com um canhão laser e mísseis nucleares classe 4.”

Meu Deus do céu! OVNI com míssil nuclear classe 4??? Aí é demais.

E o desfecho? Os sobreviventes partem num barco. Mas peraí: todas as máquinas ganharam vida, até cortador de grama e máquina de refrigerante... mas nenhum barco?

Meu Deus...


E o pior: eu ainda gosto dessa porcaria.



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