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O INSTITUTO - 1ª TEMPORADA (2025) - SÉRIE REVIEW

 

🔷O Instituto 1ª Temporada (2025) 

A esta altura, em pleno curso dos multiversos no cinema, uma série baseada em algo do autor Stephen King com tema telecinese sugere um universo onde Iluminado, Chamas da Vingança e Carrie podem se encontrar, como em Castle Rock. 

Apenas este ponto de ilusão já nos transporta para o universo que ele quer nos inserir. A todo momento, pensei que alguma referência a personagens como Danny, Charlie ou mesmo Carrie fosse vitaminar a narrativa. E talvez isso seja um problema. 

Em O Instituto, um jovem chamado Luke Ellis acorda num lugar desconhecido ao lado de outras crianças e adolescentes com poderes especiais. O que eles descobrem é que o local onde estão esconde segredos sombrios. Luke Ellis é o que muitos chamam de gênio. 

Luke acorda no misterioso Instituto, em um quarto que se parece com o seu, mas está completamente vedado e sem janelas. Junto com Ellis, outras crianças vivem sob o mesmo regime fechado, cada uma delas com habilidades extraordinárias. Em uma cidade vizinha, perto dali, o ex-policial Tim Jamieson procura recomeçar sua vida, apesar de ainda atormentado por seu passado. Mas a paz e a quietude que busca rapidamente se dissolvem quando seu destino parece predestinado a encontrar o de Luke.

Publicado em 10 de setembro de 2019, O Instituto foi bastante elogiado. O livro continha 576 páginas e foi publicado pela Scribner.  

Resumindo o livro.

Tim Jamieson abandona seu emprego na Flórida e segue rumo a Nova York. No caminho, ao ceder seu assento em um voo, acaba na pequena cidade de DuPray, na Carolina do Sul. Ex-policial condecorado, aceita trabalhar como patrulheiro local e logo cria laços com a policial Wendy Gullickson.

Paralelamente, em Minneapolis, Luke Ellis, um prodígio de 12 anos com telecinese moderada, é sequestrado após seus pais serem mortos. Ele desperta em um quarto quase idêntico ao seu, dentro do misterioso "Instituto", uma instalação secreta escondida nas florestas do Maine. Lá, várias crianças com dons telepáticos e/ou telecinéticos são mantidas, como Kalisha, Nick, George, Iris, Helen e o pequeno Avery.

Sob a direção da implacável Sra. Sigsby, a equipe do Instituto submete as crianças a experimentos cruéis para fortalecer seus poderes. Os que passam pela chamada “Metade Frontal” acabam transferidos para a “Metade Traseira”, de onde ninguém retorna. Luke, submetido a procedimentos que despertam fracas habilidades telepáticas, descobre que o verdadeiro objetivo do Instituto é usar a força coletiva das crianças para eliminar alvos escolhidos, até que elas sucumbam ao esforço.

Com a ajuda de Maureen, uma funcionária atormentada, Luke consegue escapar. Ela tira sua própria vida para não levantar suspeitas, e Luke acaba chegando a DuPray, onde busca a ajuda de Tim e Wendy. Ele apresenta provas, incluindo um vídeo gravado em segredo, e convence o xerife da cidade. O Instituto envia agentes para capturá-lo, mas um confronto armado resulta na morte de quase todos eles. Sigsby, feita refém, é morta por engano pelos próprios seguranças.

Enquanto isso, dentro do Instituto, Avery e outras crianças da Metade Traseira organizam uma rebelião. Ao serem atacados com gás tóxico, eles unem forças telepáticas e provocam a destruição parcial da instalação. Alguns conseguem escapar, mas muitos, incluindo Avery, morrem no processo. Os sobreviventes restantes fogem ou são mortos.

