OSCAR - A HISTÓRIA COMPLETA
Óscar , oficialmente "Prêmios da Academia" (em inglês The Academy Awards ou The Oscars ), é um prêmio entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em Los Angeles, Califórnia, em 11 de maio de 1927. São entregues pela Academia, em reconhecimento à excelência de profissionais da indústria cinematográfica. A cerimônia formal na qual os prêmios são entregues, é uma das mais mediáticas do mundo. É também a mais antiga cerimônia de premiação na mídia e muitas outras, como o Grammy, Emmy e Globo de Ouro, foram inspiradas no Oscar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi concebida por Louis B. Mayer, um dos fundadores da Metro-Goldwyn-Mayer.
A 1ª Entrega dos Prêmio da Academia aconteceu em 16 de maio de 1929, no Hotel Roosevelt em Hollywood, para honrar as realizações cinematográficas mais prominentes de 1927 e 1928. A cerimônia foi apresentada pelo ator Douglas Fairbanks e pelo diretor William C. de Mille.
A primeira cerimônia do Oscar televisionada foi em 1953 somente nos Estados Unidos e no Canadá. Em 1966, aconteceu a primeira exibição do Oscar a cores. Desde 1969, a cerimônia do Oscar é exibida em âmbito internacional. Em 1970, Brasil e México foram os primeiros países, além dos Estados Unidos e do Canadá, a televisionarem o evento ao vivo, via satélite. Atualmente, os prêmios da Academia são transmitidos em direto pela televisão para mais de 200 países, se tornando assim um dos maiores eventos televisivos do mundo. Segundo a Enciclopédia Novo Mundo, estima-se que mais de um bilhão de pessoas assistem o Oscar ao vivo ou gravadas a cada ano, equiparando a cerimônia a audiências de eventos televisivos mundiais importantes como a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos. A cerimônia do Oscar 1998 mantém o recorde da maior audiência da História dos Prêmios da Academia, onde foi registrado que 57,25 milhões de pessoas assistiram à cerimônia somente nos Estados Unidos.
No Brasil, a primeira transmissão do evento ocorreu em 1970, quando a TV Tupi exibiu, ao vivo e via satélite, para várias porções do país (através da Rede de Emissoras Associadas), a cerimônia. Atualmente, a cerimônia de premiação é transmitida pela Rede Globo e pelo canal de TV por assinatura TNT e em Portugal pela SIC
A ESTATUETA
A estatueta do Oscar é composta de 92,5% de estanho e 7,5% de cobre, e é banhada em platina e ouro de 14 quilates, medindo 34,29 cm e pesando 3,85 kg. Esta estatueta possui o formato de um cavaleiro segurando uma espada verticalmente na frente do seu corpo, sobre um pedestal em forma de um rolo de filme. Segundo a Academia, a estatueta do Oscar demonstra um cavaleiro das cruzadas com sua espada. Os cinco raios que saem da estatueta representam as cinco áreas originais da Academia: diretores, atores, escritores, produtores e técnicos.
Seu valor real é de cerca 200 dólares, mas seu valor simbólico é incomensurável, pelo prestígio profissional e popular que concede ao premiado e pelo faturamento que pode dar a um filme.
Concebida em 1929 pelo diretor de arte Cedric Gibbons e pelo escultor George Stanley, não sofreu mudanças significativas até hoje, nos mais de 80 anos em que já foi entregue. Apenas durante a Segunda Guerra Mundial foi confeccionada em gesso pintado com tinta dourada, devido ao esforço de guerra americano na época, que procurava racionar todos os tipos de metal. Após o conflito, os agraciados com estes Oscars tiveram seus prêmios trocados pela estatueta original.
A versão mais popular e conhecida para o nome dado ao careca dourado, é a que concede a autoria dele à secretária-executiva da Academia, Margareth Herrick, que ao vê-lo comentou que a pequena estátua parecia muito com seu tio Oscar, comparação ouvida por um jornalista presente no momento, que a publicou em seu jornal. Outra versão dá conta que a atriz Bette Davis o teria apelidado assim, dado a semelhança da estatueta com seu primeiro marido. De qualquer modo o apelido pegou de tal maneira que hoje – e há muitos anos - é o nome pelo qual o Academy Award ou Prêmio da Academia é conhecido mundialmente.
