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CRIS LOPES - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS



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Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entreviado (a) pelo cinema.

E hoje, com vocês, a atriz Cris Lopes

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

C.L.: A primeira vez que meu pai me levou no cinema junto com meus irmãos e a mamãe, fiquei encantada! Deslumbrada! Tinha 09 anos de idade e acabado de mudar para a Consolação na Praça Roosevelt onde morei até os 19 anos. Fomos ao Cine Olido no centro de São Paulo ver “A história sem fim”, clássico infanto-juvenil dos anos 80 que marcou minha vida com o cachorrão Atreio e a trilha sonora que ficou na minha mente até hoje, "The NeverEnding Story". Quando toca essa música volto para aquele dia no cinema lotado em dia de estreia e sentei no chão para esperar começar próxima sessão na sala para assistir de novo! (risos).


Meu pai sempre foi moderninho e curtia as novidades tecnológicas, então fomos os primeiros a ter aparelho VHS na família e era filme alugado toda semana nas locadoras. Cresci nesse universo e assisti mais de 1.000 filmes em 10 anos, que constavam na última ficha da locadora VHS que fechou há alguns anos no meu bairro assim que começou a nova moda das locadoras online, Netflix e outras mais das tevês a cabo. Confesso que sinto falta dos momentos que passava escolhendo filmes diversos para ver nos finais de semana, ir comprar petiscos e “refris” só para ver o filme (risos). Tinha prazer em fazer isso. Minha conexão com o cinema é de alma e de longa data, uma paixão de muitos anos que só aumentou levando a sério minha carreira de atriz pelo mundo.


2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga  qual o filme mais importante da sua vida. 

C.L.: Vários filmes são importantes na minha vida e me marcaram despertando sentimentos e reflexões diversas conforme a temática do filme. Para mim essa é uma das grandes magias do cinema. Levar você para diversos mundos e te desconectar do momento presente enquanto você está assistindo a um filme. Você está lá atento e envolvido com a história! Posso citar alguns. Um deles, o clássico antigo “Em algum lugar do passado”, com nosso querido Superman como protagonista: Christopher Reeve. Trata-se de uma atriz que se divide entre escolher viver o amor de sua vida e sua carreira. O que também me toca é a viagem no tempo que ele faz para reencontrá-la no passado. Uma conexão de alma que foi possível o reencontro através de um tipo de auto hipnose. Muito curioso o roteiro, figurinos e trilha incríveis.


Gosto de produções de época. Também amo as obras do Chaplin e do nosso inovador ator e produtor brasileiro de cinema Mazzaropi levando simplicidade e carisma na telona para nosso povo brasileiro. Amo o trabalho dessas duas feras do cinema. E muitos outros filmes clássicos como “Metrópolis”, muito futurista para sua época e o visionário George Méliès, rei dos efeitos especiais com “Viagem a Lua” que idealizou e produziu um foguete no filme indo para o espaço antes mesmo de ele existir, em 1902! Há também filmes modernos que são muitos para descrever...

3) Sua carreira começou muito cedo. Fez teatro. Trabalhou em produções de sucesso no Brasil como o sitcom Vida maluca, na Rede TV, que foi na época considerado o Chaves brasileiro. Foi apresentadora. Fez documentários no Egito e em Marrocos. Atuou no Canadá. Estudou na Actors Studios de Londres.  
Fez trabalhos bastante diversificados, o que não é comum, já que muitos atores tendem a seguir uma mesma linha. Qual conselho deixaria para quem está começando na área? Quais são os erros mais comuns que um ator ou atriz iniciante deveria evitar? 

C.L.: Para quem está começando: NÃO DESISTA DE SEUS SONHOS! A oportunidade é sua se você estiver preparado e pronto para agarrá-la! Sempre pensei assim e trabalho com este foco sem comodismo e lamentações. Os “nãos” te fortalecem para você aprimorar na atuação o que precisa evoluir e os “sins” são a resposta de que você se preparou adequadamente para o trabalho.


Idiomas fizeram parte da minha vida desde criança como inglês e espanhol fluente e o francês que aprendi mais tarde vivendo na Europa quando fui buscar uma especialização de alto nível para cair de cabeça no cinema quando sai da tevê e funcionou. Passei por testes e fui representar meu país na Actors Studio em Londres nos estúdios onde filmaram 007. Star Wars estava sendo rodado quando eu estava lá com os coaches e diretores que estudei e que também preparam atores americanos para filmes ingleses como Angelina Jolie, Nicole Kidman, Daniel Craig e muitas feras que filmam lá.

Acreditei que com meu inglês fluente eu conseguiria e de fato consegui. Aprendi técnicas de atuação para o cinema que abriram meus caminhos em vários países. Hoje atuo em longas em inglês, espanhol, português e francês e ganhei 5 prêmios na categoria Melhor Atriz.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história legal que possa compartilhar durante a execução de algum trabalho seu?

