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10 CURIOSIDADES SOBRE O FILME "SHAFT (1971)"

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Shaft teve um papel crucial no desenvolvimento do avanço afro-americano em Hollywood. Na criação de Shaft , houve uma presença afro-americana significativa, com o diretor Parks, o editor Hugh A. Robertson e o compositor musical Isaac Hayes desempenhando papéis cruciais.

Na trama, o detetive John Shaft (Richard Roundtree) investiga uma guerra de gangues no Harlem quando é contatado por Bumpy Jonas (Moses Gunn), o líder da máfia negra. Bumpy quer que o detetive encontre sua filha, que foi sequestrada. Agora aliado do mafioso, Shaft descobre que o rapto foi coisa da máfia italiana, que deseja tomar o território dos negros.


1) Isaac Hayes fez o teste para o papel-título. Os produtores preferiram Richard Roundtree no que seria sua estreia no cinema. Mesmo assim ficaram tão impressionados com Hayes que pediram que ele escrevesse a agora lendária trilha sonora do filme.

O sucesso de ambos os levou ao Globo de Ouro e ao Oscar. Curiosamente, Hayes venceu o Oscar pelo tema e o Globo de Ouro pela trilha enquanto Roundtree concorreu ao Globo de Ouro, mas sem vencer. Hayes, que era compositor e cantor, se arriscou por vezes no cinema e na TV. Sua figura foi tão marcante, que mesmo depois de Shaft "passar", ele fez um dos principais filmes Blaxploitation, Truck Turner, em 1974, como o personagem título. Anos depois, ele marcou a TV com a voz de Chef em South Park. Hayes faleceu em 2006, dois meses após um derrame. 


2) As duas próximas curiosidades são importantes, já que tratam da questão sobre representatividade. Isaac Hayes foi o primeiro afro-americano a ganhar o Oscar de Melhor Canção. Isto em 1972. Foi um baita salto, principalmente para a visibilidade do movimento Blaxploitation.

3) Este é um dos primeiros filmes de visibilidade que tem um personagem dizendo que ele é gay. Estamos falando da história do cinema, não só dos anos 70 ou da Blaxploitation..


4) O personagem de Moses Gunn, Bumpy Jonas, é baseado em Bumpy Johnson, um mafioso afro-americano na década de 1930 do Harlem, em Nova York. Foi um importante associado da família Genovese (organização criminosa ítalo-americana que atua na cidade de Nova Iorque). Ela foi fundada pelo seu o amigo de Charles "Lucky" Luciano. Ele também travou uma batalha ao lado da Madame St. Clair (jogadora americana que dirigia inúmeras empresas criminosas no Harlem) contra Dutch Schultz (mafioso americano, apesar de o nome indicar Holandês).

Morreu em 1968 vitima de um infarto, A carreira criminosa de Johnson foi retratada no filme biográfico "Homens Perigosos" de 1997, além de ter inspirado vários filmes. Recentemente foi lançado uma série chamada "The Godfather of Harlem" com  Forest Whitaker no papel título.


5) A importância de Shaft é ímpar. Ele iniciou a primeira franquia (neste caso, sequências e uma série de TV) a ser dirigida por um ator negro. Gordon Parks foi diretor de cinema, fotógrafo, músico, poeta, romancista, jornalista e ativista. No cinema, dirigiu poucos, mas marcantes filmes como Com o Terror na Alma (1969) e dois filmes da série Shaft. Também atuou, roteirizou, produziu e compôs para alguns destes filmes.  Faleceu aos 93 anos em 2006.


6) Embora não seja o primeiro de seu gênero (Sweet Sweetback's Baadasssss Song de Melvin Van Peebles foi lançados meses antes), "Shaft" é visto como o filme definitivo de blaxploition. E não parou por ai. Foi um dos grandes sucessos da MGM do ano, ajudando o estúdio a sair da crise. O filme foi barato (custou aproximadamente 500 mil dólares) e rendeu 12 milhões só nos EUA.


7) No início do filme, Shaft passa um grande pôster de uma peça da Broadway de Neil Simon, "Last of the Red Hot Lovers", que estava no Teatro Eugene O'Neill na época. No ano seguinte, foi adaptada para o cinema, que no Brasil recebeu o nome de "O Último Don Juan (1972)". Ao lado, podemos ver o pôster de outra peça da Broadway, "The Gingerbread Lady", que estava sendo exibida no Plymouth Theatre (nome da época, até mudar em 2005). Ela virou filme 10 anos depois e se chamou "Doce sabor de um sorriso", com direção de Glenn Jordan. Além destes, há outro pôster do musical "Hair", que estava no Biltmore Theatre (Samuel J. Friedman Theatre desde 2008), e que seria transformado no filme Hair (1979).


