10 FILMES PARA ASSISTIR NA PÁSCOA
Não sei outros cinéfilos, mas costumo associar situações a filmes, e elas acabam me induzindo a ver filmes que gosto em determinadas épocas do ano. Exemplo, quando cai a temperatura, gosto de assistir "De olhos bem fechados" e "Os suspeitos" (eles se passam no inverno)
Considerando que existem malucos igual a mim, vou indicar filmes adultos para ver na Páscoa (nada de desenhos tipo aquele do "Hop", ou comédias.) É uma lista mais tradicional.
Vamos lá.
BEN HUR
(1959 - WILLIAM WYLER)
(1959 - WILLIAM WYLER)
Começamos por um grande clássico, que é também um dos filmes mais premiados da história do Oscar. Baseado na obra do escritor Lew Wallace, o filme conta a história de Judah Ben-Hur, vivido por Charlton Heston, um príncipe que defende a liberdade do povo judeu contra a tirania romana. Ele acaba sendo traído por seu melhor amigo, que o transforma em um escravo de Roma. Embora não seja propriamente sobre Jesus, a história de Ben-Hur se une à dele quando Cristo o ajuda em seus momentos de maior dificuldade, culminando em um ato de cura durante sua crucificação. Assim, o gigantesco épico acaba representando de forma bastante simples a bondade e os poderes de Jesus por meio de outra história completamente fictícia.
PAIXÃO DE CRISTO
(2004 - MEL GIBSON)
(2004 - MEL GIBSON)
Bastante polêmico na época de seu lançamento, neste violento filme, Mel Gibson optou por mostrar os últimos momentos da vida de Jesus. Assim, como se tornou comum na filmografia do diretor, as cenas são difíceis de assistir, regadas a muito sangue, torturas inimagináveis, além de requintes de crueldade e sadismo. O diferente aqui é que os ensinamentos de Jesus são deixados em segundo plano para retratar de forma estilizada seus sofrimentos. É ainda mais difícil de ver quando percebemos quem foi a pessoa que teve de passar por tudo isso.
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS
(1964 -´PIER PAOLO PASOLINI)
(1964 -´PIER PAOLO PASOLINI)
O filme do polêmico diretor italiano Pier Paolo Pasolini mostra Jesus de uma forma muito mais humana e realista, partindo de momentos retratados no Evangelho de Mateus. Aqui você não encontra o Cristo calmo e seguro que estamos acostumados a ver, mas um personagem humano, que lidera o povo e vai contra o Império Romano. Pasolini gosta de reforçar os silêncios e cenas mais poéticas em sua obra, mas com certeza muito mais belo.
A MAIOR HISTÓRIA DE TODOS OS TEMPOS
(1965 - GEORGE STEVENS)
(1965 - GEORGE STEVENS)
Indicado a cinco Oscars e com um orçamento de US$ 20 milhões – uma fortuna para a época -. O filme “A Maior História de Todos os Tempos”, de George Stevens, é uma adaptação da história de Jesus Cristo e se concentra nos episódios mais conhecidos da história bíblica, incluindo nascimento de Cristo (Max von Sydow), a fuga para o Egito e o encontro com João Batista (Charlton Heston). O maior destaque fica por conta da Última Ceia, a traição de Judas (David McCallum), finalizando na Paixão, Crucificação e Ressurreição de Cristo.
ÊXODO
(2014 - RIDLEY SCOTT)
(2014 - RIDLEY SCOTT)
Dando uma modernizada na história (e na lista), este épico acima da média do ótimo Ridley, conta a história do êxodo, sem focar nos 10 mandamentos. Um primor, se consideramos a cena do mar se abrindo contada de forma bem convincente. Belo programa atual, para quem quer escapar dos clássicos tradicionais.
Exodus é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. O filme narra a vida do profeta Moisés (Christian Bale), nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os homens hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. Quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho.
