MARDEN MACHADO - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
Marden Machado nasceu em 1963 e é jornalista desde 1983. Mudou-se para Curitiba em 1992. Trabalhou nos jornais Diário do Povo, O Dia e Jornal da Manhã (em Teresina – PI), nas rádios Mirante FM (em São Luís – MA), O Dia FM e Antena 10 FM (em Teresina) e nas TVs Antares, Pioneira e Antena 10 (em Teresina).
Colaborou com os jornais O Estado do Maranhão (em São Luís); Diário do Nordeste (em Fortaleza – CE); Correio do Povo, O Estado do Paraná, Folha de Londrina e Gazeta do Povo (em Curitiba – PR) e com as revistas Guarnicê (em São Luís – MA); Videomagia (em Fortaleza); Wizard Brasil e Starlog Brasil (em São Paulo). Participou da equipe responsável pelo jornal oficial do FestRio 1989.
É roteirista e também comentarista de cinema do programa Light News, da Transamérica Light FM, bem como da rádio CBN Curitiba. Participa também dos programas Fale Com Maria, da TV Evangelizar, e Caldo de Cultura, da UFPR TV.
É autor do livro Cinemarden – Um Guia (Possível) de Filmes, que gentilmente me enviou um exemplar (fotos abaixo), lançado pela Editora Arte e Letra, de Curitiba. Comenta um filme por dia em seu site e tem uma aulinha de cinema toda sexta publicada no seu canal no YouTube.
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte. Quando nasceu sua paixão pelo cinema? Houve aquele momento em que olhou para trás e pensou: sou cinéfilo!
P.V.: Desde muito cedo. Meu pai costumava levar eu e meus irmãos para o cinema todo final de semana. Nasceu aí o amor pela sétima arte. Durante a infância, o interesse ficava mais na brincadeira, no passatempo. Quando chegou então a adolescência, percebi que ir ao cinema para ver filmes era algo maior que uma simples diversão. A partir daí, quando eu tinha uns 13-14 anos, comecei a ler sobre cinema e a frequentar um cineclube, onde fui apresentado aos trabalhos dos grandes diretores. E quanto mais eu aprendia sobre filmes, mais eu me interessava.
2) Tyler Durden disse em Clube da Luta: "As coisas que você possui acabam possuindo você". Ser colecionador é algo que se encaixa neste conceito, já que você se torna escravo do colecionismo. Coleciona filmes, CDs ou algo relacionado à 7ª arte?
M.M.: Sim. CDs, DVDs, blu-rays, livros, pôsteres, miniaturas de carros e naves, além de action figures. É difícil ficar sem um "pedaço" do filme que a gente gosta em nossa casa. Existe sempre a questão de espaço para acomodar tudo. Mas, com um pouco de boa vontade, a gente resolve.
3) O que te motivou a ser crítico de cinema e quando surgiu a ideia do "Cinemarden"?
M.M.: Escrevo regularmente sobre cinema desde outubro de 1983. A ideia do site surgiu em 2006, para complementar o trabalho que eu já fazia no rádio, onde falo toda sexta-feira sobre cinema. E uma coisa terminou puxando a outra. Depois do site vieram as palestras, o canal no YouTube, os livros etc. São trabalhos complementares onde procuro transmitir um pouco da minha paixão pela arte cinematográfica.
Livro autografado de Marden, que recebi de cortesia.
4) Quem trabalha com arte costuma acumular histórias curiosas e inusitadas. Qual foi a experiência mais marcante que viveu nesse universo?
M.M.: O carinho dos ouvintes e leitores. Sempre me surpreendo com eles. É algo que muitas vezes me comove e faz com que eu continue este trabalho. Sem esse retorno, eu provavelmente já teria desistido há muito tempo.
5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo o filme mais importante?
M.M.: Pergunta difícil. Mas, vamos lá: A Felicidade Não Se Compra, Amarcord, Rashomon, Cidadão Kane, O Poderoso Chefão, Morangos Silvestres, Um Corpo Que Cai, Ben-Hur, O Silêncio dos Inocentes, A Noite Americana, Cantando na Chuva, Os Imperdoáveis, Fantasia, Os Bons Companheiros, Blade Runner, Terra em Transe, Rastros de Ódio, Taxi Driver, Os Caçadores da Arca Perdida, Memórias do Cárcere, Touro Indomável, Acossado, Onde Começa o Inferno, All That Jazz, Crepúsculo dos Deuses, Dublê de Corpo, Lawrence da Arábia, Os Intocáveis, De Volta Para o Futuro, Oito e Meio, Cortina de Fumaça, Veludo Azul, O Senhor dos Anéis, Laranja Mecânica, Cidade de Deus, Nove Rainhas, Pulp Fiction, Fanny e Alexander, Seven e Batman - O Cavaleiro das Trevas.
M.V.: Temos gostos parecidos. Sou viciado em vários dos títulos que citou.
6) Fale um pouco dos seus próximos projetos.
M.M.: Estou preparando um guia temático de filmes que aborda questões diversas do Direito. Além disso, estou finalizando uma série de encontros onde pretendo exibir toda a filmografia de Alfred Hitchcock. E estou preparando um curso especial sobre o Blade Runner, tipo "tudo o que você sempre quis saber sobre o filme, mas não sabia a quem perguntar".
7) Ao olhar para sua trajetória, qual aprendizado considera mais valioso e gostaria de compartilhar?
M.M.: O cinema tornou minha vida muito melhor, mais rica e divertida. Me abriu as portas do mundo e me apresentou pessoas que eu jamais conheceria em outras circunstâncias. Bergman disse que a arte é a única coisa capaz de tornar a vida na Terra suportável. Concordo plenamente com ele.
M.V.: Obrigado e sucesso.