THOMAS G. WAITES - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
Waites nasceu em 8 de janeiro de 1955, na Filadélfia, Pensilvânia. Ele completou o ensino fundamental na Immaculate Conception e depois o ensino médio no Bishop Egan em Fairless Hills, Pensilvânia. Depois de um ano no Bucks County Community College, ele recebeu uma bolsa de estudos integral para atuar na Juilliard School em Nova York, onde estudou como membro do Drama Division's Group 7 (1974-1978). Alguns de seus colegas de classe incluíam Robin Williams, Christopher Reeve e Frances Conroy.
Na sua formação, ele tem Bacharelado em Artes, Graduado em roteiro na New School, além de ter feito um Mestrado de Belas Artes em dramaturgia na Universidade de Iowa. Ele é membro do Actors Studio desde 1984.
O ator é conhecido por papéis como O Enigma de Outro Mundo (1982), Warriors, Selvagens da Noite e Justiça para Todos (1979) e Assalto Sobre Trilhos(1995), além de séries como Oz (1997–2003), Lei e Ordem (2001–2011), Homeland (2011–2020), O Justiceiro (2017–2019).
1) “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. Assim é a vida.” disse Rocky Balboa. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.
T.G.W.: Comecei a trabalhar na indústria cinematográfica aos 21 anos. Fiz um filme para o PBS chamado Pity - O pobre soldado. Então eu fui escalado como líder Chilly em "On The Yard"(1978). Comecei porque fui treinando atuação na Juilliard School e trabalhei muito nas minhas audições. Isso me ajudou a desempenhar vários papéis promissores no teatro. E, por sua vez, me abriu portas para trabalhar no cinema.
2) "Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos", diria Benjamin Button. Pensando nesta reflexão, quais caminhos te levaram a ser ator?
T.G.W.: O único momento decisivo da minha vida como artista foi aos quinze anos, quando assisti Romeu e Julieta de Franco Zeffirelli. Eu estava no banco do carro em um drive-in. E o que vi mudou a minha vida, ao ver Shakespeare assim, tão bem retratado. Tão poderoso e brilhante. Os atores mudaram quem eu era e porque eu estava vivo. Fui para casa e memorizei toda a cena da varanda.
M.V.: Interessante como o cinema tem este poder transformador. E acredita que assisti a este filme quando eu tinha uns 14 anos. Vi uma única vez na vida, mas jamais o esqueci.
3) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?
T.G.W.: Eu acho que o meu melhor trabalho ainda não foi feito, mas acabei de fazer uma peça na Broadway, chamada Austin, onde eu fiz um alcoólatra em recuperação que se apaixona por um homem de trinta anos de idade. As pessoas dizem que foi realmente bom. Eu senti esta vibração. Foi bom mesmo. Talvez seja melhor que simplesmente bom. Mas ainda acho que o melhor ainda está por vir. O amadurecimento profissional é assim.
4) O filme "Warriors, Selvagens da Noite" se tornou um cult movie com o tempo. Ele foi um dos mais marcantes filmes sobre gangues no final dos anos 70. Como foi atuar em uma produção tão icônica?
T.G.W.: Warriors foi um trabalho muito difícil. Filmamos muito tarde da noite. Cinco noites por semana. Começando às 18 horas. Trabalhando até às seis da manhã. Correndo num calor sufocante. Meu trabalho como ator neste filme tornou-se tenso, pois eu não me dava bem com Walter Hill, que era o diretor. Então eu fui demitido. E eu merecia ser demitido. Eu era um "pé no saco" para ele, confesso.
5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?
T.G.W.: Então, eu tento ir ao cinema uma vez por semana. Eu amo filmes. Sempre amei e sempre amarei. Eles funcionam como uma fuga, pura e simples. Trabalhar na indústria cinematográfica não mudou meu amor pelos filmes.
"Até o Último Homem (2016)", o filme de Mel Gibson é ótimo! Simplesmente brilhante. Andrew Garfield vem pela celuloide e invade seu espírito com seu talento. Moliere (2007), um filme francês e O Poderoso Chefão (1972). Estes são três ótimos filmes que eu consigo imaginar. Não me ligo em listas. Elas fluem conforme a época. Mas "Sindicato de Ladrões (54)"é o meu filme favorito.
6) Agora vamos falar de futuro. Tem projetos engatilhados?
T.G.W.: Bem, como eu disse acima, eu acabei de terminar uma peça de teatro na Broadway chamada Austin e gravei seis músicas novas em Studio. Estou muito orgulhoso destes projetos. Eu vou continuar dirigindo. Eu atuei recentemente para os meus alunos, mas não posso dizer muito, pois está ligado ainda a problemas com direitos autorais.
7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem seguir carreira na atuação.
T.G.W.: Minha lição no cinema é esta: seja o que você é. Faça o que puder. Ame o que você tem e se doe até não sobrar mais nada. Nem mesmo o ar.
M.V.: Muito obrigado. A gente se vê nos filmes.