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TUBARÃO 87: A VINGANÇA - CRÍTICA DESTRUTIVA

O mais breve, e talvez o mais absurdo, post que vou escrever: é sobre Tubarão – A Vingança.


Meu Deus do céu, por onde começar?

Trata-se de um tubarão, supostamente parente dos dois que o chefe Brody matou nos filmes anteriores (pelo menos é isso que o roteiro sugere), que aparece para... vingar a morte deles. Sim, você leu certo: um tubarão em busca de vingança familiar! Meu Deus do céu!!!

Precisa de mais alguma coisa para explicar o desastre? Bom, vamos lá...

Eu assisti a essa pérola na Tela Quente, com o título "Tubarão 87 – A Vingança". Só isso já beira a comédia: colocar o ano como se fosse número de continuação é de uma criatividade que chega a dar dó.

Na abertura, o tubarão ataca e mata um dos filhos do chefe Brody. A cena, para piorar, é involuntariamente cômica: parece que o ator nem foi avisado de que perderia o braço. Ele olha, se espanta e, só depois, resolve gritar. Um espetáculo.

Superado o trauma, a família Brody decide ir para as Bahamas, mas o tubarão vingativo, claro, os segue até lá. Gente, quem pensou nisso?

E não para por aí. O bicho ataca um amigo do outro filho de Brody (que, vale lembrar, no filme está morto e com uma morte que jogam na conta do tubarão, mesmo tendo sido um enfarte!). Só que, de maneira seletiva, o tubarão decide ignorar essa vítima, porque sua missão é exclusivamente contra a família Brody. Que consideração, não?

Mais à frente, o filho sobrevivente quase vira banquete, numa cena estranhíssima em que o tubarão faz um mergulho vertical, como se fosse atleta olímpico. Depois, em uma "banana boat" aquática, a neta de Brody é o alvo, mas o bicho erra a mira e acaba matando outra mulher que estava atrás. Um tubarão incompetente, convenhamos.

Cansada desse show de horrores, a viúva de Brody resolve ela mesma enfrentar o bicho. Sem preparo, sem experiência, só na base da coragem, pega um barco e grita em alto mar: "Come and get me...". A cena é de cair o queixo.

E aí acontece uma das maiores pérolas do filme: segundos após o tubarão atacar a senhora Brody, surge um avião, que simplesmente pousa no mar ao lado do barco! E, como se não bastasse, todos os passageiros pulam na água. É inacreditável.

O tubarão, claro, ataca o avião. Porque, afinal, seu parente já tinha mastigado um helicóptero no segundo filme, então nada mais natural. E como se fosse um ser quase humano, ele resolve atacar justamente o melhor amigo do filho de Brody aparentemente porque sabia que isso o feriria emocionalmente. Que tubarão sábio e vingativo, não?

Antes da conclusão, a viúva Brody tem flashbacks... inclusive de cenas que ela nunca presenciou, como os ataques ao marido e ao filho no primeiro filme! Não dá para acreditar. Fico até com pena do roteirista.

E aí chegamos ao clímax: imbuída do espírito do marido, ela atravessa o tubarão com a lança de madeira da proa do navio — no melhor estilo cavaleiro medieval. Entendeu? Nem eu.

E o mais inacreditável: o tubarão explode. Sim, explode ao ser perfurado por uma lança de madeira! 

E não acabou. O amigo do filho de Brody, que já tinha morrido em uma cena épica, aparece vivíssimo. É de deixar qualquer um pasmo. Brody, espantado, solta: "O que diabos você está fazendo vivo?". Juro, está no filme.

Ah, e o roteirista? Michael De Guzman. Anote esse nome, porque o currículo dele merece uma análise à parte.

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