10 VEZES EM QUE STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER FOI UMA GRANDE CAGADA.
Primeiramente: não estou aqui discutindo os méritos da nova trilogia, que são muitos inclusive. Em minha opinião, os 3 filmes são bem melhores individualmente do que a segunda trilogia, dirigida pelo George Lucas, por exemplo.
A discussão aqui é a completa falta de vergonha na cara do diretor J.J. Abrahms em contradizer, quase literalmente, o filme de Rian Johnson, Os últimos Jedi, filme que inclusive, assumiu uma postura corajosa, e que muitos não gostaram.
O texto, lógico, é formado por spoilers do início ao fim.
1) Primeiro: o problema já começa pelo título. O que é Ascenção Skywalker? Quando ela acontece? Será que veremos algum filho bastardo da Leia ou do Luke perdido na trama? Não. O título se refere, tão somente, aos 30 segundos finais, quando Rey, sem um sobrenome, assume o Skywalker. E até nobre da parte dela, e numa bela cena, remetendo ao início da saga. Mas o que tem o título com o filme? NADA. Nem esta tal "Ascensão" acontece.
2) Não é de hoje que J.J. Abrahms diz que não faria certas escolhas que Rian Johnson fez no filme "Últimos Jedi". Mas o que o diretor fez foi uma covardia. Ele simplesmente desdisse alguns dos principais discursos dos "Últimos Jedi". Por exemplo, quando a Rey vai ao encontro de Luke no início, ao encontrá-lo, entrega o sabre de luz ao Jedi, que prontamente o joga fora como se ele não valesse nada. Já em Ascensão Skywalker, ela joga o sabre (na mesma ilha inclusive), e o fantasma de Luke pega o sabre antes de cair no fogo, e diz justamente o contrário da sua fala em Últimos Jedi.
3) No filme anterior, o grande mérito da trama é dizer que os Jedi não são tão especiais assim. O próprio Luke diz que eles devem acabar. Do Kylo diz o mesmo a Rey, que pede para ela se unir a ele, e acabar com os Jedi e os Sith. Neste "Ascensão", ele fala, novamente, o contrário.
4) A nave mais poderosa da saga é a X-Wing do Luke. Fica mais de uma década afundada no mar e quando a Rey precisa sair da ilha, seu recurso é usar a nave. Eu deixo meu controle da tevê uma semana parado e já tenho que dar uns tapas para funcionar. O cara deixa uma nave no fundo do mar e consegue voar sem mesmo recarregar o que quer que faça funcionar.
5) Outra figura mitológica da saga é BB-8. Repararam que qualquer treta em que ele esteja, o "Short Round" saca sua anteninha e resolve? É um Macgyver robô.
6) O filme novo foi covarde em muitos sentidos. O principal deles foi com os personagens Poe e Finn, o primeiro casal gay de Star Wars. Eles simplesmente enfiaram uma história medíocre com Poe, que até então era um personagem bacana, tornando ele um contrabandista pilantra, daqueles que fazem cara de piedade para tentar pegar uma mulher. Virou algo incrivelmente ridículo. E Finn sempre querendo dizer algo para ele, mas nunca diz. E para "compensar", na comemoração da vitória final, eles colocam um beijo gay feminino que deu vergonha alheia. Daqueles "piscou perdeu".
7) A atriz Kelly Marie Tran passou um sufoco dentro e fora das telas. A atriz apagou sua conta pessoal no Instagram por conta do ataque de haters. Sua vida pessoal virou um inferno. Star Wars não só NÃO comprou a briga do seu personagem secundário bem bacana, como sacou a atriz do terceiro filme, colocando ela em poucos momentos, rivalizando com o tempo da Carrie Fisher, que como sabemos, morreu antes do filme começar a ser rodado.
8) O que o ator Dominic Monaghan está fazendo no filme? O que dizer da solução mais preguiçosa do mundo encontrada pelos roteiristas para quem é o espião? E porque diabos eles matam um monte de personagens para voltá-los sem a menor cerimônia? Começando pelo Palpatine, que retorna dos mortos para morrer, evidentemente. A falsa morte de Chewbacca (com zero emoção, nos dando a clara sensação de que ele não morreu) parece aqueles piores momentos do Walking Dead. Kylo quase morre e é salvo por Rey, que morre e volta. C3PO perde a memória ao se sacrificar para obter uma informação, mas ate a memória dele volta ao ter contato com a anteninha Macgyver do BB-8. Covardia, uma atrás da outra.
10) Para finalizar, outra grande ideia do "Ultimas Jedi" é mostrar que a força é universal, está em todos nós. O suspense de quem são os pais da Rey ganha contornos épicos quando descobrimos que eram pessoas quaisquer. J;J. simplesmente ignora isto e coloca ela como sendo neta do Imperador Palpatine e que para ser o (a) escolhido (a) precisa estar em uma linhagem, digamos, real.
