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TOM SAVINI - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Thomas Vincent Savini, nascido em 3 de novembro de 1946, Pitsburgo, Pensilvânia, é um maquiador, ator, dublê e diretor de cinema americano. Ele é conhecido por seu trabalho de maquiagem e efeitos especiais em muitos filmes dirigidos por George A. Romero. Tom se formou na Central Catholic High School. Quando menino, sua inspiração foi o ator Lon Chaney Sr., e Savini atribui seus primeiros desejos de criar efeitos de maquiagem a Chaney.

Alguns momentos de sua carreira, como Zombie: Despertar dos Mortos (1978) em que atuou também, Sexta-Feira 13 (1980), A Noite dos Mortos Vivos (1990) que dirigiu ou ainda o motoqueiro "Sex Machine" em Um Drink no Inferno (1996) são memoráveis.

E hoje, com vocês, Tom Savini.

Boa sessão:


1) “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. Assim é a vida.” disse Rocky Balboa. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.

T.S.: Eu encontrei o diretor de arte de Deathdream (1974) e mostrei a ele meu currículo. Ele me abraçou e três dias depois eu estava trabalhando no filme. Depois conheci George Romero e fiz Martin e Despertar dos Mortos em 78. Estes trabalhos em qualificaram para fazer Sexta-Feira 13 em 80, e o resto é história.

M.V.: Como “entrou no barco”?

T.S.: Sean Cunningham queria o profissional que fez Despertar dos Mortos, que no caso, era eu (risos).

M.V.: Mas qual motivo fez optar por Chamas da Morte e não Sexta-Feira 13 - Parte 2?

T.S.: Recusei a Parte 2 porque não fazia sentido para mim. Ele era um garoto quando se afogou no primeiro filme, mas ele sobreviveu e ninguém sabia? Ele viveu perto do lago por trinta e cinco anos e ninguém o viu?

M.V.: Não faz o menor sentido. Mas acho que ninguém questiona muito isso.

T.S.: Mas eu topei retornar para matar o Jason em Sexta-Feira 13 - Parte 4: O Capítulo Final. Foi um bom trabalho, só que ele retornou... e abandonei a franquia.

2) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.". Considerando a reflexão, há alguma experiência em sua vida dedicada à arte que foi especialmente marcante? 

T.S.: Eu nunca esquecerei o Vietnã. Foi uma lição de anatomia e vísceras que me chocou. Ver todo aquele horror real, sangue... Eu nunca consegui criar nas cenas o horror que vi, mas certamente me influenciaram. Por isto eu tenho a reputação de ser realista nos efeitos, pois eu vi a realidade acontecendo, e aquilo nunca saiu da minha mente.

M.V.: Que loucura. Se não tivesse vivido isto, talvez não tivéssemos aqueles magníficos efeitos.

T.S.: Bem provável que não. Pelo menos o gore.

3) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

T.S.: Dia dos Mortos (1985) e Creepshow (1982).

M.V.: Curioso que o terceiro filme da trilogia de Romero é o menos popular. Mas mesmo assim é extremamente marcante. Eu mesmo tenho o action figure do zumbi que as pessoas do bunker tentam ressocializar.

4) Me fale sobre a sua relação com George Romero. Sei que era amigo pessoal dele, além de ter trabalhado em alguns dos seus filmes, tanto atuando como na parte técnica. E de quebra, fez um dos melhores remakes do cinema de horror, e justamente de um filme dele.

T.S.: Eu conheci George quando eu era estudante do segundo ano na faculdade. Romero me escolheu para trabalhar com ele em um filme que nunca chegou a ser feito. Anos depois, ele me contratou para trabalhar em "Martin" (1978) para fazer os efeitos, atuar em um papel e como dublê. E assim foi feito em "Despertar dos Mortos", no mesmo ano. Foi ele que me escolheu para dirigir "A Noite dos Mortos- Vivos", de 1990.

M.V.: Magnífico trabalho de estreia. Muitos acham seu filme superior ao de Romero, o que é algo absolutamente raro. Como foi dirigi-lo?

T.S.: Foi um momento complicado. Com poucos dias de filmagens, enfrentei um divórcio difícil, e havia sentimento envolvido, então eu não estava 100%.

M.V.: Como foi o convite para dirigir?

T.S.: Na época, dirigi episódios de "Tales from the Darkside" que Romero foi o produtor. Ele adorou o meu trabalho. Tempos depois, ele veio me dizer que tinha conseguido financiamento para o remake e me pediu para dirigir.

5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?

T.S.: Dia dos Mortos e Creepshow - Show de Horrores (que também são os trabalhos que eu considero meu melhor, como respondi acima), Um Drink no Inferno, do Robert Rodriguez, e Instinto Fatal.

M.V.: Quase todos do Romero. Foi uma amizade que marcou muito sua vida, imagino eu.

T.S.: Desde o início.

6) Agora vamos falar de futuro. Tem projetos engatilhados?

T.S.:"Smoke and Mirrors" que será um documentário sobre minha vida e trabalho. Fiz um material para crianças no vídeo game Sexta-Feira 13 e estou criando um livro biográfico de fotografias da minha carreira.

7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem se tornar cineastas.

T.S.: Faça um filme só seu. É uma experiência incrível. E hoje não é tão difícil.

M.V.: Eu fiz, em 2000, chamado "O último homem da Terra". É realmente a experiência de uma vida.

T.S.: Sério? Parabéns e sucesso com seu livro.

M.V.: Obrigado. Foi uma honra.


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