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SUSANNA LIRA - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Susanna Lira, nascida em 20 de fevereiro de 1975, é formada em Jornalismo e possui especializações em Biopolítica Criminal, Filosofia, Direito Internacional e Direitos Humanos. Atualmente, cursa mestrado em Psicanálise. Ao longo de duas décadas de carreira, dirigiu 18 longas-metragens, além de dezenas de curtas e séries, somando mais de 120 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Seu trabalho já foi exibido em mostras especiais em países como Chile, Uruguai, Argentina e Brasil.

Reconhecida por sua trajetória no audiovisual, Susanna já colaborou com importantes canais e plataformas como Globoplay, Disney, Star+, HBO, Paramount+, Al Jazeera e TV Globo. Também foi homenageada em festivais na Argentina, Uruguai, Chile e Brasil, incluindo o Festival de Cine Independente de Mar del Plata, o FEMCINE e o Cinefoot. Em 2024, foi finalista como Melhor Diretora Latino-Americana de Ficção nos Prêmios Produ, no México.

Vamos às 7 perguntas capitais:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
  
S.L.: Desde criança o cinema faz parte da minha vida e como espectadora sempre foi fascinada com o mundo cinematográfico e pelo processo criativo dos diretores. Era viciada em locadora de filmes e hoje além de assinar todos os streamings disponíveis no mercado, faço questão de ir a festivais de cinema para ver os filmes nas estréias. 


2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo o filme mais importante?

S.L.: O filme da minha vida é "Cabra marcado para morrer de Eduardo Coutinho.
 
M.V.: Um documentário, logicamente... 


3) Notei que sua trajetória como realizadora é marcada por um forte envolvimento com o documentário. Acho um gênero riquíssimo, mas também complexo, principalmente por conta da responsabilidade de representar a realidade com ética e equilíbrio. O que te levou a se encantar por esse formato?

S.L.: Fazer um documentário é bem mais complexo do que fazer ficção. É necessário pesquisa e aprofundamento prévio para tornar um tema algo cinematográfico. Nunca tive problemas  com imparcialidade, porque nunca busquei ou desejei ser imparcial. Acho que o jornalismo deve prezar pela imparcialidade, mas o documentário enquanto obra cinematográfica deve ser livre dessas condições. 

O que mais me atraiu para fazer todos os filmes que fiz até hoje foi a liberdade em poder contar algo somente com a preocupação criativa e ética. Acho que o documentário é um lugar de experimentação fascinante.

 
4) Dirigiu o documentário "Adriano Imperador", lançado no Prime Video (Paramount+). Ele é bastante esclarecedor em torno do personagem problemático criado pela mídia. Adriano, na realidade, é uma pessoa simples que fez sucesso muito rápido, mas não conseguiu se conectar com a vida de celebridade e muito menos se desconectar de suas raízes. Como foi a idealização deste projeto, e como é o processo de escolha do tema?

S.L.: No caso do Adriano, eu fui convidada pela Vania Catani, produtora-executiva da série, para fazer a direção. A partir daí, comecei a pensar em contar essa história como parte de explicar o Brasil profundo de onde ele vem.  Já em outros filmes que fiz, a escolha do tema parte de uma curiosidade ou de uma inquietude minha. A partir disso, começo uma pesquisa para entender se tem potencial para gerar um filme.


 
5) Algumas profissões rendem histórias interessantes e curiosas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história divertida que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar? 

S.L.: São muitos filmes, então são muitas histórias. As melhores histórias são os aprendizados com os personagens e com os atores. Aprendi muito ao longo desses anos a conviver, a tolerar e saber respeitar mesmo quando eu não estou concordando com a pessoa.


6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

S.L.: Eu amo todos os filmes que fiz até hoje e tenho muito orgulho de todos eles. Seria impossível eleger apenas um. Mas especialmente a série de ficção NÃO FOI MINHA CULPA, disponível no Star+, foi um dos maiores desafios da minha vida. Espero que mexa com as emoções do público assim como mexeu com as minhas.
 
M.V.: Olhando em retrospecto, há algo que você teria feito de forma diferente nesse processo? Ou mesmo tenha se arrependido...

S.L.: Não tenho arrependimentos, mas certamente faria alguns filmes de outra forma, com outras pessoas na equipe, enfim... Acho que a cada trabalho eu reflito sempre sobre como eu poderia ter feito melhor.

 
7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.
  
S.L.:  A frase "Bicha quer, Bicha Faz", dita pelo personagem de Matheus Nachtergaele em Amarelo Manga, é um mantra para mim.

M.V.: Muito obrigado. A gente se vê nos filmes.

 

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