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15 PAIS ESSENCIAIS PARA O CINEMA


Em datas comemorativas é de praxe que os sites e blogs publiquem suas listas com sugestões de filmes sobre o tema em questão. Eu mesmo faço isto em todo evento importante. Mas desta vez, propus uma lista de sugestões diferenciada. E com a ajuda do meu amigo cinéfilo Carlos Primati, selecionamos 15 "pais" importantes do cinema.

Vejam quem são e porque. E Feliz dia dos pais a todos.


Auguste e Luis Lumière são, por vezes, considerados os pais do cinema, por terem sido os pioneiros na exibição de imagens em movimento.
Os irmãos inventaram o cinematógrafo, e em 28 de dezembro de 1895, na cidade de La Ciotat, localizada no sudeste da França, fizeram a primeira exibição pública de uma imagem em movimento. Filhos de Antoine Lumière, fotógrafo e fabricante de películas fotográficas, os irmãos também eram colaboradores do pai, na fábrica Lumière. A maioria das produções dos irmãos Lumière consistia em documentários curtos relacionados com a divulgação do próprio equipamento inventado por eles, o cinematógrafo. 
O cinematógrafo era, ao mesmo tempo, uma máquina de filmar e um projetor de cinema.  A primeira sala de cinema onde em 1895 os irmãos Lumière fizeram a primeira exibição pública de imagens em movimento chama-se Eden e existe até hoje. 


Foi um ilusionista francês de sucesso e um dos precursores do cinema, que usava inventivos efeitos fotográficos para criar mundos fantásticos. Méliès, além de ser considerado o "pai do cinema fantástico", fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa. Também foi o primeiro cineasta a usar desenhos de produção e storyboards para projetar suas cenas.Uma de suas produções mais conhecidas foi Le voyage dans la lune (Viagem à lua) de 1902, em que usou técnicas de dupla exposição do filme para obter efeitos especiais inovadores para a época. 
Criando filmes fantasiosos que divertiam crianças e adultos, Georges Méliès foi considerado o melhor cineasta do mundo. Chaplin o chamou de "o alquimista da luz". Estava presente na plateia que assistiu, em 28 de dezembro de 1895, aos Irmãos Lumière fazerem a primeira projeção de um filme na história. D. W. Griffith, que viria a ser um dos grandes diretores da história do cinema, disse "a ele tudo devo".


Ele é mais conhecido por seus filmes de kaiju e tokusatsu, incluindo vários na série Godzilla, e também trabalhou extensivamente nos gêneros documentário e guerra no início de sua carreira. Honda foi também um amigo e colaborador de Akira Kurosawa durante os anos 80 e 90.
Ele dirigiu o Godzilla original juntamente com King Kong vs. Godzilla (1962), Mothra vs Godzilla (1964), Destruir todos os monstros (1968) e muitos outros até 1975. Ele também dirigiu filmes tokusatsu como Rodan, Mothra e a guerra dos Gargantuas. 
Sua citação mais memorável: "Monstros nascem muito altos, muito fortes e muito pesados, e esta são sua tragédia," quando ele falou de seu filme Rodan. Esta declaração só daria os fãs a impressão de que sua intenção era dar a kaiju uma personalidade distinta, em vez de ser apenas um monstro à solta. 


Entre os aficionados do cinema cult, o gênero italiano Giallo se destaca como uma alternativa para as fórmulas dos filmes de terror americanos. Esses filmes apresentam características muito específicas que os distinguem do "cinema respeitável", como o suspense, a nudez deliberada, e litros de sangue. 
O pioneiro do Giallo foi Mario Brava, cujo filme A garota que sabia demais / Olhos Diabólicos (1963) serviu como o primeiro exemplo verdadeiro do gênero. O nome do filme é uma clara homenagem ao lendário diretor Alfred Hitchcock e seu filme O Homem Que Sabia Demais (1956). A maioria dos realizadores italianos da atualidade teve sua estreia cinematográfica com giallos. 
Já Slasher é um sub-gênero de filmes de terror quase sempre envolvendo assassinos psicopatas que matam aleatoriamente. Pecando em vários sentidos em sua produção tanto no roteiro quanto na atuação, edição, fotografia, música e envolvendo muito sangue. Normalmente são feitos com baixo orçamento, daí são constantemente nomeados como "terror b".
Com "Banho de sangue", Bava estabelece os elementos principais que vão fazer parte dos slashers, tão famoso nos anos 80.  Sexta feira 13, por copia tanta coisa que chega a assustar. Até mortes marcantes são idênticas.


