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ERNANI SILVA - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS


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Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto incrível. São apenas 7 perguntas, mas que fornecem um pequeno mosaico da carreira e paixão do entreviado (a) pelo cinema.

E hoje, com vocês, o CEO da Darkflix Ernani Silva

Boa sessão:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

E.S.: Sim. O cinema está diretamente ligado à minhas melhores memórias afetivas. Desde os meus 7 anos de idade eu sou apaixonado pelo cinema. Passei a infância sonhando com o dia em que existiria uma caixa cheia de filmes pra assistir. Na adolescência, pulava os muros do colégio pra ir ao cinema e vi muitos filmes na tela grande antes do nascimento do VHS. 


Posso citar alguns que me marcaram: “Star Wars” (Vi numa noite de réveillon e perdi a festa da virada), “Carrie - A Estranha” assisti com a minha primeira namorada, “Carne para Frankenstein” assisti com uma carteirinha de estudante falsificada por causa da censura, a mesma estratégia usada para poder ver o “Decameron”, “De Volta Para o Futuro”, “A Hora do Espanto”, “O Dragão Chinês”, “Operação Dragão” (dormi no meio do filme), etc. Vi muitos filmes no cinema.

Quando fechou o cinema na minha pequena cidade em Minas Gerais (Paraguaçu), eu sempre reservava um tempinho pra ver um filme no cinema quando eu vinha a São Paulo. Foi numa madrugada em Sampa que assisti “Kickboxer” do Van Damme (um dos piores filmes que vi na vida). Logo cedo comecei a trabalhar com filmes, representando distribuidoras de home vídeo. Tive laboratório de duplicação de VHS, rede de locadoras e empresa de licenciamento para cinema, home vídeo e TV.


2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga qual o filme mais importante da sua vida.

E.S.: “Drácula – O Príncipe das Trevas” (o filme de terror mais vendido na história do mercado de home vídeo brasileiro) por ter sido o primeiro filme de terror a me impactar (e depois por motivos comerciais). Mas, meu filme preferido de todos os tempos é “O Exterminador do Futuro”. Não vou citar “O Senhor dos Anéis”, porque este não se encaixa em nenhuma categoria. Está acima de absolutamente tudo o que foi produzido na história do cinema.


3) Você é responsável por um marco na história do Streaming brasileiro com a criação da Darkflix, que nada mais é que uma Netflix de filmes e séries de horror, satisfazendo, talvez o maior desejo dos fãs do gênero, que tanto necessitam de um canal amplo para assistirem suas obras de terror favoritos.
Conte-nos como foi este processo de criação da Darkflix e o que te motivou a fazer este trabalho, que hoje, é sem precedentes, tornando-o não só importante, como único.

E.S.: Não considero a Darkflix uma Netflix do horror. Nosso projeto é mais abrangente. A Darkflix é uma plataforma multimídia de cinema fantástico, que inclui distribuição em Home Vídeo, uma editora de livros e quadrinhos, um canal de TV, um canal de streaming pago, um canal de leitura de quadrinhos, uma produtora de eventos relacionados ao gênero fantástico.

Esbocei o projeto pensando inicialmente em um canal de TV aberta do gênero. Devido aos problemas comerciais e estruturais envolvidos no projeto, tive que abortá-lo e voltei a trabalhar nele com o surgimento do streaming.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história legal que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco?

E.S.: Lancei pela LONDON FILMS 4 filmes da franquia Drácula produzida pela Hammer. Os outros 3 filmes da série de 7 pertenciam ao catálogo da Warner. O filme “Drácula - O Príncipe das Trevas” era o segundo da franquia e eu havia vendido mais de 100.000 peças até então em DVD deste filme. Procurei a Warner para licenciar os demais, principalmente o primeiro da série, “O Vampiro da Noite”. Eles foram muito atenciosos comigo, mas o negócio não andou. Depois fiquei sabendo que eles não haviam acreditado nos meus números, pois eles haviam vendido apenas 3.000 cópias do primeiro. Posteriormente a própria Warner encomendou uma pesquisa pela Nielsen e entre os 10 títulos mais vendidos no mercado brasileiro naquele ano, havia 5 nossos, inclusive os 3 primeiros. E, pasmem. O título mais vendido era “Missão Laser/Missão Resgate”, estrelado por Brandon Lee.

M.V.: Nossa. Este filme acho que foi o pior dele, que infelizmente teve uma carreira bem curta...


5) Se pudesse, por um dia, ser um diretor de cinema do mais famosos do cinema, e através deste dia, ver pelos olhos dele, uma grande momento do cinema acontecendo, qual profissional seria? E claro...qual filme? (Vale filme de qualquer época ou País).

E.S.: Eu gostaria de ser o James Cameron quando ele fez “O Exterminador do Futuro”, pois eu optaria pelo final alternativo que ele chegou a filmar e está no Blu Ray.


6) Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhoso? E em contrapartida, o que você mais se arrependeu de fazer ou faria diferente.

E.S.: Para chegar onde estou e no momento em que estou, tive que passar por bons e maus momentos. Tudo me serve como aprendizado e inspiração. Não sei se tive mais alegrias que decepções, mas procuro não esquecer as decepções, pois me baseio nelas para não errar de novo. O trabalho que realizo hoje é o que me deixa mais orgulhoso, pois eu havia planejado me aposentar este ano e na verdade estou começando um novo ciclo, com uma equipe de jovens talentosos e inspirados.


7) Para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.

E.S.: Cinema é fantasia e ilusão, então esta frase do filme “O homem que matou o facínora” de John Ford cai bem nesta entrevista.

“Quando a lenda é mais interessante que a realidade, imprima-se a lenda.”

M.V.: Muito obrigado amigo. Foi um prazer.



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