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TUNA DWEK - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS


Tuna Dwek é uma atriz paulistana, de teatro, televisão, cinema, publicidade. Formada pela Escola de Arte Dramática –EAD/USP, SP e em  Ciências Sociais pela PUC-SP e Université Paris I, Panthéon Sorbonne. Jornalista, tradutora, critica de Cinema na Revista da Cultura. Condecorada como Chevalier dans L´Ordre des Arts et Lettres  pelo governo da França, indicada ao Premio Mambembe de melhor Atriz Coadjuvante, por “Vidros Partidos”, dirigido por Iacov Hillel. 

Premiada no LABRFF Los Angeles Brazilian Film Festival como melhor Atriz Coadjuvante por “A Grande Vitória”; de Stefano Lapitra. Premio  de Melhor Atriz no Pink City International Short Film Festival, e mo Delhi short Film Festival, ambos  na Índia, Premio de Melhor Atriz no Festival Cine Paraíso em Juripiranga, Paraíba, por “Escolhas”, de Ivan Willig. life Achievement award. Homenageada pela carreira no 10º LABRFF 2017. Foi repórter colaboradora da Folha de São Paulo, Crítica no Blog de  Cinema de Rubens Ewald Filho e o site Magicbus. Atualmente escreve Críticas de Cinema na Revista da Cultura, de Pedro Herz, editada por Gustavo Ranieri.

Locutora (português, francês, inglês, italiano, espanhol), tradutora e intérprete em eventos internacionais ligados às Artes Cênicas, foi intérprete  de  Luciano Pavarotti, Vanessa Redgrave, Isabelle Huppert, Catherine Deneuve, Roman Polanski, Peter Brook, ,Michel Piccoli, Kurt Masur, Daniel Barenboim,Gian Maria Volonté, Ariane Mnouchkine , Sotigui Koyaté, Théâtre du Soleil, Ballet de l´Opéra de Paris, Stomp, New York Philarmonic Orchestra,lorin Maazel, Fanny Ardant, Ornella Vanoni, Patrice Chéreau, Dominique Blanc , e outros.

No Teatro foi dirigida por Jorge Takla, Iacov Hillel, Ruy Cortez, Marcio Aurelio,Jô Soares, Yara de Novaes, Celso Frateschi, Mika Lins,Chiquinho Medeiros, Marco Antonio Pamio, Neyde Venezia 

No cinema, por Wilson Barros,Luiz Alberto Pereira, Ivan Willig, Flavia Moraes,Hector Babenco, Marco Dutra, Stefano Capuzzi Lapietra, Ana Carolina Teixeira Soares,João Massarolo, Barbara Paz, Rosana Urbes, Alexandre Stockler, Caco Souza,Diego Freitas, Gabriel Mascaro,Wagner Moura.

Em publicidade,  por Fernando Meirelles, Alexandre Gabassi, Nando Olival, Julio Xavier,João Daniel Tikhomiroff, Gisele Barocco.

Trabalha  em novelas e minisséries  com personagens em várias línguas. Atuou nas novelas : Cortina de Vidro, de Walcyr Carrasco e Bráulio Pedroso, Ti ti ti e Sangue Bom  de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, Ciranda de Pedra de Alcides Nogueira, ,Da cor do Pecado e A Favorita de João Emmanuel Carneiro, Tempos Modernos, de Bosco Brasil,  O Astro,  de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, I love Paraisópolis, de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, na Rede Globo.

Nas minisséries :Um só coração e JK ambas de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira e Queridos amigos, de Maria Adelaide Amaral(Rede Globo), os seriados Minha nada mole vida e  A  Diarista (Rede Globo), Mothern (GNT).

Recentemente filmou A primeira Missa, de  Ana Carolina Teixeira, Linha de fuga , de Alexandre Stockler, Meu amigo hindu, de Hector Babenco,(em inglês), A grande Vitória ,de Stefano Lapietra, quando eu era vivo, de Marco Dutra, Guida, animação de Rosana Urbes, Solteira Quase Surtando, direção de Caco Souza ,”O segredo de Davi”, de Diego Freitas, Escolhas, de Ivan Willig.