Lewis nasceu em 1929 em Pittsburgh. Formou-se em Jornalismo e começou a trabalhar em rádio, e mais tarde, na TV, onde dirigiu programas de estúdio. Sua carreira no cinema começou no final dos anos 1950, quando passou a produzir (e depois a dirigir) filmes exploitation com nudez e cenas pornô-soft. Na década de 1960, entrou no mercado dos filmes de terror com “Banquete de Sangue” (1963), seu trabalho mais famoso. Colorido e cheio de sangue, o filme marcou época e fez sucesso nos circuitos de cinema drive-in nos Estados Unidos. 
O cineasta prosseguiu na carreira com mais títulos sangrentos e criativos como “Maníacos” (1964) e “Color My Blood Red” (1965).  Por toda a carreira, Lewis financiou e produziu seus próprios filmes, sempre lançados dentro do mercado de cinema B americano. Foi considerado pai do Gore. 


Passada a Segunda Guerra e a Guerra Fria se pondo em cenário, a propaganda, o cinema e a televisão norte-americana trataram de vender a ideia da felicidade em uma sociedade capitalista. Era preciso mostrar que qualidade de vida era superior ao do bloco socialista. Surgia a idéia do american way, literalmente, o jeito americano. E a sociedade, encantada com a graciosidade da idéia, tratou de incorporá-la, jogando para debaixo do tapete qualquer elemento que pudesse macular a imagem da família feliz norte-americana
Neste cenário, surgia Douglas Sirk, um cineasta alemão muito conhecido por ser considerado o pai do melodrama de Hollywood na década de 1950.
Fundamentalmente popular, e comercial, o cinema de Douglas Sirk antecede a novela em alguns de seus aspectos essenciais. Ele fez seu nome com uma série de exuberante melodramas, coloridos para a Universal Pictures, de 1952 a 1958 como Sublime Obsessão (1954), Tudo o Que o Céu Permite (1955), Palavras ao Vento (1956), e Imitação da Vida (1959). No auge de suas realizações mais bem sucedidas como que ele deixou os Estados Unidos e o cinema. 


Hoje em dia, muito se fala em coisas “trash”, cinema “trash”, festas “trash” e etc. Mas houve um tempo em que esse conceito ainda era um tanto novo, e quase ninguém sabia que “trash” queria dizer… lixo. E um dos baluartes desse tempo longínquo é John Waters. O cineasta norte-americano praticamente inventou o rótulo trash  e com ele marcou seu cinema para sempre.
John Waters aborda um universo particular, tido como inconcebível mesmo nos sonhos mais devassos da maioria. Movido por um humor cáustico que serve de combustível aditivado, seu trator segue triturando tabus. E, quando os fiscais do bom gosto avaliam que a imoralidade e o escárnio chegaram ao seu patamar mais baixo, John Waters empurra ainda mais os limites, para bem longe do convencional.
Seus filmes são representativos da produção norte-americana que vai de encontro ao cinemão tradicional. Situações estapafúrdias que misturam violência e comédia são uma de suas marcas. Num primeiro momento, elas podem soar agressivas, mas essa impressão não resiste a um olhar mais crítico e revelador de que a tentativa de chocar tem como objetivo questionar conceitos impostos. Não à toa, o que há de único em seus filmes fez com que obras suas emergissem do underground para cair nas graças do mainstream.


Zé do Caixão é um personagem amoral e niilista que se considera superior aos outros e os exploras para atender seus objetivos. Zé do Caixão é um descrente obsessivo, um personagem humano, que não crê em Deus ou no diabo. O cruel e sádico agente funerário Zé do Caixão é temido e odiado pelos habitantes da cidade onde mora. O tema principal da saga do personagem é sua obsessão pela continuidade do sangue: ele quer ser o pai da criança superior a partir da "mulher perfeita". Sua ideia de uma mulher "perfeita" não é exatamente físico, mas alguém que ele considera intelectualmente superior à média, e nessa busca ele está disposto a matar quem cruza seu caminho.
Mojica Marins criou um personagem popular sem basear-se em nenhum mito do horror conhecido mundialmente. "Zé do Caixão", seu personagem mais conhecido, foi criado por ele em 11 de outubro de 1963, após ser atormentado por um pesadelo (comum isto não?) no qual um vulto o arrastava até seu próprio túmulo. 
A primeira aparição do personagem foi no filme À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1963), e com ele, nasceu o horror brasileiro.


