ENTRE IDAS E VINDAS (2016) - CRÍTICA DE RUBENS EWALD FILHO
Entre Idas e Vindas
Brasil, 16. Direção de Jose Belmonte. Com Ingrid Guimarães, Thogun, Alice Braga. Fábio Assunção, João Assunção, Caroline Abras, Rosane Mullholand, Milhem Cortaz.

Parece que foi rodado em 2014, com orçamento pequeno, mas um elenco excepcional, que se define já pela presença de Fábio Assunção (seu melhor momento no cinema) e de seu filho João (discreto e eficiente e verdadeiro). Basicamente ele está fazendo uma viagem com o filho de 11 anos num carro soviético antigo e despencado. Ele quebra na estrada e pegam carona numa vã/trailer que traz quatro amigas em férias, que trabalham como operadores de telemarketing todas com problemas românticos. Embora descrito por alguns como comédia romântica, nada tem a ver com os clichês americanos do gênero (fora uma ou outra sacada mais forte, mas nada grave). A protagonista é especialista em comédias de grande sucesso, Ingrid Guimarães, que mantém a energia e o timing perfeito só que com mais profundidade. Nem interessa contar quais são os problemas que as afligem, todas infelizes na vida romântica.
Assisti o filme com prazer e em particular ver essas jovens se saírem com tanta competência, a internacional Alice Braga (sua série americana/mexicana está estourando onde finalmente ela tem sua chance de estrelato). Sou também fã de carteirinha faz tempo de Rosane Mullholand (quando vai virar estrela como merece? Tá certo ela já fez isso no novo Carrossel !) e conhecia pouco Caroline Abras (Avenida Brasil, Se Nada Mais Der Certo) que convence inteiramente.
Ou seja, um filme para ser descoberto.