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A ARTE DE FEDERICO FELLINI - PELA VERSÁTIL


Mais um capítulo da série "A arte de..." criada por Fernando Brito, curador da Versátil Home Vídeo. Hoje falaremos um pouco sobre A Arte de Federico Fellini. 

Com uma combinação única de memória, sonhos, fantasia e desejo, os filmes de Fellini têm uma profunda visão pessoal da sociedade, não raramente colocando as pessoas em situações bizarras. Existe um termo "Felliniano" que é empregado para descrever qualquer cena que tenha imagens alucinógenas que invadam uma situação comum. 

Grandes cineastas contemporâneos como Woody Allen, David Lynch, Girish Kasaravalli, David Cronenberg, Stanley Kubrick, Martin Scorsese, Tim Burton, Pedro Almodóvar, Terry Gilliam e Emir Kusturica já disseram ter grandes influências de Fellini em seus trabalhos. Woody Allen, em particular, já usou o imaginário e temas de Fellini em vários de seus filmes: "Memórias" evoca "8½", e "A Era do Rádio" é remanescente de "Amarcord", enquanto "Broadway Danny Rose" e "A Rosa Púrpura do Cairo" inspirados em "Mulheres e Luzes" e "Abismo de um Sonho" respectivamente.

O cineasta polonês Wojciech Has, autor dos filmes "O manuscrito de Saragoça" (1965) e "Sanatorium Pod Klepsydrą" (The Hour-Glass Sanatorium – 1973), são notáveis exemplos de fantasia modernista e foi comparado à Fellini pela "Luxúria pura de suas imagens".O cantor escocês de rock progressivo Fish lançou em 2001 um álbum de nome Fellini Days, com letras e músicas totalmente inspiradas nos filmes de Fellini.

O trabalho de Fellini inspirou fortemente musicalmente e visualmente a banda "B-52’s". Eles citaram que o estilo de cabelos bufantes e de roupas futuristas e retrô vem de filmes como "8½", por exemplo. A inspiração em Fellini vem também no último álbum da banda, intitulado "Funplex", (2008) com uma música que leva o nome de um de seus filmes "Juliet of the Spirits", ou, "Julieta dos Espíritos" ("Giulietta Degli Spiriti, 1965)".

A Versátil lançou 3 filmes do mestre e um documentário, sobre Satyricon. E no digistack contém 4 cards colecionáveis. Vamos agora falar um pouco destes filmes.


SATYRICON

Que dificuldade para resumir “Satyricon” em uma mera resenha. Que filme terrivelmente lindo e que beleza brutal. Não são poucas cenas em que podia jurar estar sentido o cheiro e o gosto da comida aos meus olhos intragável, quando da barriga aberta violentamente de um suíno mal cozido os serviçais de Trimalquião tiram vísceras quase cruas e distribuem aos convidados já empanturrados de alimentos e bebidas. Senti-me lançado em uma espécie de hipnose lúgubre, um encantamento perturbador que me levou a pesadelos caóticos durante dias, mas não consegui ficar indiferente. Tanto que antes de terminar de assistir o filme pela primeira já sabia que o assistiria inúmeras vezes mais.

Adaptação da obra de Petrônio, o “Satyricon” de Fellini é de uma puerilidade desconcertante em cenas mágicas que funcionam como teatro de costumes da vida em estado latente de decadência. Roma oferecia prazeres que representavam sua própria involução, onde o espetáculo circense era também arena de sangue, e onde os prostíbulos eram lugares de denominação urbana, o ponto de encontro da população em geral e onde os romanos manifestavam seu apreço pela diversão barata. A verdade aterradora a respeito de “Satyricon” é que a natureza intragável dessa civilização espelha características irredutivelmente atuais também na modernidade. Nada mais presente que a violência enlatada e estilizada das produções televisivas. 

