ROBERT WOODS - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
E hoje, com vocês, Robert Woods
1) “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. Assim é a vida.” disse Rocky Balboa. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.
R.W.: Quando eu terminei meu tempo na Marinha, fui para a Universidade do estado de San Diego, fiz faculdade a fim de me tornar professor. Eu costumava estudar em um pequeno teatro que tinha lá, porque quando não estava em funcionamento, era bem tranquilo. Um dia pela manhã, eu fiz leituras para a peça 'Victoria Regina' e um professor me convenceu a ler uma parte da peça "Prince Albert". Recebi seu reconhecimento imediato.
A peça foi um sucesso e logo eu mudei de curso para Arte de comunicação. Começando a aprender teatro, iniciando com William Shakespeare. Meu professor (Dr. Adams) insistiu que eu deveria ser ator de filmes, e me mandou para Hollywood com cartas de recomendações, depois que completei os estudos...
E lá tudo começou. Eu fui para Nova York para estudar por mais um tempo, e de lá fui para Paris, fazer Chekhov num teatro em Quai d'Orsay. Foi lá que assinei contrato para 5 filmes com o produtor de Barcelona: Alfonso Balcazar. Comecei daí, fazendo westerns spaghetti na Espanha e na Itália.
2) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.". Considerando a reflexão, há alguma experiência em sua vida dedicada à arte que foi especialmente marcante?
R.W.: Tenho comigo que tudo fez parte de uma maravilhosa viagem, caro Pacheco, cheia de novos amigos, bênçãos e aventuras. Eu acho que trabalhar e me tornar amigo de longa data do meu ídolo Henry Fonda em "Batalha no Inferno", talvez seja minha experiência mais que especial.
3) Meu Deus. Acertou no alvo. "Uma Batalha no Inferno (1965)" é um dos filmes da minha vida. Como foi trabalhar aquele super elenco?
R.W.: "Uma Batalha no Inferno" foi filmado em Madrid, Segovia e outras partes da Espanha, caro Pacheco. Foi uma ficção baseada em fatos reais sobre a vitória em Ardenas. Henry Fonda e eu nos tornamos amigos para vida toda (como eu disse acima), juntamente com Charlie Bronson e Telly Savalas.
Quando retornamos para a América, Telly "fez acontecer" para que eu trabalhasse com ele novamente, conseguindo minha contratação para fazer um episódio de Kojak (chamado "Letters Of Death"). Ele foi um amigo muito especial, além de ser um grande jogador de buraco. Adorava jogar cartas...
4) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?
R.W.: Todos são interessantes e divertidos. Alguns são bons, outros nem tanto, mas sempre interessantes e uma oportunidade de conhecer novas pessoas, novas culturas e ver como o mundo é de verdade... Claro que há filmes que gosto mais. Mas não consigo destacar um em particular.
M.V.: Cite alguns...
R.W.: Os que eu mais gosto: Um Bandoleiro chamado Jack Black (1968), 7 pistolas para os MacGregor (1966), Batalha no Inferno (1965), O Maldito Dia de Fogo (1968), Meu Nome é Pecos (1966), Condessa Perversa (1974), Um Revólver na Mão do Diabo (1973), Pecos Acerta as Contas (1969), 4 dólares de Vingança para Ringo (1966), Redenção de um Bandoleiro (1965), O Pirata dos Mares sem Dono (1970)', Pecos em Hong Kong (1969)... e muitos outros que foram grandes produções e divertidas de fazer. Uma menção honrosa: um filme que fiz em 2015, filmado no Grand Canyon, chamado Por ouro e fortuna (2015)'.
5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?
R.W.: Na minha vida (que sou grato por ser longa) eu tenho muitos favoritos. Mas o primeiro lugar pertence ao western: Meu Ódio Será Sua Herança.
6) Agora vamos falar de futuro. Tem projetos engatilhados?
R.W.: Estou atualmente ajudando na pós-produção aqui na América de um filme que fiz ano passado na Itália chamado "Racconto Calabrese" (até este ponto da minha carreira, um dos meus filmes favoritos) e estou escalado para fazer um western, também na Almeria, Espanha, que será uma sequência de 'El Puro', chamado 'A Ressurreição de El Puro'...
7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem seguir carreira na atuação.
R.W.: Minha lição é: se você pode sonhar, pode tornar o sonho real. Você precisa de foco. Tenho vivido minha vida assim. E três palavras que podem ser aplicadas em qualquer área da sua vida: respeito, compaixão e acima de tudo, gratidão.
M.V.: Foi um prazer Robert. A gente se vê nos filmes.
R.W.: Obrigado Pacheco. Espero que as respostas sejam satisfatórias para você...
M.V.: Certamente.