Autora de três livros pela Coleção Aplauso: Alma de Cetim, biografia de Alcides Nogueira, A Emoção Libertária, biografia de Maria Adelaide  Amaral e Memórias da Lua, biografia de Denise Del Vecchio. Entrevistada do Programa do Jô em 2004, 2009,2014.

Espetáculos teatrais mais recentes : As Meninas,  de Lygia Fagundes Telles adaptado por Maria Adelaide Amaral, direção de Yara de Novaes, Volpone, de Ben Jonson direção de Neyde Veneziano,leitura encenada de Amor e Restos Humanos, de Brad Frasier,  Laranja Mecanica , de Anthony Burgess, Conto de Inverno, de Shakespeare, direção de Marco Antonio Pâmio, a morte de Bessie  Smith, de  Edward Albee, direção de Roberto Alvim  , Mulheres do Espelho, de Ed Anderson,direção de Marcos Lourreiro,  Tróilo e Créssida,de Shakespeare, direção de Jô Soares.a Tartaruga de Darwin , de Juan Mayorga, direçāo de Mika Lins e Atualmente A noite de 16 de Janeiro, de Ayn Rand com direção de Jô Soares.

E hoje é nossa entrevistada de honra. Confira:


1) Quando nasceu sua paixão pelo cinema? Existiu um momento que olhou para trás e pensou: "- Puxa, sou uma cinéfila !!!"

T.D.: Essa pergunta parece tão simples ...Entretanto é difícil detectar um momento. porque a paixão pelo Cinema já faz parte do meu DNA. Acho que minha mãe ia tanto ao cinema que nasci soltando o rugido do leão da Metro (Goldwyn Mayer). Ela cresceu na Itália e não perdia um lançamento! Uma placenta cinematográfica .Desde muito pequena vou ao cinema. Passava as férias no litoral de São Paulo e a grande diversão, além de andar de bicicleta e ir à praia, era ir ao cinema. A cada dia havia um filme diferente na matiné e outro na soirée. Imagine ver dois filmes por dia, sendo que na soirée, conseguíamos, minha turma e eu, assistir aos filmes liberados para maiores de 14 anos e até para maiores de 18 anos quando conseguíamos entrar escondido. 

Ah se os donos dos cinemas lerem isso ... Era tudo uma aventura, o cinema era onde sentíamos a liberdade, a evasão , onde muitas vezes acontecia o primeiro beijo, aqueles selinhos inocentes de criança, e depois beijos mais cinematográficos, o que não nos impedia de assistir o filme. Víamos repetidamente o mesmo filme, já na adolescência. Por exemplo, quantas vezes você viu A Noviça Rebelde, ou West Side Story (Amor Sublime Amor)? Dois dos filmes que fazem parte da minha lista dos mais emblemáticos da minha geração e que não me canso de rever.

Confesso que não há um momento em que descobri ser cinéfila. Na escola eu frequentava , a partir dos 16 anos, e tenho 60, o cineclube , que apresentava clássicos. Toda sexta-feira ficava depois da aula, e víamos no auditório, a seleção de filmes que uma das professoras havia escolhido. Era facultativo, e se tornou viciante. Isso também contribuiu para formar meu olhar. Era o liceu francês, e víamos de tudo, Nouvelle Vague, Person, Buñuel, Glauber, Orson Welles, Eisenstein. Não importava se iríamos gostar, ou ¨entender¨, importava ver, entrar em contato com a criação cinematográfica, as imagens que ficariam gravadas em nós e que obviamente, iríamos rever já adultos. 

Foi lá que ví Cidadão Kane, O Encouraçado Potemkim, O caso dos Irmãos Naves, e vivíamos em plena Ditadura. Adolescentes, não sabíamos o que se passava fora das telas ... O Cinema como você vê, é parte indissociável de mim, da minha formação humana e artística. Escrevo críticas de Cinema desde 2003 e gosto de fazer digressões e associações de idéias porque o repertório cinematográfico não se separa para mim, do repertório de nossas vivencias.

2) Coleciona filmes, cds ou algo relacionado à 7ª arte ?