Protagonizado por um jovem romano chamado Encolpio, que começa o filme lamentando a perda do amante Gitão para o amigo com quem divide a casa, o cínico e irreverente Ascilto, “Satyricon” apresenta sua tapeçaria ora bizarra, ora fascinante de personagens em cenários lúgubres, que emanam insalubridade e escuridão. Soa como um teatro grego de proporções homéricas, em que a moral é fio tênue na convivência entre os homens, e a frase de Ascilto, saindo das sombras vaporosas de uma casa de banho demonstra o quanto estes homens vivem de caminhar nessa corda bamba que é a convivência em sociedade. O expectador é obrigado a encarar a verdade constrangedora que sai da boca de Ascilto, que diz “a amizade só pode durar enquanto for conveniente” e então ver estes seres que compartilham também a Roma pelo qual somos tragados se diminuírem diante dos esquemas meio violentos do destino.

Roma está se deteriorando, e não apenas metaforicamente. Assim que perde novamente para o amigo, o amante que havia acabado de resgatar, Encolpio pensa em suicídio e é devolvido da ideia por um tremor de terra que traga o prédio em que ele vive, incluindo boa parte de seus moradores. Encolpio então encontrará um poeta e ai se verá diante de alguém que compartilha um sentimento de perda similar ao seu, mas diferente na natureza. Encolpius lamenta a perda de um amor, e o poeta a perda da sensibilidade artística, da valorização de tudo aquilo que um dia impulsionou a criatividade humana. Hoje, diz o poeta Emolpus, tira-se tudo da terra, o que se precisa para se erguer riquezas materiais e para aqueles que transbordam poder e arrogância a arte, a poética inclusive, é enxergada como frivolidade ilustrativa e termina perdendo seu valor na boca de diletantes como Trimalquião, um aristocrata que patrocina um bacanal no campo e depois um banquete em sua casa.

Trimalquião é o resumo da encruzilhada em que Roma se colocou a certa altura de sua existência. Aquela em que seus lideres estavam tão embevecidos com o entretenimento oco que seu poder desencadeava que se esqueceu de estabelecer um centro moral e qualificável para esse poder. Passou-se então de centro do mundo antigo para o centro da decadência do homem antigo, passando por erros de julgamento e derrocadas irreversíveis para o Império. Os romanos que não delimitam seu poder se tornam peças vulgares e patéticas desse centro, chegando até a atravessar o ponto que eles acreditam torna-los meros mortais, encenando o próprio velório e tirando daí conclusões também estas pueris.

A decadência também passa a se fazer na jornada com traços surreais de Encolpio, que convencido por Ascilto e um mercenário rapta uma criança hermafrodita que era tida como um deus capaz de reunir pequenas multidões para venera-lo, em busca de bênçãos e milagres. Ao fugir com a criança que tem uma saúde muito frágil, pelo deserto, o trio de ladrões terá de lidar com o triste fato de não terem aonde ir, e de verem aquele ser tão especial e frágil morrer por causa do egoísmo deles. É uma sequencia extremamente difícil e que, sem nenhum apelo dramático, consegue instaurar um amargor no expectador desavisado. A viagem de Encolpio é então, não apenas figurativa, mas real, já que os perigos que ele encara não são pequenos e todos parecem respostas para suas atitudes humanas e insensatas – e inclui-se ai o amor pelo rapaz andrógino que ele divide sexualmente com Ascilto.

Fellini parece focar especialmente nesse lado fragilíssimo do homem, ao guiar essas peripécias em uma explosão de cores e cenários que contrastam violentamente e uma cacofonia de sons que colocam qualquer humor em alerta, como os gritos polifônicos emitidos por uma multidão sedenta de sangue, ou o vento incidente que fustiga a planície desértica no qual Encolpio é obrigado a fecundar uma mulher. Deslumbrante e repleto de fábulas que cortam a narrativa para então colorir a história, “Satyricon” é uma pérola do cinema, um filme que é mordaz, mas que nunca chega a ser gratuito, que é até certo ponto romântico, mas que nunca perde de vista seu objetivo principal, que é ridicularizar a incongruência trágica do comportamento humano.

CIAO, FEDERICO !

Um retrato revelador de Federico Fellini no trabalho, dirigindo os atores que povoam o mundo irreal de Satyricom . Imerso no processo criativo, Fellini é capturado pelo cineasta do documentário Gideon Bachmann.

