google-site-verification=21d6hN1qv4Gg7Q1Cw4ScYzSz7jRaXi6w1uq24bgnPQc

FERNANDA DE JESUS - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Hoje nossa vítima é portuguesa. Fernanda nasceu em Vizeu e se estabeleceu no Brasil ainda criança, vindo para o país aos 6 anos de idade com a família e se instalou no Rio de Janeiro.

A atriz que, em sua curta carreira, fez obras como O rebu e Dona Flor e seus dois maridos, responde hoje nossas 7 perguntas capitais.

Confira como foi:


1) Como começou a trabalhar na indústria do cinema? Quando surgiu a primeira oportunidade de atuar?

F.J.: Foi através  de uma revista de grande circulação na época, a Ele Ela. Fui tirar umas fotos por ser fotogênica apenas e quando vejo, estava na capa, no poster sexy e numa entrevista que não dei, e eles inventaram. Bem, no mesmo dia da entrada nas bancas, a TV Globo me chama e Braz Chediak (Diretor de cinema) também. Esta foi a primeira oportunidade profissionalmente.

2) "Éramos musas do sexo em uma época reprimida, moralista e desinformada", disse a atriz Nicole Puzzi na época em uma entrevista. Como foi ser uma musa? No que isto impactou sua vida?

F.J.: Nunca me considerei musa do sexo e nunca realizei nem isto, nem o fato de ficar famosa, apenas queria trabalhar e isso era bastante para mim. Sempre fiz papéis de menininha, apesar de receber o rotulo, não tive papéis comprometedores e nem eu aceitava. Desse tipo eu recusei uns 50 filmes, que se propunham a mostrar o corpo e isso para mim como atriz era ilógico. Nunca procurei o sucesso, mas estava dentro dele sem saber.

3) Trabalhou em uma época de ouro do cinema nacional. Houve alguma experiência marcante do período que queira compartilhar?

F.J.: Marcante exatamente não, todos meus trabalhos foram marcantes e não me lembro de nada que me marcou mais.

Mas tive um problema em "Dona Flor e seus dois maridos". O Bruno Barreto não colocou meu nome nos créditos  como prometeu. Só aceitei porque ele colocaria participação especial. Tentei entrar em contato com ele anos atrás, mas nunca consegui. Nunca me deu o contrato registrado..

M.V.: Puxa, que pena teve problemas em uma produção tão marcante no nosso cinema.

F.J.: Sim. Eu não queria fazer o filme porque eu era protagonista de todos os filmes até então, mas o diretor pediu muito. Eu disse-lhe que prejudicaria minha carreira, mas ele falou que me colocaria como participação especial e acabei aceitando. Hoje depois de tantos anos, descobri que meu nome não constava nos créditos do filme. Pedi uma cópia de meu contrato, pois nunca me deram (e acabei saindo da carreira e consequentemente, do meio). Enfim, uma prima dele foi bem mal educada comigo e resolvi entrar com uma ação contra danos morais e direitos de imagem. Foi bem triste isso, mas ele me usou!! E como sou correta com todos, o mínimo que peço é correção e verdade!! 

4) Qual filme considera o melhor trabalho de sua carreira? E por quê? 

F.J.: Não melhor!!! Mas foi meu último filme antes de sair da carreira, Dona Flor e seus dois Maridos, minha única participação no cinema á pedido de Bruno Barreto. Todos conhecem a história de Jorge Amado e o filme onde protagonizava Sonia Braga e José Wilker. O filme mais visto nos últimos quarenta anos, traduzido praticamente em todas as línguas, e é sucesso até hoje. Entenda é o melhor filme que trabalhei, mas não o melhor papel. Considero todos os outros bons papéis igualmente, não esquecendo a Direção de Bráz Chediak, que era  é um excelente Diretor.

5) Aliás, gosta de filmes em geral ? Costuma assistir regularmente? Pergunto, pois nem sempre quem atua no cinema/TV tem hábito de assistir filmes. Há, por exemplo uma lista dos filmes que marcaram sua vida? 

F.J.: Gosto bastante!!! Mas vou pouco hoje em dia, sinto saudade das câmeras e procuro ficar afastada para não sofrer muito!! Mas filmes marcantes têm muitos, como A noviça Rebelde, Casablanca, e tantos outros.

6) Fale um pouco dos seus próximos projetos. Tanto os que estão acontecendo quanto os previstos para começar.

F.J.: Não tenho projetos no momento. Todos que tive nesta minha incessante procura de retorno, foram apenas possibilidades que não aconteceram. Foi mais teatro, sou cria do teatro desde menina, inclusive elogiada por Vinicius de Moraes, mas me apaixonei perdidamente pelo cinema e adoraria que isto acontecesse de novo em minha carreira, 

Ah!! Desculpe!!! Estou sendo chamada para a Companhia Camaleões de Teatro, estive lá inclusive.  O Diretor Murilo Melo é um amor de pessoa, mas não me vejo inclinada á aceitar, pois fica muito longe de minha casa, e trabalhar sem remuneração!!! 

M.V.: Nossa, sério?

F.J.: Assim está a arte em nosso país, mas se fosse mais perto, eu até entraria na companhia.

7) Para finalizar, se pudesse deixar uma lição do tempo que se dedicou a arte, qual seria?

F.J.: A arte é uma das profissões que pedem muita dedicação e cansaço, então diria, não entre nela se o amor não for maior do que tudo!! Que seu desejo seja tão profundo quanto o ar que respira!! Talento só não basta!! Tem que haver vocação, e esta é imprescindível!!

M.V.: Obrigado Fernanda. Foi um prazer.

F.J.: Agradeço o carinho. Beijo

Tecnologia do Blogger.