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ANDRÉ LUIZ MAZZAROPI - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

André Luiz Mazzaropi é o filho de criação do Jeca, Mazzaropi. Nascido na cidade de Taubaté, em 21 de junho de 1957 no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, sob o nome de '''André Luiz de Toledo''', filho de família tradicional da cidade, aos 11 anos de idade conheceu '''Amácio Mazzaropi''', quando este filmava no Convento Santa Clara, em Taubaté–SP o filme "No Paraíso das Solteironas, em 1968". Ali nascia uma amizade que duraria por toda a vida, ali nascia '''O Filho do Jeca'''. 

Entre 1968 e 1974 foram muitas idas e vindas, mas em 1975, Mazzaropi adoecido encontra em André alguém pra lhe cuidar, dois anos a beira de sua cama, que valeu uma vida. Recuperado, Mazzaropi o leva para o Cinema para interpretar justamente seu filho, o ‘Filho do Jeca’, em '''Jecão... Um Fofoqueiro no Céu''', depois '''Jeca e Seu Filho Preto''', '''A Banda das Velhas Virgens''' e '''O Jeca e a Égua Milagrosa''. Transformou-o em seu “Clown” (apresentador de seus shows), entre 1976 e 1981 foram 901 Shows, do Primeiro Show em Ourinhos – SP – 1976 ao ultimo show em Leme-SP -1981, e ai o Mazza se foi, 13 de Junho de 1981. 

Vamos às 7 perguntas capitais:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte. Quando nasceu sua paixão pelo cinema? 

A.L.M.: Desde meus 11 anos quando assisti a dois filmes no Cine Metrópole em Taubaté 1966 - Volta ao Mundo em 80 dias e A travessia de Cassandra. E Claro Jeca Tatu de Mazzaropi.

2) Tyler Durden disse em Clube da Luta: "As coisas que você possui acabam possuindo você". Ser colecionador é algo que se encaixa neste conceito, já que você se torna escravo do colecionismo. Coleciona filmes, CDs ou algo relacionado à 7ª arte? 

A.L.M.: Sim tenho em arquivo de imagem centenas de filmes, porém nos últimos anos tenho ido pouco ao cinema. Assisto nossos filmes de Mazzaropi quase todos os dias por dever de oficio. Também tenho meus projetos de exibição de filmes de rua na Mostra de Cinema Mazzaropi e exposição Amácio Mazzaropi , além do meu Show: André Luiz Mazzaropi - O Filho do Jeca. 

3) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos." Considerando a reflexão, há alguma experiência em sua vida dedicada à arte que foi especialmente marcante?

A.L.M.: Conhecer Mazzaropi aos 11 anos de idade em Taubaté, Minha terra natal quando ele produzia o filme "No Paraíso das Solteironas - 1968", perto de minha casa, fui até ele e disse a ele que eu queria ser artista e ele me disse cresça e apareça. Porem dali em diante nasceu uma amizade que me faria tornar-me André Luiz Mazzaropi - O Filho do Jeca. Além de fazer os 901 shows de Circo que com meu pai, Amácio Mazzaropi, fizemos também 04 filmes.

Mais na lembrança ficou muitas marcas profundas, de saudade e gratidão, de lembranças, das filmagens, das viagens, dos shows, Ourinhos-SP, (o primeiro com Mazzaropi), Londrina-PR, Governador Valadares-MG, Guaratinguetá-SP e tantos outros, do Circo do Palhaço Vitrolinha e do Jeferson, do Circo do Chu-Chu – pai do meu amigo Luiz Ricardo, do Circo do Bira Loco, do Gigantesco Circo Romano do Rolando Garcia, e do que mais faz falta, a conversa de baixo do pé de Eucalipto no Estúdio novo em Taubaté-SP; onde é hoje o Hotel Fazenda Mazzaropi. Ficou a lembrança de gratidão, dos conselhos e das severas repreensões e do nome Mazzaropi. 

Mazzaropi não teve filhos naturais nem adotivos, mais ao longo de sua vida acabou meio que por criar 05 (cinco) pessoas que viviam com ele e que as quais tratava como se fossem filhos, João Batista de Souza (o Joãozinho do Filme Casinha Pequenina) Péricles Moreira (O afilhado), Pedro Francelino de Souza (O filho preto), Carlos Garcia (O galã de seus muitos filmes) e eu André Luiz de Toledo (hoje André Luiz Mazzaropi - O Filho do Jeca). Em verdade quem adotou Amácio Mazzaropi como pai fui eu. 

M.V.: Como nasceu o Filho do Jeca?

A.L.M.: Após dois anos sem o Mazzaropi, decidi me arriscar, a relembrar no palco o Mazzaropi, e no dia 10 de Setembro de 1983, num bar da cidade de Leme-SP, fiz pela primeira vez, eu vestido de Jeca, chapéu de palha, camisa xadrez, calça caqui e botina, o ''O Filho do Jeca  André Luiz Mazzaropi.''.

Adaptei o texto original de Mazzaropi e passei a contá-lo, meio que sem graça, mas o respeito que todos tinham pelo Mazzaropi, os fizeram compreender que ali não estava um novo Mazzaropi e sim seu filho, ‘O Filho do Jeca' daquele dia em adiante me tornei.

4) Amácio Mazzaropi é considerado um dos maiores comediantes do cinema brasileiro. Há alguma história marcante com ele e que poucos sabem?

A.L.M.: Impossível contar uma só historia sobre Mazzaropi, mais aqui vai; Íamos pela estrada sentido á Presidente Prudente, já próximo de lá, Mazza, como chamávamos Mazzaropi, meu pai, decidiu fazer uma brincadeira com um caipira que ia a beira da estrada puxando um burrico. Mazza me mandou parar ao lado do caipira e ele baixou o vidro do carro e perguntou ao caipira: "- Por Favor, poderia me dizer se já estamos perto de chegar a Aparecida do Norte?". O Caipira tomou susto e ainda muito assustado, disse: “-Meu Deus, Seu Mazzaropi, o senhor deixou Aparecida do Norte para trás há uns três dias de viagem”. Foi hilário.

5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo o filme mais importante? 

A.L.M.: Volta ao Mundo em 80 dias,  A travessia de Cassandra,  Jecão... Um Fofoqueiro no Céu,  Jeca e seu Filho Preto,   A Banda das Velhas Virgens,  O Jeca e a Égua Milagrosa, O filho do Jeca e Os Dez mandamentos.

6) Fale um pouco sobre os seus próximos projetos. 

A.L.M.: Continuarei a realizar meus shows Brasil afora, vou produzir mais dois filmes: Piá. O Menino Caipira e Afonso, Obreiro do Cárcere. Vou voltar a apresentar meu programa de Televisão, o Rancho do Jeca...


7) Ao olhar para sua trajetória, qual aprendizado considera mais valioso e gostaria de compartilhar?

A.L.M.: Amar nossa arte (já realizei 1625 espetáculos e contando...), manter o principal mandamento de DEUS, Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. 

M.V.: Obrigado, amigo. Sucesso.


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