ALGUMAS HISTÓRIAS
Em todas edições, o Oscar contabiliza muitas histórias saborosas. São anedotas, gafes, tombos, números impressionantes, discursos emocionados, lágrimas e muita diversão. Alguns fatos interessantes merecem ser relembrados, por isso, o Almanaque foi atrás das mais diversas curiosidades sobre o prêmio.
Um exemplo é que o Oscar prefere as morenas. Ao longo da história da premiação, 54 mulheres de cabelos castanhos ou pretos foram premiadas na categoria de Melhor Atriz. Do restante, 17 eram loiras, quatro grisalhas e três ruivas. Entre os filmes ganhadores, alguns gêneros tiveram pouca representatividade, por exemplo, o único filme com conteúdo erótico a vencer na categoria Melhor Filme foi Perdidos na Noite, de 1969 e apenas três filmes mudos levaram o Oscar de Melhor Filme: Asas (1927), Aurora (1928) e O Artista (2012).
No quesito apresentação, os números também impressionam. Bob Hope foi mestre de cerimônias 17 vezes. Foi quem mais desempenhou essa função na história da premiação. A mais longa cerimônia do Oscar foi a de 2006, apresentada por Whoopie Goldberg, que durou 4 horas e 30 minutos.
As estatísticas de gafes e tombos também não deixam a desejar. Jennifer Lawrence, que ganhou o prêmio de Melhor Atriz em 2013 (O Lado Bom da Vida), tropeçou e caiu na escada antes de chegar ao palco. Mas se houvesse um prêmio do mais épico tombo da história do Oscar, ele iria para o casal Shelley Winters e Vittorio Gassman. Em 1952, Shelley estava na lista de indicadas para o prêmio de Melhor Atriz, por Um Lugar ao Sol. Antes da vencedora ser anunciada, ela se apressou em levantar. O marido, apreensivo com uma possível derrota, a puxou de volta. Bastou isso para que os dois se espatifassem no chão. Para piorar, Shelley Winters perdeu o prêmio para Vivien Leigh (Uma Rua Chamada Pecado).
Titanic (1998) e A Malvada (1951) são os dois filmes que mais receberam indicações ao Oscar. Cada um concorreu em 14 categorias. Três obras dividem o posto de grande vencedor da história do Oscar: Ben Hur (1960), Titanic (1998) e O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (2004) levaram 11 troféus em uma única noite.
A grande vencedora de Oscars entre as atrizes é Katharine Hepburn, que levou 4 troféus de Melhor Atriz durante a carreira. Jack Nicholson e Walter Brennan disputam o posto de ator com o maior número de troféus. Nicholson ganhou 2 prêmios de Melhor Ator e um de Melhor Ator Coadjuvante. Já Brennan ficou com 3 Oscars de Melhor Ator Coadjuvante.
Jack Nicholson é o ator com o maior número de nomeações. Ele já foi indicado 8 vezes para o prêmio de Melhor Ator e 4 vezes ao de Melhor Ator Coadjuvante. Entre as atrizes, Meryl Streep lidera o ranking com 17 nomeações – 14 delas para o prêmio de Melhor Atriz e 3 para o de Melhor Atriz Coadjuvante.
Emanuelle Riva, que interpretou a protagonista da produção francesa Amor (2013), foi, aos 85 anos, a mais velha da história a ser indicada na categoria Melhor Atriz. A única mais velha do que ela que concorreu a um dos prêmios do Oscar foi Gloria Stuart, aos 87 anos, por seu papel coadjuvante em Titanic (1998).
A pessoa mais jovem a receber o prêmio foi Tatum O’Neal. Aos 10 anos e 148 dias, ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, pela atuação em Lua de Papel (1974). Quenzhane Wallis tornou-se, em 2013, a mais jovem a ser indicada ao prêmio de Melhor Atriz. A menina de 9 anos concorreu por sua atuação em Indomável Sonhadora.
