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DUNKIRK (2017) - FILM REVIEW


Dunkirk

Quem me conhece, sabe que eu gosto de produzir textos informativos, principalmente a cerca dos fatos que ocorrem nos filmes. Não é minha função dizer se um filme é bom ou não. Não tenho este direito. Respeitando a individualidade das opiniões, todo filme merece ser conhecido, e agradará a quem assiste por razões estritamente pessoais. Meu objetivo é aguçar o interesse do leitor a conhecer o filme, que hoje em questão, se chama Dunkirk.

O nome é de uma cidade portuária na França. Ela suportou disputas em várias ocasiões na história.  E acredite, foram muitas disputas. Ela era uma espécie de Faixa de Gaza. Mas a cidade sofreria especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido palco da célebre Batalha de Dunquerque, em 1940.


A batalha de Dunkirk na verdade, não foi um só conflito.  Com a guerra rolando,  entre avanços e recuos, as forças alemãs cercaram soldados aliados na costa franco-belga. Para os britânicos, aquele conflito tinha sido perdido, e a preocupação era remover os soldados dali. E em meio ao conflito, isto era, de certa fora, utópico. Não tinham condições de ser feito porque Hitler estava com a faca e o queijo na mão para mais um genocídio.

Só que...

Uma pausa na intensidade dos combates permitiu inesperadamente a evacuação de um grande número de soldados franceses e britânicos para Inglaterra. Mais de 300.000 homens foram evacuados apesar do bombardeamento constante ("o milagre de Dunquerque", nas palavras de Winston Churchill). A evacuação britânica de Dunquerque recebeu o nome de código Operação Dínamo.

Comandada pelo vice-almirante Bertram Ramsay, a intenção inicial era evacuar cerca de 45 mil homens da Força Expedicionária Britânica em dois dias, mas  o objetivo foi alterado para   120 mil homens em cinco dias.


O episódio foi tão dramático que a fuga em massa foi comemorada como vitória na Inglaterra, que calorosamente acolhia seus filhos de volta. Churchill, antes da evacuação, teria dito: “toda a raiz, o núcleo e o cérebro do Exército Britânico”, referindo-se aos soldados encurralados em Dunquerque.

O filme

Christopher Nolan é um mágico. E como tal, gosta encorpar o número, para mostrar um truque, às vezes simples. Há algum mal nisto? De jeito nenhum. O telespectador é enganado? Sim...e não. O truque de mágica por si só é uma forma de enganar o público, mas ele quer ser enganado. E nem tenta, com muito esforço, descobrir o grande truque (não resisti à piada filmográfica...). E neste fato se reside o escapismo. Aquele momento que você está ali para ser enganado, se surpreende com isto e aplaude. Depois discute o assunto até chegar a uma conclusão: como raios ele fez aquilo?

Dunkirk é isto. Pura enganação para mostrar um fio de resolução. Uma moral que caberia no trailer: a fuga em massa não foi covardia. Foi um milagre terem sobrevivido. E é isto. Acreditem, o filme não tem mais nada a dizer.


O filme é recheado com bons atores, fazendo o que o mágico faria: eles encorpam o número. E isto é tão evidente que Nolan foi obrigado a fazer um filme curto, com 1 hora e 40 min, pois não dava mesmo para alongar a coisa toda.

Por outro lado, o número é espetacular. O filme mostra um cineasta dominando sua função. O filme é uma experiência sensorial incrível. Nolan fez um filme para o cinema (criticou inclusive, abertamente, os lançamentos diretos para a Netflix, como no caso de Okja) e em IMAX você compreende o que ele quis. 

A trilha serve o propósito, criando uma tensão frequente e crescente, causando sempre a sensação que algo vai acontecer (mas nada acontece). A certa altura, olhei no relógio e tinha 50 minutos de filme. Pensei, caramba..como voou. Mas espera aí !! O filme tá acabando??? Pois é...a sensação é uma faca de dois gumes. Muitos olham pelo lado negativo (e não deixam de ter razão) e muitos pelo lado positivo (que também estão certos em seus argumentos).


Nolan disfarça a trama simples com um ir e vir que torna tudo, em teoria, mais complexo, funcionando como um meio de dar vida ao filme. Sem aquela edição, o filme se perderia.  As belas imagens que o diretor consegue saltam aos olhos. 

Achei curioso que Tom Hardy trabalha (de novo, novamente) com uma máscara, que tampa seu rosto estilo Bane...Mad Max... Ahhh...e notem, Kenneth Branagh fica no mesmo lugar o filme todo !!! Até quando vem um possível bombardeio, ele só faz aquela cara de que "pronto, morri!!", mas fica inerte. Mark Rylance é o melhor do filme. Seu papel transmite a dignidade necessária, de um personagem que está ali não para ser herói, mas para salvar os heróis da forma que ele puder e quantos conseguir.

E quando você finalmente enxerga a convergência da história, acaba o truque. As pessoas aplaudem e saem questionando o mágico, pois afinal, foi mesmo um Grande truque? Acho que a resposta virá com o tempo.


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