OS DEZ MANDAMENTOS
(1956 - CECIL B. DEMILLE)
E por falar em clássicos tradicionais, este é, talvez o maior filme bíblico (Ben hur é um épico de aventura) do cinema. Além de grande fã, assisto sempre que consigo (e na Páscoa é o dia ideal).
Conheci um casal, que na Páscoa sempre alugava este filme , junto com o Quo Vadis? em VHS ainda. Acho que fazem isto até hoje com o Dvd.
Com um orçamento de 13 milhões de dólares para produzir o longa “Os Dez Mandamentos”, de 1956, o cineasta Cecil B. DeMille conquistou sete indicações ao Oscar, inclusive a de melhor filme, e levou para casa o prêmio de efeitos especiais. O filme retrata a épica vida de Moisés (Charlton Heston), desde recém-nascido, quando foi colocado nas águas em um cesto e acabou sendo adotado por uma princesa egípcia, até quando descobre sua real condição e decide liderar seu povo que, escravizado pelos egípcios, anseia pela liberdade.
Enfim, Charlon Heston brilhante, num filme longo, bem feito, e que pouco envelhece (alguns efeitos, aqui ou ali são imperfeitos para a época atual).
REI DOS REIS
(1961 - NICHOLAS RAY)
(1961 - NICHOLAS RAY)
A vida de Cristo contada com rigor histórico. Da manjedoura em que nasceu na cidade de Belém para a adoração de milhares de fiéis espalhados pelo mundo, a vida de Jesus Cristo (interpretado por Jeffrey Hunter) foi inegavelmente repleta de grandes acontecimentos. Acompanhe em O Rei dos Reis, dirigido por Nicholas Ray e escrito por Philip Yordan - adaptado de nada menos que o Novo Testamento. Você verá seus milagres, os pilares da construção de sua igreja, a escolha dos Doze Apóstolos, a última ceia, a traição de Judas (Rip Torn), o humilhante julgamento em praça pública conduzido por Pôncio Pilatos (Hurd Hatfield), a crucificação e a ressurreição. Para os cristãos, a chance de ver seu líder espiritual. Para toda a humanidade, a oportunidade de aprender mais sobre a vida de um dos ícones religiosos mais importantes da História, reconhecido como espírito valoroso independentemente da religião. O Rei dos Reis tem música do vencedor do Oscar® Miklos Rozsa e narração de Orson Welles.
A BÍBLIA
(1966 - JOHN HUSTON)
As maiores histórias do antigo testamento são trazidas para as telas com um domínio e força impressionantes neste filme internacional, que exibe os 22 primeiros capítulos do Gênesis. Esta é a história espetacular do homem, de sua queda, sua sobrevivência e sua fé indomável no futuro. Dando brilho à grandiosidade épica, temos as interpretações de George C. Scott como Abrão, Ava Garner como Sara e Peter O’Toole como a presença evocativa do anjo de Deus. O lendário John Huston dirige esta obra e também apresenta uma interpretação digna de nota como Noé. Da abertura do filme em meio ao caos cósmico até sua mensagem de esperança e salvação, A Bíblia mantém a todo momento sua característica de uma conquista monumental do cinema.
Longo e completo.
E PARA FECHAR A LISTA, escolhi o filme que o tal casal, mencionado acima, assistia:
QUO VADIS ?
(1985 - FRANCO ROSSI)
(1985 - FRANCO ROSSI)
Produzido originalmente para a Tv (360 min) e compactado (124 min) para projeção em tela de cinema, essa produção italiana (financiada com capital multinacional: Itália, Alemanha Ocidental, Reino Unido, França, Suíça e Espanha), dirigida por Franco Rossi, trata com absoluta liberdade a obra de Sienkiewicz, fazendo de Nero o personagem central da trama. Além disso, renuncia a cenas grandiosas e empolgantes, típicas dos filmes épicos, privilegiando tomadas em interiores e adotando um ritmo lento e reflexivo.
GRANDE ABRAÇO E FELIZ PÁSCOA A TODOS