Momento de Decisão (1977) e A Cor Púrpura (1985) conseguiram o feito de não levar para casa nenhum dos 11 Oscars a que foram indicados. Já Cabaret (1972) foi o filme que mais levou prêmios sem ser agraciado com o Oscar de Melhor Filme. Foram, ao todo, 8 troféus.
O engenheiro de som Mark Berger detém o recorde de maior número de nomeações que resultaram em vitórias. Ele levou todos os 4 prêmios de Melhor Som aos quais concorreu. O designer de som Kevin O’Connell já foi indicado ao Oscar 20 vezes. Ele nunca conseguiu levar o prêmio.
Cinco atores já foram indicados por interpretarem personagens que viam espíritos: Roland Young, por Topper e o Casal do Outro Mundo (1937); Lawrence Olivier, por Hamlet (1948); Whoopi Goldberg, por Ghost – Do Outro Lado da Vida (1990); Haley Joel Osment, por O Sexto Sentido (1999); e Meryl Streep, por A Dama de Ferro (2011).
Aos 82 anos e 75 dias, Christopher Plummer foi o ator mais velho a ganhar um Oscar. Ele levou o troféu de Melhor Ator Coadjuvante pelo filme Toda Forma de Amor (2012). A alemã Luise Rainer é a mais velha ganhadora do Oscar ainda viva. A vencedora do prêmio de Melhor Atriz pela performance em Ziegfeld – O Criador de Estrelas (1936) tem hoje 103 anos.
O mais econômico na hora de agradecer pelo prêmio foi Joe Pesci, em 1991. Seu discurso depois de ganhar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Os Bons Companheiros durou apenas 3 segundos. Só deu tempo de ele dizer “Thank you” (obrigado).
O nome da atriz Bess Flowers é o que mais apareceu em créditos de filmes indicados ao prêmio principal do Oscar. Ela fez figuração em 23 dessas produções. O ator John Cazale apareceu em 5 filmes durante sua carreira. Todos eles foram indicados ao Oscar de Melhor Filme.
Cate Blanchet foi a única na história a vencer um Oscar ao interpretar uma ganhadora do Oscar. Ela conseguiu o feito por sua performance em O Aviador (2004), em que viveu a premiada atriz Katharine Hepburn.
Seis diretores já levaram o Oscar em sua primeira produção cinematográfica. O primeiro deles foi Delbert Mann, por Martin (1956) e o último, Sam Mendes, por Beleza Americana (2000). O mais jovem a ser nomeado ao Oscar de Melhor Diretor foi John Singleton. Ele tinha 24 anos quando concorreu pelo trabalho em Os Donos da Rua (1991).
16 filmes premiados na categoria principal se passam em Nova York (EUA). O primeiro deles foi Melodia da Broadway (1929) e o último, Kramer vs. Kramer, de 1979. Los Angeles – sede de Hollywood – só é pano de fundo de duas produções vencedoras do Oscar de Melhor Filme: Menina de Ouro (2004) e Crash – No Limite (2005).
O filme Aconteceu Naquela Noite, vencedor do principal prêmio da cerimônia do Oscar de 1934, custou 325 mil dólares. Avatar, que concorreu a Melhor Filme em 2010, teve um orçamento 729 vezes maior: 237 milhões de dólares.
Houve cinco empates na história do Oscar. O primeiro deles aconteceu em 1932, quando Wallace Beery (O Campeão) e Fredric March (O Médico e o Monstro) dividiram o pódio. O último foi em 1995, na categoria Melhor Curta-Metragem.
Cada discurso do Oscar dura, em média, 80 segundos. O discurso mais longo da história da premiação durou 5 minutos e 30 segundos. Quem estabeleceu o recorde foi Greer Garson, depois de receber o prêmio de Melhor Atriz por Rosa de Esperança, em 1942.
A Itália é a grande vencedora da categoria Melhor Filme Estrangeiro. São de lá 26,5% dos ganhadores. Logo em seguida, vem a França, com 24,5% dos contemplados na categoria. Espanha e Japão dividem a terceira posição (8,2%).
E DE ONDE VEM O NOME "OSCAR"?