Um dos maiores méritos desta história é nos mostrar que você não precisa ser alguém para fazer a diferença. Você pode ser tornar alguém. Mas J;J. pega esta ideia (e o filme) e joga no lixo. O diretor matou toda aquela ideia que uma nova resistência pode brotar de cada um que acreditar. E ainda nos confundiu. Se antes era o Império e pronto, agora é a Nova Ordem, Ordem final, Ordem ordenada, Ordem dos cavaleiros transformers, Ordem dos adoradores do Oscar...Um inferno astral de Ordens que mais parece preguiça de roteiro.
E ainda nos deixa a pergunta:
Quem tomou "umas" e foi para a cama com Palpatine? Esta sim, tinha a Força...
2) Não é de hoje que J.J. Abrahms diz que não faria certas escolhas que Rian Johnson fez no filme "Últimos Jedi". Mas o que o diretor fez foi uma covardia. Ele simplesmente desdisse alguns dos principais discursos dos "Últimos Jedi". Por exemplo, quando a Rey vai ao encontro de Luke no início, ao encontrá-lo, entrega o sabre de luz ao Jedi, que prontamente o joga fora como se ele não valesse nada. Já em Ascensão Skywalker, ela joga o sabre (na mesma ilha inclusive), e o fantasma de Luke pega o sabre antes de cair no fogo, e diz justamente o contrário da sua fala em Últimos Jedi.
3) No filme anterior, o grande mérito da trama é dizer que os Jedi não são tão especiais assim. O próprio Luke diz que eles devem acabar. Do Kylo diz o mesmo a Rey, que pede para ela se unir a ele, e acabar com os Jedi e os Sith. Neste "Ascensão", ele fala, novamente, o contrário.
4) A nave mais poderosa da saga é a X-Wing do Luke. Fica mais de uma década afundada no mar e quando a Rey precisa sair da ilha, seu recurso é usar a nave. Eu deixo meu controle da tevê uma semana parado e já tenho que dar uns tapas para funcionar. O cara deixa uma nave no fundo do mar e consegue voar sem mesmo recarregar o que quer que faça funcionar.
5) Outra figura mitológica da saga é BB-8. Repararam que qualquer treta em que ele esteja, o "Short Round" saca sua anteninha e resolve? É um Macgyver robô.
6) O filme novo foi covarde em muitos sentidos. O principal deles foi com os personagens Poe e Finn, o primeiro casal gay de Star Wars. Eles simplesmente enfiaram uma história medíocre com Poe, que até então era um personagem bacana, tornando ele um contrabandista pilantra, daqueles que fazem cara de piedade para tentar pegar uma mulher. Virou algo incrivelmente ridículo. E Finn sempre querendo dizer algo para ele, mas nunca diz. E para "compensar", na comemoração da vitória final, eles colocam um beijo gay feminino que deu vergonha alheia. Daqueles "piscou perdeu".
7) A atriz Kelly Marie Tran passou um sufoco dentro e fora das telas. A atriz apagou sua conta pessoal no Instagram por conta do ataque de haters. Sua vida pessoal virou um inferno. Star Wars não só NÃO comprou a briga do seu personagem secundário bem bacana, como sacou a atriz do terceiro filme, colocando ela em poucos momentos, rivalizando com o tempo da Carrie Fisher, que como sabemos, morreu antes do filme começar a ser rodado.
8) O que o ator Dominic Monaghan está fazendo no filme? O que dizer da solução mais preguiçosa do mundo encontrada pelos roteiristas para quem é o espião? E porque diabos eles matam um monte de personagens para voltá-los sem a menor cerimônia? Começando pelo Palpatine, que retorna dos mortos para morrer, evidentemente. A falsa morte de Chewbacca (com zero emoção, nos dando a clara sensação de que ele não morreu) parece aqueles piores momentos do Walking Dead. Kylo quase morre e é salvo por Rey, que morre e volta. C3PO perde a memória ao se sacrificar para obter uma informação, mas ate a memória dele volta ao ter contato com a anteninha Macgyver do BB-8. Covardia, uma atrás da outra.
9) Que raios é aquela atmosfera na cena de Palpatine no final? Ele parece um personagem do Hellraiser, recebendo sei lá o que de uma máquina estranha, que fica numa caverna com um monte de pessoas que ficam ali, aplaudindo, cantando, parecendo um "De olhos bem fechados" num culto evangélico.
E que raios são aqueles raios (não resisti ao trocadilho) que Palpatine lança? Parece que vai destruir a galáxia, mas o que ele faz é deixar as naves momentaneamente inoperantes.
Um dos maiores méritos desta história é nos mostrar que você não precisa ser alguém para fazer a diferença. Você pode ser tornar alguém. Mas J;J. pega esta ideia (e o filme) e joga no lixo. O diretor matou toda aquela ideia que uma nova resistência pode brotar de cada um que acreditar. E ainda nos confundiu. Se antes era o Império e pronto, agora é a Nova Ordem, Ordem final, Ordem ordenada, Ordem dos cavaleiros transformers, Ordem dos adoradores do Oscar...Um inferno astral de Ordens que mais parece preguiça de roteiro.
E ainda nos deixa a pergunta:
Quem tomou "umas" e foi para a cama com Palpatine? Esta sim, tinha a Força...