C.L.: O cinema é bastante planejado cena a cena por equipes de profissionais muito aplicados seja no Brasil ou no exterior, então é mais difícil ocorrem erros. Na televisão tenho mais historias engraçadas pela velocidade da produção, grande volume de cenas diárias para gravar e improvisos como no programa diário infanto-juvenil que atuei chamado “Vila Maluca” há quase 15 anos atrás (foi indicado a premio no Chile inclusive) quando eu era ainda bem mocinha (risos).

Fiz uma cena com a atriz Noemi Gerbelli que era um episodio especial de Carnaval para o seriado e estourávamos bexigas com água nos moradores da Vila da série e a bexiga que joguei nela não estourava de jeito nenhum e começamos a rir em cena e foi ao ar porque o diretor Claudio Callao (ex SBT hoje na NBC Universal USA & México) achou interessante ao público e verdadeiramente engraçado. 


Também houve uma situação comigo no set de filmagem que esse mesmo diretor falou na comunicação interna do estúdio: - Cris corta! Não vamos gravar enquanto você não pedir para seu maquiador tirar essas taturanas da sua sobrancelha! O estúdio todo não parava de rir e eu nem percebi porque estava lendo 60 cenas do dia no camarim. Ele me maquiava sempre e eu com roteiro na mão repassando o que tínhamos para filmar no dia. Vesti o figurino e não olhei para as benditas sobrancelhas (risos). Meu maquiador propôs algo mais ousado e minha personagem Xuxu era doce e delicada, não podia jamais ter make-up de mulher fatal.

5) Todos temos atores ou atrizes de nossa preferência. Como atriz, há algum papel que gostaria de ter interpretado no cinema? Pode ser de um filme de qualquer época ou País.

C.L.: Amo a personagem Olivia Benson da série americana Law & Order interpretada pela atriz Mariska Hargitay que já ganhou premio com seu papel. Quero interpretar investigadoras, detetives, advogadas, policiais que amo muito ao estilo das séries CSI, Law & Order, Criminal Minds além do estilo Sherlock Holmes investigativo antigo também. Adoro esse tipo de filme e já estou começando a atuar nesse perfil como no longa canadense “Freer” lançado nos USA & Canada, em breve estará disponível na Netflix, que atuei em inglês e fiz uma gerente que investiga e vai cobrar o casal protagonista na casa deles uma divida milionária. E no próximo filme também com o ator Jackson Antunes que sou uma policial que atua com ele para desvendar um sequestro de uma família (mãe e filhos) no longa policial “Metrópole 153 Pela Garantia da Liberdade” do cineasta Valério Salazar.


Meu pai queria que eu fosse juíza ou advogada e acabei me sentindo atraída por historias que envolvem o cumprimento da lei. Outro estilo que amo são personagens de época que posso explorar meu lado feminino. Adoro os figurinos e cenários antigos também. (Também sou diretora de arte premiada, seleciono e coleciono figurinos e objetos de cena). Quem sabe uma série de época...

6) Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhosa? E em contrapartida, o que você  mais se arrependeu  de fazer?

C.L.: Tenho orgulho de todos meus trabalhos porque sou seletiva quando vou ler um roteiro e analiso o que vai somar na minha carreira. Vejo se passa uma mensagem construtiva ao publico, se é um bom entretenimento e uma produção de qualidade. Meu maior orgulho no momento é o longa canadense “Freer” que me abriu portas nos Estados Unidos e Canada. A mídia de lá já me reconhece como atriz brasileira premiada e isso tem sido muito positivo para minha carreira.

Mensalmente estou nos jornais populares de lá voltado a comunidade brasileira que acompanha meu trabalho. Gosto de representar meu país em outros países. Na Argentina também tenho sido reconhecida e já estreei com 2 filmes nos cinemas importantes de Buenos Aires com filmes com temas atuais como o drama “Miguel” sobre violência contra a mulher. Eu fiz a esposa agredida pelo marido. Faço eventos e campanha internacional do tema. Fiz também AGS Agencia Geral de Suicídio, aonde atuo como madame francesa que quer morrer com luxo. É um filme de humor negro ao estilo inglês, obra do autor francês Jacques Rigaut e que recebi diversas premiações como Melhor Atriz ou Menção Honrosa.


7) Para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.

C.L.: "Que a força esteja com você" da saga Star Wars

M.V.: Muito obrigado. Sucesso para você.

C.L.: Com grandes metas, é preciso se manter firme e forte nos objetivos que desejamos alcançar. Assim força para mim torna-se vital para superar qualquer obstáculo e persistir com otimismo e profissionalismo sempre.

M.V.: Sem dúvidas.



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