A versátil lançou a pouco tempo um documentário no mesmo estilo, do processo de criação de um filme, no caso foi de Tarkoviski. Ambos interessantes para acompanharmos o dia a dia do "behind the scenes". Obrigatório até para quem não é fã do diretor, ver como o diretor criava suas mirabolantes cenas.


ROMA 

Este filme faz parte da época em que Fellini, já consagrado, a cada filme que fazia já esperávamos a premiação que viria. Nada injusto, pois foi uma obra-prima atrás de outra, deixando-nos o legado de alguém que sabia de fato fazer cinema.

Em primeiro lugar, é preciso destacar o quanto Fellini era obcecado por Roma, mesmo tendo nascido e sido criado em Rimini. Não foi a primeira vez que a famosa cidade foi objeto de seu olhar, pois em Satyricon (de 1969), adaptação da obra homônima de Petrônio, ele nos mostrou uma imagem lisérgica de Roma, mas em sua época clássica (não de esplendor, mas de decadência, motivo de escárnio). Nem por isso ela deixou de ser apreciada na época: recebeu indicação a Oscar e influenciou sensivelmente o ideal hippie ainda existente.

Neste “Roma”, a intenção do cineasta italiano foi perpassar não a clássica, mas a moderna Roma, fazendo-nos caminhar pela cidade como se fôssemos turistas que ninguém pudesse ver.

Analisa, mais do que tudo, os costumes da sociedade romana atual, fazendo severas, porém discretas críticas àqueles que teriam “perdido a identidade de romanos”. Fellini faz o tempo todo um paralelo entre as duas Romas, querendo mostrar o quanto a ideia que o mundo tem da cidade está ultrapassada, em vista da mudança que tem se processado. Tudo por conseqüência da globalização, que em muito contribui para a perda da força de uma cultura, em nome de uma universalização forçada para aproximação entre as nações.

Os personagens são irrelevantes. O Diretor se utiliza de alguns apenas para dar impulso às cenas; mas perscrutar-lhes as vidas, o porque de estarem nos lugares onde aparecem etc, não tem importância nem para o espectador.

Fica patente a desnecessidade de se trabalhar para este a construção de uma trama. Isto porque, em primeiro lugar, o filme não é linear. Em segundo, tem caráter eminentemente documental.
Se nos descortina a realidade da vida em Roma, desde o ensino escolar – passando por uma cena de trânsito, outra de pessoas no teatro, outra num restaurante etc – até a vida noturna, marcada pela prostituição. E sem economizar no cinismo!

O que nos chama a atenção também com bastante freqüência é a exibição viva da arquitetura romana, em imagens memoráveis. Li uma vez que Fellini sabia fazer suas críticas sem deixar que se perdesse a magia do cinema. Isto fica mais do que claro neste filme. Os amores, as desilusões, a sujeira das pessoas, e todos os demais acontecimentos corriqueiros, tudo está enquadrado de maneira poética.

Uma das principais cenas para mim é a dos operários subterrâneos, que pretendiam construir um metrô para melhorar o trânsito na cidade. Um diz para outro algo como “O subterrâneo de Roma está cheio de relíquias. Aqui não somos somente operários, mas arqueólogos. Logo, precisamos trabalhar devagar”. E, em seguida, descobrem as ruínas de uma antiga casa romana, que já contava com 2.000 anos de idade. É proposital a disparidade entre seu ambiente interno, e o que reinava ali em cima, em pleno século XX: a placidez e a beleza das pinturas que decoravam o ambiente (diga-se de passagem, bem barroco) antagonizadas pelo modernismo progressista.

Por fim, ressalto a trilha sonora, intercalada pelos sons das próprias ruas de Roma e os da genial música de Nino Rota, que fez parceria com Fellini (e com outros Diretores de renome) em diversos filmes.

Em síntese, indico este filme a quem possa interessar ver um verdadeiro retrato da Roma contemporânea, esta cidade tão carregada de história e poesia, mas cuja identidade memorial está cada vez mais em xeque, em face das transformações políticas, sociais e econômicas.

A VOZ DA LUA

Em A Voz da Lua, seu último filme, Fellini nos apresenta uma imagem perturbadora da Itália contemporânea que infelizmente, com o passar do tempo, parece uma avaliação mais e mais realista do lugar da imaginação artística na cultura italiana.