T.D.: Digamos que mais do que colecionar, não me desvencilho deles, tenho prateleiras de filmes raros,  clássicos e recentes , de diversos países, continentes que passeiam pela casa. Números nem saberia dizer, mas perto de um colecionador, não lhes  toco o dedinho do pé .Suponho que colecionadores tenham milhares, minha modesta porém muito especial, filmoteca deve ter perto de 700. 

Emprestei vários deles, alguns voltam outros não, mas espero que estejam circulando bem por aí, em mãos de quem aprecia . Já fui muito mais apegada aos meus filmes de coleção, mas agora até empresto (risos). Há alguns por exemplo, que convido para que assistam na minha casa. Os do Valerio Zurlini, Luchino Visconti, Jean Vigo, René Clair, Marcel Carné, e muitos outros, nem me atrevo a deixar saírem daqui. Já Antonioni, Bergman, sempre são objeto de Retrospectivas , sigo todas, na tela grande e posso eventualmente emprestar  ou dar de presente. Então talvez eu tenha me tornado  uma colecionadora intermitente, afinal, tem uma hora em que a casa não comporta mais espaço de armazenamento de acordo com meu avassalador amor pelo Cinema. Ganho muitos dvds e de todos os gêneros. Não existe para mim gostar de  um “tipo de filme “, quando ouço isso , me arrepio toda.

Há também as trilhas sonoras de filmes, mas estas, com a facilidade dada pela internet, embora, nada substitua o CD, o encarte sempre muito bem produzido, posso ouvir quantas vezes quiser e abrir espaço para mais filmes.

3) Você é  atriz de TV, cinema e teatro, além de fazer críticas de cinema.  O que te motiva a estar neste meio cinematográfico.

T.D.: Meu caminho no Cinema é muito natural. Além de crescer vendo filmes de incontáveis países, diretores, temas, o fato de ser atriz ampliou as possibilidades de permanecer no Cinema de outras formas. Desde 2003 escrevo críticas de Cinema, sempre convidada por sites, blogs e há alguns anos, a Revista da Cultura. O que me motiva é o espaço que tenho, a liberdade que sempre me deram e o respeito e reconhecimento do meu trabalho. A solicitação permanente do meu trabalho, seja como parte do júri de alguns festivais, ou parte da Crítica que escolhe os melhores do ano  na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Festival SESC dos melhores filmes do ano, análises que faço em vários grupos de cinéfilos, acompanhando mostras e retrospectivas, me motivam e estimulam. 

O fato de ter tido a imensa felicidade de receber 4 prêmios Internacionais pelo meu trabalho em Cinema sendo  1 deles por meus 30 anos de carreira, trouxeram um significado muito profundo ao meu trabalho. Como eu sempre digo, nada se faz sozinho, nada se conquista sozinho e o Cinema é uma conquista coletiva, um prazer compartilhado em meio a muitas dificuldades sim, mas que a gente deseja cada vez mais. Quanto mais falo Cinema, mais quero fazer e tenho tido a grande alegria de ser chamada por diretores dos mais diversificados como atriz, e pelos veículos que solicitam meu olhar como crítica, assim como grupos de cinéfilos com quem analiso os filmes que marcam nossas vidas.

4) Qual sua experiência dentro do universo cinematográfico que mais te marcou?

T.D.: São tantas , mas tantas, que provavelmente esquecerei algumas. Por exemplo, atuar no primeiro e único longa metragem do maravilhoso Wilson Barros, “Anjos da Noite” (1987) que perdemos prematuramente, é um momento fundamental na minha vida. Um elenco que tem Marília Pera, Marco Nanini, Zezé Mota, Chiquinho Brandão e tantos amigos do Teatro Paulistano , contando a história dos anos 80 nesta complexa metrópole, é uma experiencia inesquecível. 

Filmar no mesmo ano com Ivann Willig e Ernesto Solis  no Rio de Janeiro, Diego Freitas e Wagner Moura em São Paulo, e Gabriel Mascaro no Recife em 2017, histórias tão diferentes umas das outras e direções tão  sensíveis, também me marcaram de modo indelével.  

