google-site-verification=21d6hN1qv4Gg7Q1Cw4ScYzSz7jRaXi6w1uq24bgnPQc

DUŠAN MAKAVEJEV - 10 FILMES ESSENCIAIS

dusan-makavejev-10-filmes-essenciais

O que seria do cinema sem os transgressores? Diretores e diretoras que forçam novos caminhos, difundem novas ideias e formam linhas de pensamentos que originam novas tendências. Dusan Makavejev é um destes casos, mesmo que atuasse no pouco popular cinema iugoslavo, Ele pertenceu ao movimento chamado Onda negra, que no período entre o final dos anos 60 e meados de 70 levou um cinema transgressor às telas. 

Dusan faleceu pouco antes de ver o mundo deflagrar a pandemia do COVID 19, no dia 25 de janeiro de 2019, aos 86 anos. Mas não sem antes deixar uma marca profunda da história do cinema. 

Abaixo, seus 10 filmes essenciais:


Retrato das frustradas vidas amorosas de dois homens que trabalham em uma carvoaria. Para esse primeiro longa, depois de anos fazendo documentários e curtas experimentais, Dusan Makavejev e sua equipe instalaram-se em Bor, uma cidade nas montanhas da divisa da Iugoslávia com a Bulgária, entrevistando os trabalhadores da região e até filmando algumas cenas dentro das fábricas locais.


Como esboço, pode-se afirmar que essa é a história de um trágico romance entre uma jovem telefonista e um agente sanitário de meia-idade em Belgrado. Mas nas maníacas mãos de Dusan Makavejev, essa simples trama se tornou em uma infinitamente surpreendente exploração sobre o amor e a liberdade. Perpassado por interlúdios com entrevistas com um sexólogo e um criminologista, e também um dos dramas mais elegantes da carreira do diretor, "A Tragédia De Uma Telefonista" demonstra com perfeição o uso de Makavejev das misturas e combinações de gêneros, e o seu esquisito e sofisticado humanismo.


Inocência Desprotegida foi filmado originalmente em 1941 sob o título de Nevinoz bez Zastite; pretendia-se que fosse o primeiro filme falado feito na Sérvia. O ginasta Iugoslavo Dragolijub Aleksic escreveu, produziu, dirigiu e estrelou neste simples conto de um jovem homem que resgata a moça que ama de sua terrível madrasta. O filme nunca foi lançado, tornando-se vítima da censura nazista; mais tarde, o filme foi condenado como pró-nazista (!). 

Em 1968, o cineasta Dusan Makavejev desenterrou este filme esquecido, o expandindo com filmagens de Dragolijub Aleksic realizando os seus feitos atléticos e entrevistas com membros ainda vivos do elenco. O resultado é mais uma celebração no estilo de uma montagem dos costumes, folclore e humor Iugoslavo do que um filme dramático propriamente dito. Nas palavras de Makavejev, o filme é uma “montagem de atrações”.


O W.R. do título são as iniciais de Wilhelm Reich, psicanalista perseguido por Hitler que acreditava que não existe revolução política sem libertação sexual. Baseado nessa ideia, o filme é um drama com ar de documentário e mistura a vida de Wilhelm Reich a um triângulo amoroso político. O filme é uma apresentação das polêmicas teorias e terapias do psicanalista Wilhelm, ferrenho incentivador da liberdade sexual. Simultaneamente, duas jovens iugoslavas, uma delas militante comunista, tentam seduzir um astro russo, enquanto norte-americanos adeptos do sexo livre contam suas aventuras e compartilham algumas de suas dicas.


Um industrial do açúcar, o rei do cinto de castidade, é um exibicionista que ostenta sua potência por meio de um pênis revestido de ouro. Contrata Miss Mundo, que toma um banho de chocolate. E há um barco cuja proa ostenta uma estátua com a representação da cabeça de Karl Marx. É uma embarcação que vaga meio sem rumo, pois Makavejev é uma "pessoa deslocada", que não acreditava muito no comunismo nem no capitalismo, achando que nenhum desses sistemas possibilita a libertação do homem. O capitalismo aliena, estimula o conformismo e o consumismo; o comunismo, por ser totalitário, escraviza as mentes.


Marilyn Jordan (Susan Anspach), é uma americana que vive em Estocolmo com seu marido sueco e família. Reprimida e insatisfeita com seu casamento, seu comportamento por vezes chega a ser bizarro, talvez até mesmo louco. Devido a uma confusão no aeroporto, se desencontra de seu marido (Erland Josephson) e acaba perdendo seu voo. 

Em meio a tudo isso, acaba se envolvendo com um grupo de imigrantes iugoslavos que celebram o Ano Novo. Montenegro, o carismático e jovem zelador do zoológico, se torna amante de Marilyn. Porém, para ela nada dura para sempre e acaba retornando para seu marido. Mas, após saborear o prazer da liberdade, será que ela vai ficar para sempre?


Esta excêntrica comédia acerca da globalização, conta a história de um gerente da Coca-Cola (Eric Roberts, de Star 80) que é mandado a uma pequena comunidade da Austrália, para descobrir o porquê de seu amado refrigerante não ser consumido ali. Lá, ele fica sabendo que existe um rei dos refrigerantes local, que fabrica seu produto de forma quase artesanal e tenta persuadi-lo a entrar em acordo com a multinacional.


Em 1920, na Europa Central, o rei tirânico de um império está visitando a pequena cidade de Waldheim. Apesar de traçar um grupo de revolucionários para matar o rei despótico, opressivo seu serviço secreto, liderado por Avanti, e as forças policiais, liderada pelo chefe de polícia Hunt, organizar a sua recepção. Svetlana Vargas, membro de uma família burguesa e abusada por seu empregado Emile, está encarregada de organizar o atentado contra o rei.


No pós-guerra, em Berlim, durante a retirada dos soldados soviéticos, um major do Exército Vermelho percebe que foi abandonado pela tropa. Para ele, até a prisão é mais agradável do que o retorno à União Soviética, por isso aproveita a chance e decide ficar. Enquanto procura algum trabalho, se envolve com contrabandistas e a mais variada fauna de renegados. 

Entre outras coisas, tenta encontrar o sentido da vida em meio a toda aquela fase de mudanças que a cidade e o país atravessam. Mas não consegue participar do cotidiano sem alguns prejuízos. Nas entrelinhas de suas atitudes, o filme deixa transparecer imagens nunca antes mostradas de como a história da ocupação soviética traumatizou uma geração.


Um documentário auto-retrato de Dusan Makavejev que viaja para a Iugoslávia e registra as mudanças da sociedade que se assemelham à sua própria vida. Também apresenta familiares e membros da equipe de produção, velhos amigos e colaboradores, animais domésticos e outros personagens ilustres (de quem nunca se tem certeza se estão interpretando a si mesmos, desempenhando um papel, ou ambos). 

https://www.pipoca3d.com.br/2021/08/dusan-makavejev-10-filmes-essenciais.html

Tecnologia do Blogger.