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10 COISAS QUE NÃO FAZEM SENTIDO EM STAR WARS: A ASCENSÃO SKYWALKER (2019)

Primeiramente: não estou aqui discutindo os méritos da nova trilogia, que são muitos inclusive. Em minha opinião, os 3 filmes são bem melhores individualmente do que a segunda trilogia, dirigida pelo George Lucas, por exemplo.

A discussão aqui é a completa falta de vergonha na cara do diretor J.J. Abrahms em contradizer, quase literalmente, o filme de Rian Johnson, Os últimos Jedi, filme que, inclusive, assumiu uma postura corajosa, e que muitos não gostaram.

O texto, lógico, é formado por spoilers do início ao fim:


1) Primeiro: o problema já começa pelo título. O que é Ascensão Skywalker? Quando ela acontece? Será que veremos algum filho bastardo da Leia ou do Luke perdido na trama? Não. O título se refere, tão somente, aos 30 segundos finais, quando Rey, sem um sobrenome, assume o Skywalker. E até nobre da parte dela, e numa bela cena, remetendo ao início da saga. Mas o que tem o título com o filme? NADA. Nem esta tal "Ascensão" acontece.

2) Não é de hoje que J.J. Abrahms diz que não faria certas escolhas que Rian Johnson fez no filme "Os Últimos Jedi". Mas o que o diretor fez foi uma covardia. Ele simplesmente desdisse alguns dos principais discursos dos "Os Últimos Jedi". Por exemplo, quando a Rey vai ao encontro de Luke no início, ao encontrá-lo, entrega o sabre de luz ao Jedi, que prontamente o joga fora como se ele não valesse nada. Já em Ascensão Skywalker, ela joga o sabre (na mesma ilha inclusive), e o fantasma de Luke pega o sabre antes de cair no fogo, e diz justamente o contrário da sua fala em Últimos Jedi.


3) No filme anterior, o grande mérito da trama é dizer que os Jedi não são tão especiais assim. O próprio Luke diz que eles devem acabar. Do Kylo diz o mesmo a Rey, que pede para ela se unir a ele, e acabar com os Jedi e os Sith. Neste "Ascensão", ele fala, novamente, o contrário.

4) A nave mais poderosa da saga é a X-Wing do Luke. Fica mais de uma década afundada no mar e quando a Rey precisa sair da ilha, seu recurso é usar a nave. Eu deixo meu controle da TV uma semana, parado e já tenho que dar uns tapas para funcionar. O cara deixa uma nave no fundo do mar e consegue voar sem mesmo recarregar o que quer que faça funcionar.


5) Outra figura mitológica da saga é BB-8. Repararam que qualquer treta em que ele esteja, o "Short Round" saca sua anteninha e resolve? É um Macgyver robô.

6) O filme novo foi covarde em muitos sentidos. O principal deles foi com os personagens Poe e Finn, o primeiro casal gay de Star Wars. Eles simplesmente enfiaram uma história medíocre com Poe, que até então era um personagem bacana, tornando-o um contrabandista pilantra, daqueles que fazem cara de piedade para tentar pegar uma mulher. Virou algo incrivelmente ridículo. E Finn sempre querendo dizer algo para ele, mas nunca diz. E para "compensar", na comemoração da vitória final, eles colocam um beijo gay feminino que deu vergonha alheia. Daqueles "piscou, perdeu".


7) A atriz Kelly Marie Tran passou um sufoco dentro e fora das telas. A atriz apagou sua conta pessoal no Instagram por conta do ataque de haters. Sua vida pessoal virou um inferno. Star Wars não só NÃO comprou a briga do seu personagem secundário, bem bacana, como sacou a atriz do terceiro filme, colocando-a em poucos momentos, rivalizando com o tempo da Carrie Fisher, que como sabemos, morreu antes do filme começar a ser rodado.

8) O que o ator Dominic Monaghan está fazendo no filme? O que dizer da solução mais preguiçosa do mundo encontrada pelos roteiristas para quem é o espião? E por que diabos eles matam um monte de personagens para voltá-los sem a menor cerimônia? Começando pelo Palpatine, que retorna dos mortos para morrer, evidentemente. A falsa morte de Chewbacca (com zero emoção, nos dando a clara sensação de que ele não morreu) parece aqueles piores momentos do The Walking Dead. Kylo quase morre e é salvo por Rey, que morre e volta. C3PO perde a memória ao se sacrificar para obter uma informação, mas até a memória dele volta ao ter contato com a anteninha Macgyver do BB-8. Covardia, uma atrás da outra.


9) Que raios é aquela atmosfera na cena de Palpatine no final? Ele parece um personagem do Hellraiser, recebendo sei lá o que de uma máquina estranha, que fica numa caverna com um monte de pessoas que ficam ali, aplaudindo, cantando, parecendo um "De Olhos Bem Fechados" num culto evangélico. 

E que raios são aqueles raios (não resisti ao trocadilho) que Palpatine lança? Parece que vai destruir a galáxia, mas o que ele faz é deixar as naves momentaneamente inoperantes. 

10) Para finalizar, outra grande ideia do "Os Últimos Jedi" é mostrar que a força é universal, está em todos nós. O suspense de quem são os pais da Rey ganha contornos épicos quando descobrimos que eram pessoas quaisquer. J.J. simplesmente ignora isto e a coloca como sendo neta do Imperador Palpatine e que para ser o (a) escolhido (a) precisa estar em uma linhagem, digamos, real.


Um dos maiores méritos desta história é nos mostrar que você não precisa ser alguém para fazer a diferença. Você pode ser tornar alguém. Mas J.J. pega esta ideia (e o filme) e joga no lixo. O diretor matou toda aquela ideia que uma nova resistência pode brotar de cada um que acreditar. E ainda nos confundiu. Se antes era o Império e pronto, agora é a Nova Ordem, Ordem final, Ordem ordenada, Ordem dos cavaleiros transformers, Ordem dos adoradores do Oscar... Um inferno astral de Ordens que mais parece preguiça de roteiro.

E ainda nos deixa a pergunta:

Quem tomou "umas" e foi para a cama com Palpatine? Esta, sim, tinha a Força...


https://www.pipoca3d.com.br/2019/12/star-wars-ascensao-skywalker.html
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