007 CURIOSIDADES DE SATÂNICO DR. NO (1962)
Quem imaginaria, nos anos 60, que James Bond estaria em alta durante décadas, "encerrando" sua vida nos filmes no filme 007 - Sem Tempo para Morrer, de 2021, que como sabemos, morreu em cena. E em uma daquelas coincidências da vida, em 31 de outubro do ano anterior, o gigante Sean Connery falecia. Considerando o fato de que a pandemia adiou o último filme, chegaríamos em 2020 órfãos duplamente.
Há um universo de possibilidades para o filme que virá num futuro não muito distante. Inclusive, ser uma mulher. E movido por estes acontecimentos, resolvi maratonar todos os filmes em sequência e escrever 7 curiosidades de cada filme.
Pegue seu Martini batido (não mexido) e boa sessão:
👉007 contra o Satânico Dr. No
Na trama, 007 enfrenta o misterioso Dr. No, um gênio cientista determinado a destruir o programa espacial dos Estados Unidos. A contagem regressiva para o desastre se inicia e Bond vai para a Jamaica, onde conhece uma linda mulher, e confronta o vilão megalomaníaco em sua ilha.
001) Todo mundo sabe que John Barry é o compositor do tema principal, tanto quanto Jason Voerhees é o assassino do primeiro Sexta-feira 13. É um equívoco de longa data que Barry tenha escrito "The James Bond Theme". Na verdade, ela originou-se de uma música, "Good Sign, Bad Sign", composta por Monty Norman, de um musical que foi abandonado chamado "The House of Mr. Biswas". Barry arranjou e orquestrou o tema de Norman para produzir o tema como é conhecido em todo o mundo.
Monty ganhou duas ações de difamação contra editores por alegar que Barry escreveu o tema. Ele recebeu os royalties desde 1962.
002) Sean Connery ganhou o papel de James Bond depois que o produtor Albert R. Broccoli assistiu à exibição de A Lenda dos Anões Mágicos (1959). Ele ficou particularmente impressionado com a briga que Connery tem com um valentão da vila no clímax do filme. Broccoli mais tarde fez sua esposa Dana Broccoli ver o filme e confirmar seu sex appeal. Ainda assim, para fins publicitários, houve um concurso para encontrar o homem perfeito para interpretar James Bond. Seis finalistas foram escolhidos e testados por Albert R. Broccoli, Harry Saltzman e Ian Fleming. Além de Connery, um modelo de 28 anos chamado Peter Anthony tinha presença o papel, mas faltava completamente a técnica de atuação para interpretá-lo.
003) A introdução de James Bond é uma homenagem a uma técnica usada no filme Juarez (1939) de William Dieterle e estrelado por Paul Muni. A técnica é uma série de closes do personagem sem revelar o rosto, cruzando com os demais personagens da cena e da mesa de jogo. Finalmente, o rosto da pessoa é revelado quando ele declara seu nome.
004) O autor Ian Fleming baseou o personagem do Dr. No no Dr. Fu Manchu de Sax Rohmer. Ele queria que seu primo Christopher Lee fizesse o papel de Dr. No. (Lee mais tarde foi Francisco Scaramanga no filme 007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro (1974). Curiosamente, Lee interpretou o Dr. Fu Manchu em vários filmes a partir de 1965 com A Face de Fu Manchu.
005) Ian Fleming originalmente não gostou da escolha de Sean Connery como James Bond. Bond era inglês e Connery era escocês, Bond era de uma classe alta e Connery vinha de uma classe trabalhadora, Bond era refinado e educado e Connery era muito rude. Depois de ver este filme, Fleming ficou mais tranquilo e disse que o ator era perfeito. No romance "A Serviço Secreto de Sua Majestade" lançado em 1963, Ian alterou detalhes dos personagens. Bond passou a ter ascendência escocesa e a namorada de Bond, Theresa "Tracy" Vicenzo, foi descrita com os detalhes físicos da atriz Ursula Andress .
006) Connery tinha muito medo de aranhas e ficou tão ansioso durante a cena em que uma tarântula rasteja sobre ele na cama, que eles tiveram que colocar um vidro fino sobre ele para que a aranha subisse. Você pode ver o vidro achatando sua pele, na versão final do filme. O diretor Young não gostou do resultado final e convocou o dublê Bob Simmons para novas cenas com close-ups. Ele também tinha medo de aranhas e disse que era a coisa mais aterrorizante que ele já havia filmado. De acordo com o livro de 1981 de Steven Jay Rubin "The James Bond Films", esta tarântula foi nomeada "Rosie".