Mas para situar num dos universos cinematográficos  paralelos, por assim dizer, eu citaria minha experiencia como intérprete de atores e diretores que vieram se apresentar no Brasil, como Isabelle Huppert, Vanessa Redgrave, Michel Piccoli, Catherine Deneuve, Roman Polanski, Fanny Ardant, Hanna Schygulla, Patrice Chéreau, Gian Maria Volonté, Franco Nero, Dominique Blanc, Brillante Mendoza, Peter Brook,Steven Berkoff,Santiago Alvarez. Com cada um já tenho uma coleção de histórias, mas isso fica para o próximo livro.

5) Quem ama cinema costuma ter suas preferências. Tem uma lista com as produções que mais gosta, tipo um "top 10"?

T.D.: Se fossem uns 200 eu conseguiria citar, mas 10 terei de quebrar muito a cabeça, mas citarei alguns emblemáticos na minha vida.

Como você sabe, no meio da madrugada, meu horário predileto para escrever, o computador apagou minha longa resposta a esta pergunta. Assim como um rolo de filme, uma película que se perde num incêndio, é irrecuperável e terei de me lembrar do que escrevi. Vou colocar aleatoriamente, o que meu coração cinematográfico mantém em sua mente ou o que minha mente cinematográfica mantém em meu coração cinéfilo... Cada filme contribui a seu modo para a formação de nosso olhar, para que nossa sensibilidade se solidifique e aguce a percepção que temos de uma obra.

A lista terá suas lacunas, é evidente, mas garimpar em minha história de vida, os filmes que me marcaram e os que eu gostaria de rever , faz surgirem obras que desafiaram o esquecimento .

Sempre começo pela letra A: Asas do Desejo (Wim Wenders), Boulevard do Crime (Marcel Carné), A Bela e a Fera ( Jean Cocteau), Persona (Ingmar Bergman), A Festa de Babette(Gabriel Axel), Ilha Nua (Kaneto Shindo), West Side Story (Robert Wise), O Sétimo Selo (Ingmar Bergman), O Pagador de Promessas ( Anselmo Duarte), O caso dos Irmãos Naves (Luiz Sérgio Person), São Paulo S.A.(L.S.Person). Uma mulher sob influencia (John Cassavetes), A batalha de Argel (Gillo Pontecorvo), Roma, cidade aberta ( Robeeto Rosselini), Ladrões de Bicicleta (Vittorio de Sica), O que sabia viver (Dino Risi), O Sétimo Sêlo (I.Bergman), Fanny e Alexander ( I.Bergman), Arca Russa ( Aleksander Sokurov), Fausto ( A. Sokurov), Pic Nic férias de amor ( Joshua Logan), A Noviça Rebelde (Robert Wise), Bonequinha de luxo ( Blake Edwards), Shane (George Stevens), Blade Runner (Riddley Scott), Apocalypse Now (Francis Ford Coppola), O Poderoso Chefão (F.F. Coppola), Os Bons Companheiros (Martin Scorcese), O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci), 1900 (B.Bertolucci), Desejo, Perigo (Ang Lee). Tempestade de Gêlo ( Ang Lee), O Leopardo ( Luchino Visconti), Rocco e seus irmãos (Luchino Visconti), Violencia e Paixão (Visconti), A Lista de Schindler (Steven Spielberg), Romeu e Julieta (Franco Zeffirelli), Noites de Cabíria (Federico Fellini). Crepúsculo dos Deuses ( Billy Wilder). 