Ivo Salvini, recém saído de uma internação em hospital psiquiátrico, escuta uma voz e se convence que ela vem da lua. Conhece Gonnella e saem caminhando pela Emilia-Romagna, região da infância de Fellini. Os dois acabam descobrindo uma anomalia social que mistura Fascismo, comerciais de tv, concursos de beleza, Michael Jackson, catolicismo e rituais pagãos. Ivo está apaixonado por Aldina Ferruzzi, mas ela não quer nada com ele. Ivo procura segui-la no desfile que irá escolher a Miss Farinha 1989, que ela ganha. Dali ele segue com seu amigo Gonnella até um campo de fazenda onde mulheres negras cantam sob o luar. Uma noite, quando ele vai ao quarto dela para poder vê-la de perto, ela acorda assustada e joga um dos sapatos nele. Então Ivo corre e passa a carregar o sapato na cintura.

Ivo confunde Aldina com a lua, que lembra também Marisa, um antigo e risonho amor. Ivo conhece alguns outros lunáticos. Um oboísta que vive no cemitério, outro que gosta de meditar no telhado e Gonnella, um ex-prefeito que acredita que o mundo que vemos é apenas uma ilusão visual, parte de uma grande conspiração. Quando os dois chegam numa discoteca, Ivo descobre que o sapato de Aldina serve em outras mulheres. Perto do final do filme, a lua é capturada pelos irmãos Micheluzzi. Seria uma brincadeira de Fellini com Rocco e Seus Irmãos (Rocco e i Suoi Fratelli, 1960), dirigido por Luchino Visconti? Um deles chora, enquanto o outro, que tem um ar bufão, tenta explicar como conseguiram prendê-la num estábulo. Assistimos se formar um circo midiático bem ao estilo daquele montado pela imprensa na seqüência do milagre da aparição da santa em A Doce Vida.

Desta vez temos grandes telões rodeando a praça da cidade. O apresentador/repórter lembra ao povo presente na praça e nas televisões que assistem de longe que o homem foi à lua, mas ninguém imaginava que ela poderia vir a nós. Através de outra transmissão de televisão, podemos ver que a lua esta amarrada firmemente ao chão. Muita gente em volta olha a coisa com uma mistura de medo e incredulidade. Alguns choram, outros rezam. Na praça, várias autoridades da política, da Igreja e da ciência discutem a questão. Todos têm seus rostos projetados nas grandes telas, e o show acaba virando propaganda oficial. O padre afirma que a lua não tem nada para revelar. “Para nós”, ele diz talvez se referindo aos católicos, "tudo já foi revelado". Vem o tumulto quando alguém pergunta por que está ali - como as perguntas que não fazemos, hipnotizados em frente de nossas televisões.

Fellini sempre se sentiu diferente. Achou que acabaria ou louco ou seria um cineasta. O luxo de ser um cineasta, dizia, é que você pode dar vida a suas fantasias. Para ele, nossos sonhos são nossa vida real. Quando o chamavam de louco, Fellini lembrava que a loucura é uma anormalidade. Isso para ele não era um insulto. Segundo seu ponto de vista, os loucos são indivíduos, cada um com sua obsessão individual, e a sanidade é apreender a tolerar o intolerável, seguir sem gritar. Fellini visitou alguns asilos psiquiátricos, um lugar que o fascinava. Lá ele afirmou haver encontrado uma espécie de individualidade na insanidade, algo raro no assim chamado mundo “normal”. Segundo Fellini, “a conformidade coletiva a que chamamos sanidade desencoraja a individualidade”.

