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JOHN MCNAUGHTON - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

John McNaughton, nascido em 13 de janeiro de 1950, é um diretor de cinema e televisão americano, de Chicago, Illinois. McNaughton estudou belas-artes na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign e se formou no Columbia College Chicago com um diploma em produção de televisão e especialização em fotografia.

E é mais conhecido por seu primeiro e melhor filme: Henry - Retrato de um Assassino, de 1986 que retrata um serial killer (Michael Rooker) ensinando suas técnicas macabras para seu antigo colega de cela. Mas ele fez bons filmes como "Uma Mulher Para Dois" (1993), "Garotas Selvagens" (1998), "Fronteiras do Crime" (1996) e "A Ameaça (2013)", com o Michael Shannon.

E hoje, com vocês, John McNaughton


1) “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. Assim é a vida.” disse Rocky Balboa. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.

J.M.: Comecei trabalhando em comerciais de TV com um parceiro chamado Paul Chen. Nós fizemos vários comerciais testes e trabalhamos como freelancer para algumas das maiores agências de publicidade de Chicago. As portas se abriram a partir deste pontapé inicial.

2) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.". Considerando a reflexão, há alguma experiência em sua vida dedicada à arte que foi especialmente marcante?

J.M.: Como sempre digo para os meus estudantes na Faculdade de Cinema Harold Ramis, da Second City, em Chicago: eu fui para uma faculdade de arte, não uma faculdade de cinema. Eu sempre pensei que meus filmes eram, acima de tudo, trabalhos artísticos.

Eu quis ser artista desde o início e demorou um pouco para eu chegar onde eu queria, e o que melhor se encaixava nas minhas pretensões era o cinema. Portanto, cada filme que fiz foram experiências dedicadas à arte e eu me lembro de todas da mesma forma, sem dar mais importância para uma em particular.

M.V.: Bom ponto de vista.

3) De certa forma, você respondeu a esta próxima pergunta na resposta anterior, mas de qualquer forma, em qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

J.M.: Para mim, meus filmes são como filhos (que, aliás, eu não tenho nenhum). E como tal, eu considero todos igualmente. Não tenho preferência de algum específico. Todos têm suas forças e fraquezas e seria injusto para mim nomear um, deixando outros de fora.

Não importa, na minha opinião, o grau de sucesso dos filmes no mercado e nem a opinião da crítica especializada ou mesmo do público. Estas variáveis não comprometem meu grau de envolvimento com cada um deles.

M.V.: Para mim (e talvez para o resto mundo), Henry - Retrato de um Assassino é sua obra-prima.

4) O filme "Henry - Retrato de um Assassino" se tornou um cult movie com o tempo. Ele foi um dos mais marcantes filmes de serial killers dos anos 80. Há algo que possa falar sobre produção e os bastidores? Foi um filme "difícil" de fazer? Como foi o clima no set?

J.M.: Uma grande coisa sobre Henry é que ele foi feito 100% sem interferências criativas. Saiu do jeito que eu quis. O produtor Waleed Ali nunca leu o roteiro. Ele nos deu o dinheiro e nós entregamos a ele exatamente o que queríamos filmar.

Nenhuma mudança jamais foi feita no corte original do filme. Mais do que qualquer filme que eu tenha feito, foi um trabalho de arte comprometido, realizado por uma equipe cinematográfica operando com total liberdade criativa.

M.V.: Infelizmente, muitos filmes se perdem justamente por sofrerem interferências demais.

J.M.: Exatamente. O nosso trabalho não teve isto.

5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?

J.M.: Eu ainda assisto muitos filmes, mas não tantos quanto no tempo que eu ainda não era um diretor de filmes. Eu não me sinto preparado para definir uma lista. Minha percepção do cinema muda com o tempo, e uma provável lista seria fluida. Há muitos para mencionar.

M.V.: Há algum em especial?

J.M.: Um em especial seria o Peter Pan, do Walt Disney. Minha mãe me levou para assistir quando eu era bem pequeno. Foi uma experiência tremenda. Eu assisti pelo menos 10 vezes em seu lançamento e ainda amo o filme.

M.V.: Tenho exatamente a mesma história com o filme 101 dálmatas.

6) Agora vamos falar de futuro. Tem projetos engatilhados?

J.M.: Eu tenho meu portfólio de roteiros que estou sempre trabalhando. Eu estou trabalhando em uma adaptação de uma história de Flannery O'Connor chamada "Um bom homem é difícil encontrar". Eu fui abordado ano passado por Michael Rooker, que me chamou para dirigir o filme que ele vai estrelar como personagem principal, o desajustado.

É um projeto perfeito para mim e Michael trabalharmos juntos novamente, 30 anos depois de Henry. Também estou trabalhando em uma adaptação de uma novela de Irvine Welsh, (Trainspotting), chamada "A vida sexual das gêmeas siamesas", uma comédia de humor negro sobre vidas entrelaçadas de duas jovens mulheres em Miami. Eu acho que é uma comédia que homenageia "Quando duas mulheres pecam (1966)", de Ingmar Bergman.

7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem se tornar cineastas.

J.M.: Se você quiser ser um diretor de cinema, meu conselho (ou lição) seria: Nunca desista!

M.V.: Obrigado amigo. A gente se vê nos filmes.


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