As coisas da vida (Claude Sautet), O fundo do ar é Vermelho (Chris Marker), Clamor do Sexo (Elia Kazan), Sindicato de Ladrões (E.Kazan), Um Bonde chamado Desejo (E. Kazan), Os pássaros (Alfred Hitckcock). Cidadã Kane (Orson Welles). Noite e Neblina (Alain Resnais), A regra do jogo ( Jean Renoir), Acossado ( Jean- Luc Godard), Vidas Secas ( Nelson Pereira dos Santos), Macunaíma (Joaquim Pedro de Andrade), A mulher do lado (François Truffat), O último metrô ( F.Truffaut), Violette Nozière (Claude Cabrol), Os Fuzis (Ruy Guerra), Xica da Silva ( Cacá Diegues), A Montanha dos sete abutres ( Billy Wilder), Imitação da Vida ( Douglas Sirk), Cavalo de Turim (Bela Tárr), Do que vem antes (Lav Diaz), Brincando nos Campos do Senho (Hector Babenco), O Beijo da Mulher Aranha (H.Babenco), Contos da Lua Vaga (Kenji Mizoguchi), Oharu a vida de uma cortesão (K.Mizoguchi), Terra em Transe (Glauber Rocha), Deus e o Diabo na Terra do sol (G.Rocha), O piano (Jane Campion), A noite (Michelangelo Antonioni), Deserto Vermelho (Antonioni), A moça da valise (Valerio Zurlini), Uma noite de Tranquilidade (V.Zurlini), Jeanne Dillman (Chantal Akerman), As praias de Agnès (Agnès Varda), Anjos da Noite (Wilson Barros), Filme Falado (Manoel de Oliveira), Vale Abraaõ (M. de Olibeira), O Gebo e a Sombra ( M.de Oliveira), Nós que nos Amávamos Tanto (Ettore Scola), Ascensor para o Cadafalso ( Louis Malle), Lacombe Lucien ( L. Malle), Adeus, meninos (L. Malle), Os amantes (L.Malle), Retorno à Itaca (Laurent Cantet), Oito e Meio (F.Fellini), Viajo porque preciso, volto porque te amo (Marcelo Gomes e Karim Aïnouz), Mar Calmo (Volker Schlondorff), O homem ferido ( Patrice Chéreau), A Rainha Margot (P.Chéreau), O Discreto Charme da Burguesia ( Luis Buñuel ) e ainda tantos outros. 

M.V.: Ufa...(risos)

T.D.: Adoro documentários, há incontáveis ... Por Primeira vez (Octavio Cortázar), Botão de Pérola (Patricio Guzman), Nostalgia da Luz (Patricio Guzmán), Martírio (Vincent Carelli), Visages,Villages (Agnès Varda e JR), Tudo por amor ao cinema ( Aurelio Micchiles)  e claro todas as comédias de Totó, Oscarito e Grande Otelo, Mario Monicelli, a obra completa de Ingmar Bergman, Douglas Sirk, Glauber Rocha, Alain Resnais, Eduardo Coutinho, é Cinema que não acaba mais .

Sentiu o drama de escolher 10? 

M.V.: Senti

T.D.: Na minha idade e com minha paixão cinéfila, é impossível selecionar,  fico angustiada quando me pedem lista. Imagine quando sou membro dos júris ...

6) Há algum outro projeto em vista relacionado ao cinema?

T.D.: Sim, há vários filmes dos quais falei anteriormente , os que já filmei e serão lançados este ano e alguns em andamento, mas os roteiros estão sendo finalizados, Só sei que há personagens me aguardando e convites já feitos mas quando as respostas forem definitivas , você será um dos primeiros a saber. Trabalhar em Cinema implica em saber esperar, domar a ansiedade, e se apaixonar de modo irreversível . É terrível quando terminamos um trabalho, porque já desejamos estar em outro e assim por diante. É o vício que quem faz Cinema sabe o que é.

7) Para finalizar, se pudesse deixar uma lição da sua vida dedicada à arte, qual seria?

T.D.: Sinto-me sinto incapaz de deixar uma lição definitiva  porque estou em constante mutação, aprendizado e  descoberta mas se eu pudesse dizer algo, para todos aqueles que sentem essa premência em ter que  se comunicar através da Arte,  seria: se você tiver certeza que é esse o caminho da tua vida,  não desista , vc vai querer jogar a toalha muitas e muitas vezes, mas persevere. Leia muito, converse sobre o que viu, compartilhe o que você descobriu, não se esconda,  vá ao Teatro, ao Cinema, ver todas  as manifestações artísticas  que você puder. Circo, Música, Teatro, Cinema, Dança, veja o que as pessoas produzem, e se você se cansar e ficar muito triste , saiba que isso passa.E não se assuste com os testes. Encontre algo que seja uma característica só tua e desenvolva, e jamais deixe de ver tudo o que puder, sem esperar que caia do céu. 

No guts, no glory.

M.V.: Obrigado pela atenção. A gente se vê nos filmes. 


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