SANDY JOHNSON - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
S.J.: Minhas memórias do cinema começam com meu pai me levando para ver filmes de terror quando eu era criança. O primeiro foi “A Bolha Assassina” que vimos durante uma forte tempestade em um drive-in em Oklahoma. Mais tarde, ele me levou para ver “O Que Terá Acontecido a Baby Jane?” na Califórnia. Esse filme nunca me deixou. Filme verdadeiramente aterrorizante e doentio, mesmo assim um dos meus favoritos (risos). Presumo que foi aí que meu amor por filmes de terror começou.
Em seguida, veio “Tubarão”, que vi na noite de estreia na tela grande um pouco antes de voar para o Havaí de férias. Grande erro, pois fiquei com medo de entrar na água (risos). Continuava ouvindo a música tema na minha cabeça e eu tinha que sair correndo do mar. Ainda adoro ver filmes na tela grande e no drive-in.
2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga qual o filme mais importante da sua vida.
S.J.: O filme mais importante da minha vida foi definitivamente “Halloween” de 1978. Não apenas impulsionou minha carreira, mas também mudou minha vida drasticamente nos últimos anos. Depois que meu atual agente me encontrou, ele me apresentou às convenções de horror. Agora tenho milhares de fãs que me seguem e passei a amá-los. Eu adoro viajar para shows, interagir e ouvir suas histórias. Além disso, sinto que agora tenho uma família enorme. A maioria da minha família de verdade faleceu, então ter uma nova família fez uma grande diferença. Eu sou realmente abençoada e tudo começou com o Halloween!!!
3) Quais caminhos te levaram a se tornar atriz?
S.J.: Sempre fui uma criança com muita imaginação. Amo fingir ser outra pessoa. Eu costumava fazer grandes construções com caixas de papelão na sala de estar e fingir que eram cavernas e eu era uma mulher das cavernas. Eu sempre estive na produção de teatro ou dança na escola. Depois da escola, comecei a ter aulas de atuação e improvisação em Hollywood.
E quando fiz o ensaio da Playboy, comecei a receber ofertas para papéis de atriz, como Halloween, H.O.T.S, Jokes My Folks Never Told Me e Uma Competição Muito Sexy. Fiquei muito deprimida após perder meus pais quando era jovem. Então me mudei de volta para o Texas, onde minhas irmãs moravam. Agora, 40 anos depois, estou reacendendo meu amor pela atuação.
4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Lembra-se de alguma em particular que possa compartilhar conosco?
S.J.: Quando me mudei do Texas para a Califórnia, eu era uma pré-adolescente, e as crianças zombaram do meu sotaque sulista, então tentei me livrar dele. Então, quando fiz uma audição para o papel da filha do fazendeiro em "Piadas que meus pais nunca me contaram", eles acabaram me contratando justamente devido ao meu sotaque. Por fim, me senti realizada. Quando eu filmei “Halloween”, as gotas de sangue explodiam no meu peito a cada tomada. O xarope precisava ser removido e estava irritando minha pele.
Jamie Lee Curtis se ofereceu para ajudar e foi muito mais gentil do que o ajudante original. Eu fiquei muito grata por isso. Eu também, sempre achei interessante que, embora minha cena no Halloween seja bem no início do filme, tenha sido a última tomada. Eles fizeram todas as cenas com a casa de Myers em sua condição original e depois a consertaram para a minha cena.
5) Se você pudesse ser atriz em um filme clássico, qual seria o filme e por quê?
S.J.: Romeu e Julieta de 1968, dirigido por Franco Zeffirelli. Quando eu estava na fase de crescimento, este filme foi melhor de tudo que eu havia visto ou experimentado. Era tão grandioso e lindo. O amor deles era tão puro e inocente. A história era repleta de extremos, assim como nas emoções, nos cenários, etc. Provocou um grande impacto em mim quando jovem.
6) Agora voltando para sua área de atuação. Qual trabalho que fez que te deixou mais orgulhosa? Em contrapartida, há algum que tenha se arrependido?
S.J.: Tenho orgulho de todo o meu trabalho, com exceção de um filme chamado “Surfer Girls”. O diretor e alguns outros membros no filme me fizeram sentir pressionada e insegura durante as filmagens. O resto dos meus filmes e trabalhos de modelo me ensinaram coisas e me deixaram com memórias incríveis. Eu estou realmente ansiosa para o meu novo trabalho no próximo filme. Mal posso esperar.
7) Para finalizar, cite uma frase famosa do cinema que a represente.
S.J.: "Toto, tenho a sensação de que não estamos mais no Kansas." (O Mágico de Oz)
M.V.: Obrigado pela sua atenção. A gente se vê nos filmes.