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DALMA RIBAS - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

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Dalma Ribas, nascida em Belo Horizonte no dia 3 de fevereiro de 1943, é uma atriz brasileira que construiu uma carreira marcante no cinema, especialmente nas pornochanchadas, com mais de 60 filmes no currículo. Começou no teatro e na TV, estreando em 1967 na TV Excelsior como assistente de palco e participando de diversos programas de humor e variedades, passando também pela TV Tupi e posteriormente pela TVS (atual SBT). 

No cinema, estreou em Na Mira do Assassino (1967), após ser descoberta por Oscarito. Além de atriz, também atuou como produtora, figurinista e maquiadora. Em 1982, sobreviveu a um grave acidente caindo de uma altura de cerca de 300 metros, o que considera um milagre.


E hoje, com vocês, Dalma Ribas..

Boa sessão:


1) "Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos.", diria Benjamin Button em seu filme. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.

D.R.: Comecei em 1967 pela indicação do comediante e ator Oscarito. Foi no filme "Na mira do assassino". Um filme de Mário Latini e no elenco Agildo Ribeiro e Wilson Grey.


2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante? 

D.R.: Cleópatra. Eu sempre fui fã da Elizabeth Taylor, teve uma época que até usava lentes de contato violeta. Mas gosto de filmes clássicos também. E sempre sonhei em conhecer o Egito, local onde ocorrem algumas filmagens.


3) "Éramos musas do sexo em uma época reprimida, moralista e desinformada", disse Nicole Puzzi numa entrevista. Como foi ser uma musa e qual impacto na sua vida?

D.R.: Sempre fui livre para fazer minhas escolhas e sonhos. Ser musa na época foi uma grande conquista, tanto na sétima arte quanto na TV. Foi na TV Tupi que fui eleita o rosto mais bonito da emissora nos anos 70. Mas preconceitos num país tradicional como o Brasil, sofremos até hoje.


Neste período fértil, trabalhei muito no eixo Rio e São Paulo, com Chico Cavalcanti (Ivone, A Rainha do Pecado, O cafetão), Ubiratan Gonçalves (Nuas no asfalto), José Adalto Cardoso (Motorista do Fuscão preto). 

O primeiro em São Paulo, fui dirigida por Custódio Gomes, chamado "Tara das sete aventureiras". Entre os atores estava Tony Tornado.  E no Rio, com diretores Mario Latine e Geraldo Gonzaga. Trabalhei com Jesse Valadão. Vários filmes indicados por Oscarito. Na minha estreia com Geraldo fiz 3 ou 4 filmes, não me lembro os nomes. Entre eles, "Uma cama para três" e "Empregada para todo o serviço". Com Jece Valadão, "O Mau-Caráter" também foi marcante.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história divertida que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar? 

D.R.: No início dos anos 70, eu fazia shows como dançarina em boates no Rio de Janeiro com o saudoso comediante Tutuca e, num determinado show, ele me perturbava. Ficava me irritando... Aí, ao invés de dizer: "- Eu vou te dar uma bolsada na sua cara", eu disse: "- Eu te dou uma bucetada na sua cara". Ele ficou olhando para mim parado com aquela cara cômica. O público nessa hora veio ao chão de tanto rir, achando que fazia parte do texto. E não é que entrou para o texto?

Teve uma outra passagem na TV Tupi do Rio nos anos 70, no programa Almoço com as Estrelas, apresentado por Aérton Perlingeiro com a saudosa Wilza Carla. Lá teve um concurso de beleza interno do rosto mais bonito e eu ganhei. Wilza, que estava acostumada a ganhar todo tipo de concurso, não aceitou o resultado e nós discutimos no camarim. Depois, na hora de entrar em cena, meu figurino tinha desaparecido. Nunca ficou comprovado que foi a Wilza Carla, mas só tínhamos nós duas no local.


5) Imagine o cenário: você é uma atriz (de qualquer país) enquanto ela atua em um filme memorável. Qual seria a atriz, o filme e claro… por quê?

D.R.: Elizabeth Taylor sem dúvidas no filme Cleópatra. Imagina só eu no Egito filmando? Sonho.


6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

D.R.: Os melhores filmes, na minha opinião, são: "As desquitadas", de Élio Vieira de Araújo; "Ivone - A Rainha do pecado", de Francisco Cavalcanti; e "Severina Xique-Xique", de Celso Falcão.

M.V.: Algum arrependimento?

D.R.: No cinema, não necessariamente tenha me arrependido. Somente acho que eu deveria ter escolhido melhor os roteiros.  Em alguns filmes fui mal aproveitada e não gosto dos enxertos que alguns deles ganharam por exigências dos exibidores e, para fazer isso, alguns diretores cortavam cenas em que eu aparecia para dar espaço aos tais enxertos. 

Com isso, sua personagem perdia espaço no filme. Detalhe que eu nunca fiz e nem consenti enxertos de sexo explícito em minhas cenas. Quanto aos nomes dos filmes, prefiro não mencionar para não ter que citar os diretores.


7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.

D.R.: "Com humildade você ganha o mundo". Ainda arremato: Talento, Determinação e Humildade.

M.V.: Obrigado. Foi um prazer.

 
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