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TOHO CO. LTD. - A HISTÓRIA

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As origens da Toho

A história da Toho se confunde com a da Photo Chemical Laboratories, mais conhecida como PCL Eiga Seisaku-jo ou, simplesmente, PCL. Fundada em 1929, em Tóquio, por Yasuji Uemura, a empresa nasceu para oferecer serviços de laboratório e pós-produção a produtoras de cinema que começavam a se consolidar no país.

A chegada do cinema falado mudou os rumos do negócio. Em agosto de 1931, foi lançado o primeiro filme totalmente falado em japonês, Madamu to nyôbô, dirigido por Heinosuke Gosho. O sucesso do formato levou a PCL a ampliar suas atividades e construir, em 1932, dois estúdios de gravação em Tóquio, equipados para produções sonoras. Em 1933, foi oficializada a produção de filmes sob o nome PCL Eiga Seisaku-jo.


Primeiros passos no cinema

O primeiro longa produzido pelo estúdio foi Ongaku Kigeki Horoyoi Jinsei, de Sotoji Kimura, considerado o primeiro musical genuinamente japonês. Em 1935, o industrial Ichizō Kobayashi, fundador da companhia ferroviária Hankyu e do famoso Takarazuka Revue, assumiu o controle da PCL. Na mesma época, ele já mantinha outra produtora em Kyoto, a JO Studio, fundada em 1933.

Em junho de 1936, Kobayashi criou a Toho Eiga Haikyū, ou Toho Film Distribution, para distribuir os filmes da PCL, enquanto a JO Studio ficou responsável pela distribuição de títulos estrangeiros. Pouco mais de um ano depois, em setembro de 1937, as três companhias, PCL, JO Studio e Toho Film Distribution, se fundiram, dando origem à Toho. Com estúdios em Tóquio e Kyoto e uma rede de 27 cinemas espalhados pelo Japão, a nova empresa rapidamente se tornou uma concorrente de peso para gigantes como a Shōchiku, fundada em 1895, e a Nikkatsu, o maior estúdio japonês da era do cinema mudo.

Em 1943, a Toho ampliou sua atuação para produção, distribuição e entretenimento teatral. Em 10 de dezembro daquele ano, a companhia passou a se chamar Toho Co., Ltd.


Um caso que marcou época

Logo em seus primeiros anos, a Toho ficou famosa por atrair grandes nomes de outros estúdios com salários altos. Um dos casos mais marcantes foi o de Chojiro Hayashi, estrela da Shochiku. Em novembro de 1937, Chojiro sofreu um ataque brutal que deixou uma cicatriz profunda em seu rosto. O responsável, Matsumoto Tsuneho, era ligado à Yakuza e confessou ter sido instigado por Masaichi Nagata, diretor do Shinko Kinema, ligado à Shochiku, que não aceitava a saída de Chojiro para a Toho. Após o episódio, Chojiro abandonou o nome artístico e passou a atuar com seu nome real, Kazuo Hasegawa.


Conflitos e mudanças internas

A Toho ficou conhecida por sua cultura interna de gestão mais democrática, algo que herdou ainda dos tempos de PCL. Essa postura crítica em relação a estruturas mais feudais de outras companhias gerou conflitos. Entre 1946 e 1950, uma série de greves e disputas entre direção e sindicato resultou na transferência da sede para o Edifício Toho Bungei, em março de 1948.

Esses embates provocaram a saída de estrelas e diretores para estúdios rivais. Muitos membros ligados ao Partido Comunista foram afastados. Ainda assim, essa debandada abriu espaço para novos talentos. Foi nessa época que nomes como Toshiro Mifune ganharam destaque, ajudando jovens diretores a se consolidarem.


A era de ouro

O pós-guerra marcou a chegada da chamada idade de ouro do cinema japonês, período em que a Toho lançou clássicos como Os Sete Samurais, A Fortaleza Escondida e Godzilla. O cinema japonês, até então mais intimista, passou a ganhar contornos épicos. O sucesso foi tão grande que a Toho expandiu sua presença fora do Japão, com salas de exibição em cidades como São Francisco e Nova York.

Crise e reinvenção

A partir dos anos 1960, a indústria cinematográfica japonesa começou a perder público, embora ainda operasse em larga escala. A popularização da TV em cores agravou essa queda nos anos 70. O estúdio Shintoho Company, que existiu até 1964, nasceu como uma dissidência da Toho, sendo apelidado de New Toho.


Para enfrentar a crise, a Toho interrompeu a produção de filmes em sua matriz em 1972, encerrando também suas principais séries de comédia. À medida que os longas diminuíam, os investimentos em produções para a TV se tornavam prioridade. Praticamente a única alternativa, segundo a direção na época. A demissão de diretores renomados como Kihachi Okamoto e Hiromichi Horikawa marcou simbolicamente o fim de uma era.

Mesmo assim, até meados dos anos 1980, a Toho seguiu produzindo filmes de forma independente, antes de direcionar esforços para a animação.

Novos rumos

Com o passar dos anos, a Toho diversificou suas atividades, incluindo investimentos no setor imobiliário, mas acabou perdendo força em relação a outras gigantes do cinema japonês. Ainda assim, manteve o prestígio do nome.

Em 1º de dezembro de 2020, foi criada a TOHO Studio Co., Ltd., integrando a Toho Eiga e a Toho Studio Service, que administra os estúdios do grupo. A nova estrutura garante que a companhia ofereça serviços completos, desde a pré-produção até as filmagens e o acabamento dos filmes.











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