Desde A Estrada da Vida (La Strada, 1954) Fellini não fazia um filme sobre a insanidade. É que o cineasta começou a pesquisar o tema, e tudo ficou muito real. Ele se interessava pela excentricidade do “maluco beleza”. Mas Fellini não conseguiu encontrar isso no mundo real da insanidade. Encontrou apenas pessoas infelizes com seus pesadelos, prisioneiros atormentados por suas próprias mentes, prisão pior do que as paredes que os confinavam. Mas o que realmente o fez parar sua pesquisa foi uma garotinha que ele conheceu no manicômio. Era cega, surda e tinha síndrome de Down. Mas ela reagiu ao toque de Fellini, ela gemia como um cachorrinho, nitidamente ela queria atenção, calor, humanidade. No momento que a abraçou se lembrou do filho de Giulietta Masina, sua esposa, que nasceu morto. Fellini não procurou saber dela no futuro, porque ele achava que sabia a resposta.
De certa forma, Fellini comparou A Voz da Lua (La Voce della Luna, 1990) a essa menininha quando disse que ninguém mais ama esse filme, portanto ele precisa do amor do cineasta. Seja como for, sugeriu Fellini, mesmo a fantasia deve ser captada a partir da observação da vida real. Para Fellini não é necessário ser um lunático para mostrar um em A Voz da Lua, mas achava também que ser cineasta maluco pode ser uma vantagem . O filme é uma adaptação livre do Poema dos Lunáticos (Il Poema dei Lunatici, 1985), de Ermanno Cavazzoni. Embora o próprio Fellini tenha dito que não faz sentido algo concebido para ser escrito ser adaptado para cinema, ele o fez. Sua estratégia foi adaptar o filme ao romance e não o contrário, aplicando os meios de expressão cinematográficos aos elementos básicos do enredo e as necessidades dos personagens.

O ponto de vista do filme é o de um lunático que acabou de sair de um hospital psiquiátrico, ele é maluco num sentido romântico, e enxerga o mundo por um ponto de vista diferente dos outros. Fellini chegou a dizer que era maluco nesse sentido, ele se identificava com Ivo. Fellini explicou também que não queria deixar muito óbvio que fosse sua a visão poética e distorcida que Ivo tem do mundo. Em A Luz da Lua, o espectador decide quem é são e quem não é.

Peter Bondanella lista várias correspondências entre os personagens de outros filmes de Fellini e A Voz da Lua. Giudizio, o maluco da cidade em Os Boas Vidas e Amarcord (1973), ou o maluco Tio Teo também de Amarcord. Ou ainda Gelsomina, de A Estrada da Vida . Fellini admite semelhança entre Marisa e Gradisca (Amarcord), ou talvez Ivo e Gelsomina. Mas a resposta dele para as correspondências entre personagens é simples: não há. A seqüência do sapato de salto alto, que logo nos traz à lembrança a estória da Cinderela, entristece Fellini. Durante a passagem de Ivo e Gonnella pela discoteca, uma mulher consegue colocar o sapato que Ivo traz na cintura – o sapato é de Aldina, a mulher que ele procura reencontrar. Ivo descobre então que o sapato serve também em outras mulheres, ele parece muito feliz com isso. Segundo Fellini, é o nascimento do cinismo e a morte do romantismo.

Ivo não mais terá esperança novamente, não mais terá confiança total de novo. Sempre haverá vozes em sua cabeça fazendo aquelas pequenas perguntas irritantes que os românticos não fazem. Para Fellini, a própria existência do conceito de “perguntas” indica a morte do espírito romântico.

DETALHES DOS DISCOS

DISCO 1

Satyricon de Fellini (Fellini Satyricon, 1969, 128 min.)
Com Martin Potter, Hiram Keller, Max Born.

Ciao, Federico! (Idem, 1970, 60 min.)
De Gideon Bachmann. Com Federico Fellini, Capucine, Giulietta Masina.

DISCO 2

“Roma de Fellini” (“Roma”, 1972, 120 min.)
Com Brita Barnes, Anna Magnani e Peter Gonzales Falcon.

“A Voz da Lua” (“La Voce della Luna”, 1990, 118 min.)
Com Roberto Benigni, Paolo Villaggio e Nadia Ottaviani.

EXTRAS:

“Fellini e Petrônio” (24 min.),

Cenas excluídas de “Roma” (17 min.)

Trailers (8 min.)

DETALHES TÉCNICOS

Idioma: Italiano
Áudio: Dolby Digital 2.0
Legenda: Português
Formato de tela: Widescreen Anamórfico 1.85:1

Na minha modesta opinião, obrigatório para fãs de cinema...
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