Existem três versões de como - após ter sido criado em 1929 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood - a honraria ganhou esse apelido no começo da década de 30. Segundo a mais popular delas, a fonte teria sido um comentário espontâneo de uma secretária executiva da Academia, chamada Margaret Herrick, que, ao ver a estatueta, teria exclamado: "Parece meu tio Oscar!" Um porém: os historiadores que tentaram checar a veracidade dessa lenda descobriram que Herrick não tinha um tio e, sim, um primo com esse nome.
Outros atribuem o batismo ao colunista Sidney Skolsky, o primeiro a usar o termo na imprensa, em 1934.
Para sustentar essa teoria, eles se baseiam no livro de memórias lançado pelo colunista em 1975. Lá Skolsky explica que usou o nome “Oscar” pela primeira vez em referência a uma clássica piada de vaudeville – que dizia “Quer um cigarro, Oscar?” – em uma tentativa de tirar sarro da premiação da Academia.
Como a piada fazia sucesso, o uso do nome com relação à estatueta também foi aceito, apesar de carregar uma certa negatividade. A partir de então, Skolsky conta em suas memórias que passou a usar “Oscar” sempre que fosse falar do prêmio em suas colunas, o que ajudou a espalhar e popularizar o nome.
E para provar que o colunista não estava mentindo (ou pelo menos para tornar sua história mais verídica), um artigo de setembro de 1939 da revista Time dizia: “Nesta semana, Sidney Skolsky se juntou ao crescente grupo de escritores que o editor George Backer está reunindo para o seu New York Post. Hollywood acredita que o editor tenha feita a escolha certa, já que Skolsky é um dos melhores colunistas do ramo (ele criou o termo “Oscar” para a premiação da Academia) e é, de longe, o mais popular...”
Como se não bastasse, a atriz Bette Davis reivindicou para si a autoria do cognome, ao dizer que, visto de trás, o troféu lembrava seu marido, o trompetista Harmon Oscar Nelson. A Academia só passou a usar oficialmente o apelido a partir de 1939.
De qualquer modo o apelido pegou de tal maneira que até hoje é o nome pelo qual o Prêmio de Mérito da Academia (nome oficial) é conhecido mundialmente.
E DE ONDE VEM O NOME "OSCAR"?
AS 3 LENDAS URBANAS MAIS FAMOSAS
Existem três versões de como - após ter sido criado em 1929 pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood - a honraria ganhou esse apelido no começo da década de 30. Segundo a mais popular delas, a fonte teria sido um comentário espontâneo de uma secretária executiva da Academia, chamada Margaret Herrick, que, ao ver a estatueta, teria exclamado: "Parece meu tio Oscar!" Um porém: os historiadores que tentaram checar a veracidade dessa lenda descobriram que Herrick não tinha um tio e, sim, um primo com esse nome.
Outros atribuem o batismo ao colunista Sidney Skolsky, o primeiro a usar o termo na imprensa, em 1934.
Para sustentar essa teoria, eles se baseiam no livro de memórias lançado pelo colunista em 1975. Lá Skolsky explica que usou o nome “Oscar” pela primeira vez em referência a uma clássica piada de vaudeville – que dizia “Quer um cigarro, Oscar?” – em uma tentativa de tirar sarro da premiação da Academia.
Como a piada fazia sucesso, o uso do nome com relação à estatueta também foi aceito, apesar de carregar uma certa negatividade. A partir de então, Skolsky conta em suas memórias que passou a usar “Oscar” sempre que fosse falar do prêmio em suas colunas, o que ajudou a espalhar e popularizar o nome.
E para provar que o colunista não estava mentindo (ou pelo menos para tornar sua história mais verídica), um artigo de setembro de 1939 da revista Time dizia: “Nesta semana, Sidney Skolsky se juntou ao crescente grupo de escritores que o editor George Backer está reunindo para o seu New York Post. Hollywood acredita que o editor tenha feita a escolha certa, já que Skolsky é um dos melhores colunistas do ramo (ele criou o termo “Oscar” para a premiação da Academia) e é, de longe, o mais popular...”
De qualquer modo o apelido pegou de tal maneira que até hoje é o nome pelo qual o Prêmio de Mérito da Academia (nome oficial) é conhecido mundialmente.
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