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RODRIGO VENINNO - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Rodrigo Veninno é o autor do site Os Anos Perdidos, onde escreve sobre cinema mudo e clássico desde 2015. Além disso, atua como curador na empresa Obras-Primas do Cinema, dedicada ao lançamento de filmes em mídia física. Ele se tornou um entusiasta do cinema mudo e clássico, especialmente de filmes produzidos e dirigidos por mulheres, além de se interessar por assuntos relacionados à preservação e redescoberta de filmes perdidos. É também fotógrafo amador e autor do livro "As Mulheres Pioneiras do Cinema".

Vamos às 7 perguntas capitais:


1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte. Quando nasceu sua paixão pelo cinema? 

R.V.: Coisas antigas sempre me fascinaram e desde pequeno amo coisas retrôs: músicas, objetos e claro filmes. Meu primeiro contato com filmes antigos se deu ainda na infância, quando assistia sempre que passava na televisão “E O Vento Levou”. Aquilo me deixava fascinado, eu não entendia o filme é claro, mas algo nele me fazia ficar diante dele, como que em estado de transe.

Em 2011, passei a cuidar de uma página retrô e foi aí que comecei a descobrir atores, atrizes e diretores e passei a me dedicar aos filmes clássicos, que se tornaram minha paixão e hoje são praticamente 90% de tudo o que assisto.

2) Tyler Durden disse em Clube da Luta: "As coisas que você possui acabam possuindo você". Ser colecionador é algo que se encaixa neste conceito, já que você se torna escravo do colecionismo. Coleciona filmes, CDs ou algo relacionado à 7ª arte? 

R.V.: Sim, sou quase um acumulador, o item que mais amo em minha coleção é um vinil e um cd do filme “Em Algum Lugar do Passado”, filme que amo de paixão. Agora, os itens que tenho mais carinho são os boxes da Audrey Hepburn, Bette Davis e Greta Garbo, que comprei mesmo sem ter visto nenhum filme com elas, ainda quando estava conhecendo o cinema clássico e eles me ajudaram muito a definir os meus gostos e o meu caráter “cinéfilo”.

3) A criação do seu blog "Os Anos Perdidos" veio de uma necessidade de suprir uma lacuna na internet? E em que momento essa ideia tomou forma?

R.V.: Meu trabalho em si começou em 2011, quando ajudava a administrar uma famosa página retrô, além de eu ter “trabalhado” por três meses (eu acho) em um site de humor, que também abordava cinema clássico. Nesse período, conheci minha grande amiga Carla Marinho, que é idealizadora do site “Cinema Clássico” e que foi peça fundamental na minha apresentação aos clássicos. Além dela, minha outra grande amiga Thais Maurelli, CEO do site Lady Hollywood, me influenciou a criar meu blog, pois gostavam muito do que eu escrevia. Com muito medo, em 2015 nascia “Os Anos Perdidos”, que fala sobre filmes, séries, músicas e de coisas retrôs. Procuro sempre escrever quando estou bem e nunca encarar meu blog como uma “obrigação” e, ainda bem, está dando certo.

4) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos". Considerando a reflexão, há alguma experiência vivida no meio artístico que foi especialmente marcante?

R.V.: Às vezes eu acho que minha vida se intercala com filmes que eu vejo, já aconteceram muitas situações que eu parava e pensava “meu Deus, isso aconteceu no filme tal”. Chegava a beirar o absurdo. Uma marcante foi quando eu estava em uma fase bastante complicada de minha vida e decidi ir ao cinema assistir “Blue Jasmine”, aí quando o filme começou, meus olhos se encheram de lágrimas e eu parei e pensei “Já vi isso antes” e quando dei por mim, me lembrei de “A Rosa Púrpura do Cairo”, filme que também foi dirigido pelo Woody e é um dos filmes que mais marcaram a minha vida.

O cinema sempre está presente em minha vida, já me ajudou a superar perdas, decepções, me proporcionou bons momentos, fez mudar minha percepção sobre a vida e até um emprego, graças ao cinema, eu já consegui, sempre serei grato.

5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo o filme mais importante? 

R.V.: Existe sim, vou tentar ser bem justo.

Infâmia (1961), 02. Em Algum Lugar do Passado (1980), 03. Cinema Paradiso (1988), 04. O Medo Devora a Alma (1974), 05. A Estranha Passageira (1942), 06. Noites de Cabíria (1957), 07. A Fonte da Donzela (1960), 08. A Rosa Púrpura do Cairo (1985), 09. Luzes da Cidade (1931), 10. E O Vento Levou (1939).

6) Fale um pouco sobre os seus próximos projetos. 

R.V.: Por enquanto, não estou com nenhum projeto em vista, acabei de dar uma reformulada no layout do meu blog e quero, mais pra frente, arrumar mais parceiros, talvez esse seja meu próximo projeto.

7) Ao olhar para sua trajetória, qual aprendizado considera mais valioso e gostaria de compartilhar?

R.V.: Não seja um acumulador de filmes. Vou explicar, não assista filmes apenas para acumular números, assista filmes por amor, para buscar algo que falta em sua vida, uma mensagem, um apoio, algo que te ajude a superar algum problema na vida real. O filme, quando é mágico, consegue nos transmitir algo bom, que podemos usar em nossa vida.

Procure sempre ler a sinopse do filme, o segredo é se apaixonar primeiro pela sinopse e depois pelo filme, os melhores filmes que eu já vi aconteceram exatamente dessa forma: eles se apresentaram para mim.

Listas são importantes, mas não se baseie sempre nelas, use-as apenas quando não tiver um ponto de partida, após conseguir trilhar o seu caminho, comece a confiar no seu instinto e nos seus gostos, procure sempre ir pela sua cabeça e não tenha medo caso você não goste de um filme que a maioria adore, ou vice-versa, isso é mais normal do que você imagina e não tenha vergonha caso não tenha interesse de assistir a certos filmes que a maioria assiste ou goste, assista filmes por amor e prazer e não por obrigação.

M.V.: Obrigado e sucesso.

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