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BARBARA MAGNOLFI - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS


Através das 7 perguntas capitais eu conheci o mundo, literalmente. Consegui conversar com pessoas que eu jamais imaginaria que seria possível. Foi um projeto de 100 entrevistas, mas que terminou, depois de vários anos de muito trabalho e persistência. Foi cansativo, mas valeu a pena.

Por isto resolvi iniciar um novo projeto, desta vez com menos entrevistas (50 no total) e com um formato um pouco diferente, mas mantendo a ideia de serem 7 perguntas. Eu sempre fazia uma introdução do (a) entrevistado (a), mas desta vez será de outra forma. Vão conhecê-lo (a) ou saber mais sobre ele (a) através da entrevista.

E hoje, com vocês o atriz e produtora  Barbara Magnolfi

1)  É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS que faziam parte do nosso cotidiano. Você é uma apaixonada por cinema? Conte-nos um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

B.M.: Eu sou definitivamente apaixonada por cinema. Eu não poderia fazer meu trabalho se não fosse. O cinema é uma arte e uma comunicação incrível que permite transmitir histórias e mensagens que impactam o público emocionalmente e criam novas possibilidades. É mágico. Desde o momento em que pus os pés no palco, soube que queria criar essa magia.


2) Muitos adoram fazer listas de filmes preferidos. Outros julgam que é uma lista fluida. Para não te fazer enumerar vários filmes, nos diga  qual o filme mais importante da sua vida. 
E  há uma razão para a produção que citar ser destacada?

B.M.: Não seria justo escolher apenas um filme que foi importante na minha vida, pois vários em momentos diferentes que definitivamente me inspiraram. Um deles foi Mamma Roma, um filme de Pier Paolo Pasolini com Anna Magnani. A história foi realmente comovente e verdadeiramente tocante.

3) "Suspíria" é um filme único que depende fortemente da atmosfera, das cores e do local em que as cenas são filmadas. Durante as filmagens, você sentiu que este seria um tipo diferente de  produção? 

B.M.:  Enquanto fazia Suspíria, tive a sensação de que estávamos filmando algo incrível. Talvez pela forma como Dario Argento nos dirigisse, talvez a presença de ícones de Hollywood como Joan Bennett, ou anda atmosfera quase mística da produção  me deram essa sensação. 

M.V.: O filme certamente deixou um impacto significativo no cinema. Na sua opinião, o que você acha que foi a chave para a longevidade do filme ao longo dos anos?

B.M.: Eu acho que Suspíria é eterno, é um conto de fadas sombrio que você sempre pode assistir que atraiu atenção na época e continua atraindo agora para as novas gerações mais jovens. Além de ser uma obra-prima perfeitamente trabalhada por Dario Argento, eu acho que é considerado seu melhor filme. Foi revelado em Technicolor, portanto, as cores primárias do filme foram aprimoradas ainda mais.

4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas. 

Lembra-se de alguma história legal que tenha acontecido  durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar conosco? Alguma história de bastidores, por exemplo…

B.M.: Bem, estávamos no set de Suspíria, Dario e eu estávamos discutindo sobre filmar a próxima cena, pois ele não tinha certeza como queria. Estávamos do lado de fora dos estúdios de Paolis em Roma, era uma cena complicada que envolvia um boneco alto e enquanto estávamos conversando de repente, uma grande tempestade, começou a chuva torrencial e relâmpago uma verdadeira tempestade. A boneca que estava sendo preparada caiu e obviamente não pudemos filmar a cena. Essa é uma das várias coisas que aconteceram durante as filmagens de Suspíria. Foi uma situação muito estranha.

5)  Se pudesse, por um dia, ser uma atriz do cinema clássico (de qualquer país) e através deste dia, ver pelos olhos dela, uma obra prima sendo realizada, qual seria atriz e o filme? E claro… por quê?

B.M.: Eu provavelmente faria Hedy Lamarr principalmente porque ela era revolucionária e um gênio da ciência! Uma incrível combinação de talento de beleza e inteligência. E o filme seria Sansão e Dalila ou Êxtase.

M.V.: Exato. Para quem não sabe, Lamarr era um gênio. Uma autodidata. Durante sua relação com o magnata da aviação Howard Hughes ela opinou certeiramente quanto a mudanças necessárias em seus aviões para se torarem mais rápidos.  Mas foi durante a guerra que ela ganhou notoriedade por ser criadora, junto com seu amigo, compositor e pianista George Antheil, um invento que antecipou o Wi-Fi. 

6)  Agora voltando à sua área de atuação. Qual trabalho realizado você ficou profundamente orgulhosa? 

E em contrapartida, o que você  mais se arrependeu  de fazer, ou caso não tenha se arrependido, teria apenas feito diferente?

B.M.: Sou muito orgulhosa de Suspíria e de outro filme que fiz chamado Difficile Morire. E me arrependo de ter feito La sorella di Ursula (1978). E não foi pela produção em si, mas só depois por causa das cenas explícitas de sexo que adicionaram sem meu conhecimento e consentimento. Na verdade, meu arrependimento é trabalhar com certo tipo de pessoa que não é honesta. não reconhecê-los imediatamente.. Mas foi mais uma lição aprendida do que um arrependimento.

7) Para finalizar, deixe uma frase famosa do cinema que te represente.

B.M.: "Susie... Sara ...Uma vez li que nomes que começam com a letra “S” são nomes de SERPENTES !! Ssssss Sssss Sssss ", de Suspíria, dita pela minha personagem Olga.

M.V.: Muito obrigado

B.M.: O prazer foi meu

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