POUCO ANTES DO AMANHECER (1981) - CLÁSSICOS ESQUECIDOS
Algumas informações peguei com o próprio diretor.
Como sempre digo nesta sessão, o que proponho é trazer aquele filme bom, de uma filmografia de algum cineasta, que está esquecido de alguma forma, e trazer à tona apresentando o mesmo aos cinéfilos
A apresentação do filme aqui está sempre associada a eu ter assistido ao filme, até para discutir sobre ele, eventualmente.
E porque este filme?
Bom...a resposta é óbvia. Mas o filme ganha muito mais no quesito 'comparação', pois ele tem um tom mais profundo e poético em vários momentos.
Ele dá um banho de realismo nos slashers a seguir (tipo Sexta feira 13), não por sanguinolência, mas por situações mais críveis, sem super vilões, ou caras deformadas. O filme é composto de gente como a gente, matando pessoas como nós...
Simples assim, e ótimo assim..
Diretor: Jeff Lieberman
Roteiro: Mark Arywitz, Gregg Irving
Elenco : George Kennedy, Mike Kellin, Chris Lemmon
Duração: 90 min
SINOPSE
Um grupo de jovens vão até uma montanha para acampar e praticar alpinismo. Chegando lá são parados por Roy McLean, o guarda florestal meio louco do local, que os adverte sobre os perigos de continuar subindo a montanha.
ANÁLISE
"Pouco antes do amanhecer", o terceiro filme da carreira de Jeff Lieberman (e considerado seu preferido entre toda sua filmografia) é um filme focado muito mais no suspense e na bela ambientação, do que em mortes frequentes e sangrentas. A principal influência do diretor, segundo ele mesmo, seria o clássico Amargo Pesadelo (Deliverance) de 1972. E realmente tem alguns pontos em comum. Filmado num parque no Oregon, tem como protagonistas o quinteto de jovens Chris Lemmon (filho de Jack Lemmon), Gregg Henry, Deborah Benson, Jamie Rose e Ralph Seymour, que na busca por um lugar para acampar, se deparam com o clássico aviso para não o fazer por aquelas bandas, feito por Ty (Mike Kellin), um bêbado que vagava pela estrada. Mas é claro que eles não lhe dão ouvidos e continuam sua busca. A diferença da maioria dos slashers envolvendo jovens e matagais, em que a moçada só quer saber de trepar e fumar maconha, é que aqui o pessoal quer mesmo é curtir o acampamento, explorar e fotografar o belo lugar.
O que vem a seguir é uma sequência de suspense crescente com poucas, mas eficientes aparições do “perigo” da floresta, que nada mais é que o próprio ser humano, o que poderia remeter a Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes), exceto que a família mostrada não tem nenhuma deformidade.
Os poucos diálogos aumentam e prolongam a sensação de “estamos-sendo-vistos-e-seguidos”, e a trilha sonora muito bem pontuada (feita por Brad Fiedel, que seria melhor conhecido por suas futuras trilhas para a franquia O Exterminador do Futuro) deixa no ar uma maior casualidade na história, diferente de alguns filmes do gênero, que abusam dos efeitos sonoros para criar o “momento” em que algo ruim vai acontecer. Nâo é o caso aqui. Nesse filme o diretor realmente te pega de surpresa, sem avisos, apenas pequenos detalhes que são reconhecidos da curta introdução (não quero revelar os fatos para não estragar as surpresas) antes dos créditos inicias, onde o “perigo” é mostrado.
Os poucos diálogos aumentam e prolongam a sensação de “estamos-sendo-vistos-e-seguidos”, e a trilha sonora muito bem pontuada (feita por Brad Fiedel, que seria melhor conhecido por suas futuras trilhas para a franquia O Exterminador do Futuro) deixa no ar uma maior casualidade na história, diferente de alguns filmes do gênero, que abusam dos efeitos sonoros para criar o “momento” em que algo ruim vai acontecer. Nâo é o caso aqui. Nesse filme o diretor realmente te pega de surpresa, sem avisos, apenas pequenos detalhes que são reconhecidos da curta introdução (não quero revelar os fatos para não estragar as surpresas) antes dos créditos inicias, onde o “perigo” é mostrado.