De volta a DuPray, Tim conduz Luke e os demais sobreviventes em segurança. Meses depois, um supervisor do Instituto aparece, revelando que aquela não era a única unidade: há outras espalhadas pelo mundo, todas abaladas pela mesma rebelião, aparentemente coordenada por Avery em um último ato de heroísmo. Ele afirma que os precogs da instituição identificavam ameaças globais iminentes, mas Luke questiona a validade de prever o futuro distante. O homem parte sob a promessa de manter o segredo do pendrive com as provas, guardado a sete chaves pelos sobreviventes.

Aos poucos, as crianças retornam para suas casas. Luke, porém, permanece em DuPray com Tim e Wendy, refletindo sobre Avery, o pequeno herói que sacrificou tudo.

A série.

Quando o romance O Instituto foi publicado em 2019, a Spyglass Television adquiriu os direitos para uma adaptação em formato de minissérie. Na época, David E. Kelley foi anunciado como roteirista, com Jack Bender na direção e ambos como produtores executivos.

Bender dirigiu diversas séries marcantes como Lost (43 episódios), Mr. Mercedes (23 episódios), mas ele me marcou em Brinquedo Assassino 3 e alguns episódios da Família Soprano.

Em 2024, o projeto foi reestruturado na MGM+ Studios, com Benjamin Cavell (cuja adaptação anterior de The Stand já havia sido criticada por falta de força narrativa) assumindo a função de roteirista e produtor executivo, enquanto Jack Bender permaneceu como diretor. A série foi planejada como uma produção de oito episódios.

Em junho de 2024, Ben Barnes e Mary-Louise Parker foram confirmados nos papéis principais de Tim Jamieson e da Sra. Sigsby. Mais tarde, Simone Miller e Jason Diaz foram anunciados como Kalisha e Tony. Em setembro do mesmo ano, outros onze nomes se juntaram ao elenco, incluindo Joe Freeman, Fionn Laird, Hannah Galway, Julian Richings, Robert Joy, Viggo Hanvelt, Arlen So, Birva Pandya, Dan Beirne, Martin Roach e Jane Luk.

As filmagens aconteceram em Halifax, Nova Escócia, entre agosto e novembro de 2024. As primeiras imagens oficiais da produção foram divulgadas em dezembro do mesmo ano. A série estreou no MGM+ em 13 de julho de 2025, com oito episódios em sua primeira temporada. Em agosto de 2025, foi anunciada a renovação para uma segunda temporada.

Instituto

A série me lembrou aquelas produções da CBS, como 4400, tanto no formato quanto no clima geral (incluindo uma abertura que soa nostálgica, que você não tem vontade de passar adiante). Coincidentemente, eu havia assistido recentemente a documentários sobre internatos que praticam abusos nos Estados Unidos (e em outras partes do mundo também). Um dos casos mais comentados foi o da socialite Paris Hilton, que chegou a discursar no Capitólio, sede do Congresso norte-americano, em defesa de crianças e adolescentes, relatando ter sido vítima de abusos nesse tipo de instituição.

Fatos que despertaram ainda mais minha atenção à série. Porém, ainda que agradável em alguns momentos, no fim das contas se mostra esquecível. Oferece um olhar contemporâneo sobre uma trama já conhecida, sem nunca se destacar o bastante para alcançar o patamar mais alto das adaptações de Stephen King.

Ela segue de perto a base do livro, mas deixa vários pontos em aberto para a segunda temporada e entrega exatamente o que o material de origem permite: algo simples, bem-acabado e ocasionalmente envolvente, mas que soa mais como uma coletânea de elementos típicos de King do que como uma evolução real da fórmula.

Um dos pontos baixos é o elenco, principalmente as crianças. Longe de serem cativantes como nos filmes It, de Andy Muschietti, por exemplo. Isto nos distancia dos seus dramas drasticamente.

Apesar da fidelidade ao estilo de King, Cavell opta novamente por descartar, e não necessariamente para melhor, a estrutura narrativa escolhida pelo autor. Mesmo com a promessa de que o destino do mundo depende dos jovens protagonistas e de seus poderes combinados, a sensação final é que tudo isso não leva a muito lugar.

Não é ruim. Mas também não é muito bom. É como música de elevador: não incomoda, mas também não conquista.

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