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GUARDIÔES DA GALÁXIA (2014) - ANÁLISE CRÍTICA


SINOPSE

Guardiões da Galáxia expande o Universo Cinemático Marvel para o cosmo, onde o impetuoso aventureiro Peter Quill se vê como objeto de uma caçada implacável após roubar uma misteriosa esfera cobiçada por Ronan, um vilão poderoso com ambição que ameaça todo o universo.Para fugir de Ronan, Quill é forçado a fazer uma complicada aliança com um quarteto de desajustados — Rocket, um guaxinim atirador, Groot, uma árvore mutante humanoide, a mortal e enigmática Gamora e o vingador Drax, o Destruidor. Mas quando Quill descobre o verdadeiro poder da esfera e o perigo que ela representa para o cosmo, ele deve fazer seu melhor para reunir seu grupo desorganizado para uma última e desesperada resistência — com o destino da galáxia em jogo.

FICHA TÉCNICA

Direção: James Gunn
Elenco: Chris Pratt, Vin Diesel, Zoe Saldana
Nome Original: Guardians of the Galaxy
Ano: 2014
Duração: 122 min
País: EUA
Classificação: 12 anos
Gênero: Ficção científica

O QUE EU VI DO QUE EU VI

Posso resumir o filme numa palavra: Harmonia. Tudo se encaixa.Tudo da certo.Tudo funciona.Literalmente. Gosto mais dos Vingadores pela construção do filme com anteriores e ser o resultado perfeito de um projeto. Guardiões é o começo de novos rumos. Começou bem. 

ANÁLISE 

Vamos começar pelo óbvio: Guardiões da Galáxia é o filme mais descolado da Marvel.  A HQ homônima, criada originalmente por Arnold Drake e Gene Colan, e repaginada por Dan Abnett e Andy Lanning, não é a mais famosa do universo Marvel, mas sua adaptação para Hollywood conseguiu transcender o gênero "filme de herói", se tornando um clássico instantâneo do cinema de aventura, ação e Sci-Fi. 

Por entre planetas abarrotados de seres bizarros e mulheres coloridas estranhamente atraentes, surge uma trama bastante simples: um certo grupo de desajustados (rebeldes, interesseiros, soldados...) tem de unir forças para derrotar um inimigo em comum. Para isso, eles precisam lidar, da melhor forma possível, com uma carga preciosa de poder incalculável.

Ok, ok, a premissa pode parecer comum. Mas é na construção dos personagens que se encontra o grande mérito de os Guardiões da Galáxia. 

O ótimo roteiro, talhado pelo diretor James Gunn em parceria com Nicole Perlman, consegue explorar a fundo a personalidade de seus protagonistas, elucidando cada cicatriz, se fazendo entender a cada piada, justificando mudanças de comportamento e motivações com argumentos sólidos, extremamente convincentes e hilários em quase todos os momentos determinados momentos. 


Os autores celebram a individualidade de seus personagens esmiuçando suas particularidades e sentimentos, os tornando especiais a sua própria maneira. Ao mesmo tempo, conduzem de forma cadenciada a aproximação dos mesmos. Em outras palavras, o texto faz destes indivíduos únicos um grupo inseparável, e isso sem forçar a barra em momento algum.

Tecnicamente o filme é deslumbrante. Toda a ambientação é altamente imersiva, sets incríveis nos fazem esquecer o árduo trabalho da cenografia, maquiagens transformam completamente os atores, e os efeitos especiais nos levam a crer que um guaxinim pode mesmo manusear com precisão um poderoso rifle espacial. A profundidade do 3D, muito bem utilizado diga-se de passagem, completa o pacote. A trilha sonora também é parte importantíssima da história, quase um alicerce, e dificilmente poderia ser melhor. Temos clássicos e mais clássicos, hits eternos, agora intergaláticos.

A escolha de James Gunn como diretor da produção foi o bilhete premiado da Marvel. No currículo dele vemos desde a série cômica sobre pornografia PG Porn, até o interessante Seres Rastejantes e o quase correto Super. Mas em Guardiões... o cara alçou voo rumo as estrelas. Seu trabalho é preciso. Cada cena é orquestrada de maneira calculada, e ele sempre encontra o ritmo perfeito para navegar entre humor, ação e drama. Enquanto ainda sentimos a adrenalina de uma vertiginosa cena explosiva, somos acertados em cheio por lágrimas improváveis, que logo se transformam em gargalhadas. Uma combinação infalível.

Encabeçando o grupo está Chirs Pratt como Peter Quill, também conhecido (ou nem tanto) como o legendário fora da lei Star-Lord. Quem conhece o trabalho de Pratt, principalmente na série Parks and Recreation, sabe as infinitas possibilidades de humor sem noção que o sujeito é capaz de propor. Zoe Saldana por sua vez encarna a agressiva Gamora, uma órfã verde com sede de vingança. 

Bradley Cooper realiza a dublagem do pequenino guaxinim Rocket, um trabalho vocal excepcional do ator. O lutador de wrestling Dave Bautista é uma grata surpresa como Drax – o brutamontes é responsável por algumas das piadas mais engraçadas do longa. E, teoricamente, Vin Diesel é Groot, um monstro planta brutal e tremendamente amigável. Parece um bicho de estimação gigante.

Tanto os protagonistas como o elenco de apoio trabalham de forma memorável. Conduzidos por uma direção que sabe exatamente o que quer, eles basicamente colaboram com a edificação destes incríveis personagens. A impressão que fica é que parece não existir espaço para erros que comprometam qualquer atuação. Embora alguns atores acabem pouco explorados pela trama, nada se torna desconexo, e em meio a tantos núcleos diferentes, tudo se amarra satisfatoriamente.



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