O cinema expressionista é a forma mais popular do movimento e é quem apresenta, sem dúvidas, algumas das maiores obras da sétima arte. 
Alguns filmes são tidos como mais importantes do cinema, e a razão é simples: por conterem certo ineditismo aliado a qualidade. Dificilmente, alguém vai comparar "Os Crimes do Museu (1933)" com " Casa de Cera (2005)", justamente por este fato.  A importância vai para quem inovou primeiro, aliado sempre à boa direção. Tecnicamente falando, um filme mais novo tem chance de ser melhor, mas o clássico sempre será o clássico.  Dito isto, O Gabinete do Dr. Caligari é um dos filmes mais influenciadores de toda a história cinematográfica. É por muitos considerado o primeiro filme de horror da história.   Robert Wiene, portanto, é considerado pai do expressionismo no cinema com o Caligari, que também foi o primeiro filme expressionista.


Hitch além de saber manipular bem os elementos de um filme (roteiro, elenco, jogo de câmera, edição…),  era um gênio do marketing. Foi um dos primeiros diretores a explorar a própria imagem, transformando-se em um personagem público. Criou o hábito de fazer “pontas”em seus próprios filmes – e o público passou a aguardar esses “easter eggs”com tanta ansiedade que, no fim da carreira, o cineasta inglês decidiu aparecer sempre no começo da história para liberar a atenção da plateia. Especula-se até mesmo que ele é quem criou o termo “mestre do suspense”. E com razão: ninguém soube lapidar os elementos desse gênero melhor do que ele.
Ele bolou um recurso até hoje usado por roteiristas: o “MacGuffin”. Assim ele chamava qualquer objeto comum, que só servia para dar um objetivo ao protagonista e gerar suspense.


Em 1975 Spielberg dirigiu aquela que é considerada a obra seminal dos blockbusters, Tubarão. O filme foi um sucesso de bilheteria, faturando mais de 100 milhões de dólares e conquistou plateias do mundo inteiro, em sua maioria jovens, com a trama sobre uma cidade litorânea aterrorizada por um tubarão gigante. Para se ter uma ideia, o filme arrecadou 470 milhões no total, tendo custado apenas 7 (Por exemplo, a Múmia, em 2017, rendeu 402, tendo custado em torno de 200).
 A partir deste filme, os grandes estúdios passaram a investir no modelo que atraía multidões às salas de cinema do Hemisfério Norte durante o verão, instaurando um estilo moderno de super produção, com elevados custos de marketing e efeitos especiais.


Esqueçam Jacques Tourneur e seu "Morta viva" de 1943. O zumbis nasceram mesmo em 1968. George Romero criou duas obras primas (Noite dos mortos vivos e Despertar dos mortos) que influenciaram todo o cinema (e agora a Tv). Nada mais foi como era antes. 
Curioso é que Romero "inventou" um sub-gênero, com a primeira trilogia, atribuindo características aos zumbis que permanecem até hoje. Mas com a segunda trilogia ele não conseguiu o mesmo resultado. Era necessário que ele se reinventasse, mas infelizmente não conseguiu.  Ainda que os filmes tenham seus fãs, eles passam longe de ser unânimes.
“Meus filmes sobre zumbis foram tão longe que eu fui capaz de refletir os climas socio-políticos de décadas diferentes. Eu tenho um conceito de que eles têm uma pequena parte de uma crônica, um diário cinemático do que está acontecendo”. Disse Romero certa vez.  Não foi gênio. Mas foi genial na sua criação.


Com uma carreira de cinquenta anos, é amplamente considerado como um dos cineastas mais importantes e influentes da história do cinema. 
Akira  foi o introdutor do gênero chambara (samurai) no cinema, com temas como a honra acima de tudo. Sofrendo de fadiga mental em 1971, tentou frustradamente suicidar-se cortando os pulsos por mais de trinta vezes. Em 1985 o Festival de Cinema de Cannes homenageou-o pelo seu filme "Ran" do qual ele mesmo dizia que era a "obra de sua vida". "Ran" foi baseado em adaptações do livro Rei Lear de William Shakespeare. Kurosawa também adaptou obras do russo Dostoiévski. 
Filmes como Sete Samurais, Rashomon, Fortaleza escondida, Yojimbo , Kagemusha definiram os samurais no cinema, além de refilmados algumas vezes na Europa e EUA.


Luis foi um diretor de cinema espanhol, nacionalizado mexicano. Trabalhou com Salvador Dalí, de quem sofreu fortes influências na sua obra surrealista. A obra cinematográfica de Buñuel, aclamada pela crítica mas sempre cercada por uma aura de escândalo, tornou-o um dos mais controversos cineastas do mundo, sempre fiel a si mesmo.
Foi considerado pai do surrealismo no cinema, sendo Um Cão Andaluz de 1929 o marco zero.


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