INÊS GALVÃO - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
Inês nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 10 de junho de 1959. Sua estreia como atriz aconteceu no programa de humor Planeta dos Homens, seguida por participações no Viva o Gordo, clássico comandado por Jô Soares. Seu primeiro papel em uma novela veio mais tarde, em Eu Prometo.
Ao longo dos anos 1980 e 1990, ela consolidou-se como uma das principais estrelas das telenovelas brasileiras, atuando em mais de dez produções de sucesso, entre elas Rabo de Saia (1984), Rainha da Sucata (1990), Vamp (1991) e Quatro por Quatro (1994). Mesmo após se afastar da televisão, voltou brevemente às telas em uma participação especial na novela Uga Uga, em 2000.
No entanto, em 1997, com a aposentadoria de seu marido, o ex-jogador de futebol Gaúcho, ela decidiu deixar a carreira artística. O casal se mudou para Cuiabá, onde Inês passou a se dedicar à vida de empresária.
E hoje, com vocês, Inês Galvão.
Boa sessão:
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
I.G.: Bem, eu confesso que não sou uma aficionada por cinema, gosto, mas também passo bem sem ele! Não sou dessas pessoas que ficam enlouquecidas quando lançam um filme, não gosto de ver programa do Oscar, e para mim tanto faz se um filme ganha um Oscar ou não, eu assisto se gosto do título e o enredo me chama atenção. Sou muito mais do teatro, teatro me emociona!!!
2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?
I.G.: Você deve ter notado que não ligo para cinema, por isso não tenho lista. Mas o filme que me marcou muito foi o “E o vento levou...”, eu tinha, acho que, 17 ou 18 anos.
3) Você voltou aos holofotes depois de um longo hiato, fato que não é incomum com artistas. Como foi para você lidar com esta distância do público? Mesmo que pessoas como eu lembrem dos seus trabalhos intimamente, a geração nascida com os anos 2000 não teve acesso a novelas quando lançadas, como Roda de Fogo, Bebê a Bordo, Rainha da Sucata, Lua Cheia de Amor, Vamp e Quatro por Quatro. Está nos seus planos voltar definitivamente à ativa nas novelas (ou seriados, minisséries, especiais...)?
I.G.: Realmente, eu abdiquei da carreira em prol da família e do casamento, mas a satisfação de ter conseguido montar minha família era tão grande que eu nem sentia falta do público nem dos holofotes. E, na verdade, só resolvi voltar por insistência das pessoas e dos amigos e, com a falta do meu marido e as crianças já grandes, me senti tentada!
4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. Se lembra de alguma história que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar?
I.G.: Lembro-me de uma durante as filmagens de “Mangueira: Amor à primeira vista” que fiz com a Julia Lemmertz e o Alexandre Borges, eu tinha que dizer uma frase em francês e eu não sei nada de francês e ao invés de pedir ajuda mandei com tudo, e a galera me matou de tanto rir e o diretor acabou usando no filme!
5) Imagine o cenário: você é uma atriz (de qualquer país) enquanto ela atua em um filme memorável. Qual seria a atriz, o filme e claro… por quê?
I.G.: Queria ser a Marilyn Monroe em “O Pecado Mora ao Lado”, clichê, né? Mas eu sou louca por ela, sempre fui desde pequena, sempre era fissurada nos seus filmes!!!
6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?
I.G.: O personagem de que mais me orgulhei de fazer foi a Soninha de Bebê a bordo, eu estava grávida, mas me dediquei de corpo e alma e consegui realizar tudo que quis no personagem.
M.V.: E, em contrapartida, do que você mais se arrependeu de fazer, ou caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?
I.G.: O que eu teria feito diferente foi o meu primeiro personagem, o menino de “Eu prometo”. Eu amava o personagem, mas era meu primeiro papel e eu estava apavorada.
7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.
I.G.: Minha frase ??? Ahhhh!!! I came back !
M.V.: Ainda bem que não é "Je reviendrai" (risos). Obrigado, Inês. Foi um prazer.
I.G.: O prazer foi meu, amor.
