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VERA VIANNA - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

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Vera Vianna, nascida no Rio de Janeiro em 27 de novembro de 1945 é uma atriz, jornalista e produtora cultural brasileira. Iniciou sua carreira artística aos 17 anos, na década de 1960, após ser incentivada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues.

 Atuou em filmes e telesséries marcantes da época, como Asfalto Selvagem (1964), O Desconhecido (1964) e ABC do Amor (1967), além de diversas produções no cinema nacional. Afastou-se da mídia em 1973, retornando pontualmente em 1983 na novela Pão Pão, Beijo Beijo e, décadas depois, nos curtas Cinéfilo (2019) e Verdade? (2022).

E hoje, com vocês, Vera Vianna.

Boa sessão:



1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

V.V.: Sim, sou apaixonada por cinema. É a vertente da arte que mais me emociona, e escolhi. Desde garota tenho uma relação intensa. Vejo pelo menos 2 filmes por dia. E repito os meus favoritos.


2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo o filme mais importante? 

V.V.: Sim, seria uma imensa lista. Mas minha escolha seria o “Asfalto selvagem” e “Engraçadinha”, justamente porque foi o que modificou minha vida e me lançou na carreira de atriz.


3) Quem trabalha com cinema no nosso país, certamente o faz por amor.  Mas precisamos ter também talento e sorte para estar no lugar certo, e você tinha os 3.  Nélson Rodrigues te escolheu, com apenas 17 anos, para estrelar “Engraçadinha” no cinema (um papel disputadíssimo, imagino eu). Como foi atuar nesta obra tão importante para nosso cinema, de um autor único, numa época em que a censura "corria solta"? 

V.V.: Desafiador. Aos 17 anos, ser escolhida pelo então dramaturgo maldito, numa época de censura e muito preconceito, foi um ato de coragem e muita paixão. 

M.V.: E o que o papel representou na sua carreira?  

V.V.: O papel transformou minha vida.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história divertida que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar?

V.V.: Tenho muitas histórias curiosas dos bastidores. Conto no Livro que escrevi e está à espera de edição. Mas vou deixar uma aqui para você: numa famosa cena, a da calcinha, como havia nudez, eu pedia para que só ficasse no set o diretor, a câmera e o iluminador. A esquipe então,  em protesto, furou o fundo da calcinha de cena, com cigarro. Chegamos e encontramos a calcinha furada... (risos).


5) Imagine o cenário: você é uma atriz (de qualquer país) enquanto ela atua em um filme memorável. Qual seria a atriz, o filme e, claro… por quê?

V.V.: Fernanda Montenegro em Central do Brasil. Uma atriz que se entrega em cada papel. E esse filme tem um romantismo que adoro.


6) Agora, voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhosa? E, em contrapartida, do que você mais se arrependeu de fazer, ou, caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?

V.V.: Sempre tentei fazer o melhor, me dedicando. Posso citar meu último filme “ABC do amor”, que foi o primeiro longa dirigido por Eduardo Coutinho. O filme carrega uma história paralela e me envaidece.

M.V.: E, em contrapartida, do que você mais se arrependeu de fazer, ou, caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?

V.V.: Adorei fazer todos os meus trabalhos. Nenhuma restrição a nenhum deles. 


7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.

V.V.: No filme “E o vento levou ...”, na cena da Scarlett arrancando o rabanete do chão, ela diz: “Por Deus, eu juro! Por Deus, eu juro, eles não vão acabar comigo! Eu vou passar por tudo isto e, quando terminar, jamais sentirei fome de novo. Nem eu nem minha família. Mesmo tendo que matar, mentir, roubar ou trair, eu juro por Deus que jamais sentirei fome novamente!” E outra ainda do filme Casablanca: “Nós sempre teremos Paris”. As duas passagens são minha cara.

M.V.: Obrigado pela entrevista. Sucesso para você.


V.V.: Obrigada pelo convite. Tive muito prazer em fazê-la. No momento atual, voltando às origens (como jornalista), escrevo muito. Sou blogueira, tive site, e gosto de colaborar com pessoas que se dedicam às artes. 

M.V.: Obrigado novamente. Por incrível que pareça, não é tão comum este reconhecimento de que todos fazemos parte da mesma engrenagem.  

 
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