8) Com exatos 1h:43min:59seg, você vê Ben Buford (Christopher St. John) e dois de seus homens prestes a seguir John Shaft (Richard Roundtree), em um beco. No fundo, você vê um homem branco passando e dando uma olhada nos homens, claramente um curioso sobre o que estava acontecendo.


9) No filme de 2019, conhecemos as três gerações dos Shaft. Richard Roundtree, obviamente já é o avô de Jessie T. Usher e pai de  Samuel L. Jackson.

Porém no filme de 2000, ele é o tio de  Samuel L. Jackson, o que não faz qualquer sentido dentro da série, sugerindo que foi algo mal pensado.


10) Quentin Tarantino é uma apaixonado por cinema, como sabemos. Em 2012 lançou Django Livre. No filme há uma personagem em particular chamada Broomhilda von Shaft (Kerry Washington), que segundo o próprio Tarantino, é tataravó do personagem Shaft que conhecemos, fazendo de Django um filme da série, mas não considerado canônico. O tataravô é o próprio Django (Jamie Foxx).



Shaft - A Trilogia Clássica
Edição Limitada Com 4 Cards (Caixa com 2 DVDs)

A Versátil lançou “Shaft: A Trilogia Clássica”, caixa em luva reforçada com 2 DVDs que reúne a inédita versão restaurada de “Shaft” (1971), o cult-movie mais popular da Blaxploitation, e pela primeira vez no Brasil, suas duas sequências originais com o ator Richard Roundtree: “O Grande Golpe de Shaft” (1972) e “Shaft na África” (1973), além de uma hora e meia de extras, incluindo um dos episódios da série de TV do personagem. Edição Limitada com 4 cards.

Disco 1

☛ SHAFT
(Idem, 1971, 100 min.)
De Gordon Parks. Com Richard Roundtree, Moses Gunn, Charles Cioffi.

Harlem, início dos anos 70. John Shaft, um detetive negro durão, é contratado por um traficante para resgatar sua filha, que foi sequestrada por um rival. Um dos primeiros filmes da Blaxploitation, o vibrante cinema negro norte-americano dos anos 70, Shaft se tornou um cult-movie instantâneo com duas continuações, uma série de TV e dois remakes. Oscar de Melhor Música (a sensacional “Theme from Shaft”, de Isaac Hayes).


Disco 2

☛ O GRANDE GOLPE DE SHAFT
(Shaft’s Big Score!, 1972, 105 min.)
De Gordon Parks. Com Richard Roundtree, Moses Gunn, Drew Bundini Brown.

Com o mesmo diretor do primeiro Shaft, essa continuação tem ainda mais ação. Desta vez, Shaft vai atrás do assassino de um velho amigo seu. E, mais uma vez, se vê envolvido em uma violenta guerra de gangues.

☛ SHAFT NA ÁFRICA
(Shaft in Africa, 1973, 112 min.)
De John Guillermin. Com Richard Roundtree, Frank Finlay, Vonetta McGee.

No último filme da trilogia, Shaft é convencido a voar para a África para ajudar a desmontar uma quadrilha de traficantes especializados em levar migrantes africanos para a Europa e depois explorá-los como escravos.


Informações sobre a edição:

Títulos em português: Shaft, O Grande Golpe de Shaft, Shaft na África
Títulos originais: Shaft, Shaft’s Big Score!, Shaft in Africa
País de produção: Estados Unidos
Ano de produção: 1971-1973
Gênero: Policial
Direção: Gordon Parks, John Guillermin
Elenco: Richard Roundtree, Moses Gunn, Charles Cioffi, Drew Bundini Brown, Frank Finlay, Vonetta McGee
Idioma: Inglês
Áudio: Dolby Digital 2.0
Legenda: Português
Formato de tela: Widescreen Anamórfico 1.78:1
Tempo de duração: 317 min.
Região: 4
Colorido
Faixa etária: 16 anos

Extras

“Shaft: o Assassinato” (“Shaft: The Killing”, 1973, episódio de TV, 73 min.), Documentário sobre Blaxploitation, com destaque para as músicas de Isaac Hayes para "Shaft" e Curtis Mayfield para "Super Fly" (58 min.), Featurette sobre “Shaft” (11 min.), Trailers de cinema (9 min.)


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