E SE...?
E Se...?
Há um instante, quase invisível, em que o olhar deixa de registrar e começa a compreender. É quando o cotidiano revela suas fissuras, o gesto distraído, a luz que se despede na parede, o rastro de algo que já não está. Observar é mais do que ver: é escutar o tempo passando dentro das coisas.
A melancolia nasce aí, no intervalo entre o que foi e o que ainda não é. Ela não é tristeza pura, mas um reconhecimento: o de que tudo muda, e mesmo assim tudo permanece por um segundo dentro de nós.
Essas imagens são fragmentos desse instante, olhares que tentam deter o que se desfaz, silêncios que dizem o que a pressa não ouve, pequenas eternidades guardadas no ordinário. Cada imagem é um respiro entre a observação e a perda, um convite a sentir a beleza suave do efêmero.
Na narrativa de hoje, imaginei a visão de cães do cinema de acontecimentos em seus respectivos filmes.

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