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FRED WILLIAMSON - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

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Robert Fred “The Hammer” Williamson nasceu em 5 de março de 1938 em Gary, Indiana, EUA. Williamson estudou na Froebel High School em Gary, onde correu e jogou futebol. Ele se formou em 1956. Após o ensino médio, Williamson deixou Gary para estudar na Northwestern University com uma bolsa de estudos em atletismo. Ele jogou futebol americano profissional pela NFL com o Pittsburgh Steelers (1960) e pela AFL com o Oakland Raiders (1961–1964) e o Kansas City Chiefs (1965–1967), antes de começar a fazer longas-metragens, e posteriormente, dirigir e produzir.

Williamson é faixa preta em Kenpō, Shotokan karatê e taekwondo. Ele atuou em filmes como O Chefão de Nova York (1973), Bastardos Inglórios (1978), Os Guerreiros do Bronx (1982) e Um Drink no Inferno (1996).

E hoje, com vocês, Fred Williamson.

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

F.W.: Eu me aposentei do futebol profissional depois de dez anos e fui trabalhar como arquiteto, mas não combinava comigo. E por conta de um programa de televisão, resolvi ir para Hollywood!
Eu não sou apaixonado pelo cinema. Sou apaixonado pelo que expresso como uma pessoa que representa uma figura negra forte que não tem medo. Eu nego limitações do que posso e do que não posso fazer.

M.V.: Se considera um ícone da blaxploitation?

F.W.: Não. Mato todo mundo nos meus filmes: negros, brancos e amarelos. Não é blaxploitation só porque sou negro. O tema dos meus filmes não tinha a ver com eles.


2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?

F.W.: Não tenho listas. Nunca faço listas. Nem mesmo dos filmes que atuei. Todos os meus filmes são importantes porque só faço o que gosto, não com base em quanto dinheiro vai ganhar. Minha integridade não está à venda. Quando o dinheiro acaba, ainda resta você para ficar de pé.

Todo filme que gostei, posso não gostar mais amanha. É isto. Sem listas.


3) "Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos", diria Benjamin Button. Pensando nesta reflexão, quais caminhos te levaram a ser ator?

F.W.: Depois de 10 anos de jogador profissional de futebol e ser chamado de Hammer devido ao meu jogo duro, foi uma transição natural. E queria continuar sendo o Hammer no cinema. Fora das telas, os negros viviam sendo atacados nas ruas. Eles precisavam de um herói. Não havia heróis negros. Eu não estava em cena para negociar. Eu era o Hammer.


4) Sua carreira é galgada em filmes de ação ao longo dos anos. O que te levou a este gênero em particular?

F.W.: No mundo cinematográfico, você tem sorte se o que você está interpretando é exatamente o que os fãs querem ver. E claro, o mais importante é que você também goste do que está fazendo.

No cinema de ação eu tive chance de agir da mesma maneira intimidadora que eu agia em campo. Em campo, eu atacava primeiro, golpeava primeiro. Nunca me machuquei. Fiz o mesmo no cinema.


5) Se você pudesse se colocar no lugar de um diretor, de qualquer época ou país, durante a produção de um filme inesquecível, qual escolheria ser? E por qual motivo?

F.W.: Meus diretores favoritos são os italianos. Eles realmente tentam fazer obras de arte sem os milhões de dólares que os americanos gastam. Enzo Castellari é um diretor muito criativo e sabe contar uma história. O cinema mais importante na maioria dos países estrangeiros é justamente este: que sabe contar uma boa história.
Então, respondendo à sua pergunta, qualquer filme do Enzo.

M.V.: Algum filme em especial do Enzo?

F.W.: Para falar a verdade, não. Mas eu experimentei sua criatividade, sem um grande orçamento, em Bastardos Inglórios e Guerreiros do Bronx, então, presenciei duas grandes obras sendo feitas.


6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

F.W.: Essa é pessoal demais e pode ofender outras pessoas envolvidas. Mas existem muitos. Prefiro nem dizer quais trabalhos eu gostei mais pelo mesmo motivo: para não entristecer os não incluídos ou mesmo, esquecidos neste momento. Já fiz filmes ruins, claro. Mas nunca fui ruim em um filme. Eu usava minha imagem. Eu vendia minha imagem.


7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem seguir carreira na atuação.

F.W.: Eu nunca me vendi. Meus filmes são a expressão da minha vida e minhas crenças e dinheiro nenhum pode mudar isto. Esta é a lição que deixo.

Aí está meu amigo. Bom ou ruim, sou o que sou: The Hammer.

M.V.: Obrigado pela entrevista. Foi uma honra, 


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