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10 FILMES QUE MOSTRAM COMO OS TRADUTORES SÃO CARAS DE PAU


É inegável que o trabalho de tradução é árduo. Vários filmes tem seus nomes originais sem o menor significado em outras línguas ou mesmo, sem graça. Desta forma Misery se torna Louca obsessão, The Shawshank Redemption se torna Um sonho de liberdade ou Mrs. Doubtfire se torna Uma babá quase perfeita. A melhora é gritante e visa, claro a venda do filme para o mercado. 

Mas algumas vezes, os tradutores parecem ter ido além, e abaixo, 10 exemplos em que eles foram caras de pau.


Tortura do desejo (Hets) é um filme sueco de 1944 que conta a  história de um professor sádico apelidado pelos alunos de Caligula, que rege suas aulas como um tirano. Mostra-se particularmente rígido com Jan-Erik Widgren. Numa noite ao retornar para casa, Widgren encontra uma moça chorando, Bertha. Decide ajuda-la e reconduzi-la para casa. Mas esta aproximação irá desencadear uma série de eventos cada vez mais nebulosos e ameaçadores. 

2 anos depois, um filme sueco chamado "Driver dagg faller regn " sobre um amor proibido foi lançado, e como o tradutor conhecia apenas meia dúzia de filmes suecos, resolveu nomeá-lo de "Tortura de um desejo", afinal, vai que procura o VHS de um na locadora e acha outro?


Christopher Lee é um dos Dráculas mais marcantes do cinema. Em 1970, fez um filme sob a direção de Jesús Franco chamado "Nachts, wenn Dracula erwacht", e aqui no Brasil recebeu o nome de "Conde Drácula" e foi uma das mais fiéis adaptações do romance de Bram Stoker. No mesmo ano, foi lançado mais uma capítulo dos filmes da Hammer sobre o personagem, chamado "Scars od Drácula", dirigido por Roy Ward Baker. 

Mas o genial tradutor, que possivelmente não gostou do título original (e bem melhor), Cicatrizes de Drácula, que diz muito sobre a trajetória do personagem, resolveu batizá-lo de "O Conde Drácula". A diferença ficou apenas no artigo "O".

Mas afinal, quem veio primeiro? 

Numa rápida pesquisa, o filme do Franco foi pré-lançado em abril de 1970 e lançado mundialmente à partir 16  de novembro de 1970. E seguiu sendo lançado nos países do mundo, mês a mês, até final de 1973. Já o filme da Hammer, Foi lançado também em novembro (8) de 1970 e seguiu sendo lançando, mês a mês, até 1974.

Porém, a Hammer é mais popular que Jesús Franco. E o lançamento no mercado inglês e americano se deu antes do filme de Franco (que nestes mercados, só foram lançados em 1973). Portanto, ainda que o filme de Franco tenha sido lançado antes, ele só atingiu o mercado popular 3 anos depois, donde concluí que o tradutor, na realidade, já havia colocado "O conde Drácula" no mercado brasileiro, realizando apenas a supressão do artigo no filme de Franco. Mas esta parte, é apenas suposição. 

Confuso não? Mas sempre pode ficar pior. Por exemplo, o filme de Franco recebeu o nome de Drácula - O Príncipe das Trevas, em Portugal. Já o nome do filme da série da Hammer, lançado em 1966, acompanhou o nome original do filme, e foi batizado de... Drácula - O Príncipe das Trevas. Ou seja, eles cometeram exatamente o mesmo erro, só que agora iniciado  4 anos antes. 


Em 1954 Alfred Hitchcock nos presenteou com o clássico “Janela Indiscreta” (Rear window), com James Stewart. Quase vinte anos depois, foi lançado um filme com nome original de Extreme Close-Up e dirigido por Jeannot Szwarc, o mesmo de Supergirl.

Na história, um jornalista usa equipamento especial para bisbilhotar a vida dos vizinhos. Seu novo hobby, a princípio inofensivo, acaba se transformando num passatempo perigoso, à medida que ele descobre coisas que não deveria saber. 

A partir dai, o "Extreme Close-Up"  virou, inacreditavelmente, "Outra janela indiscreta". Bizarro.


Zombie, o despertar dos mortos, clássico de George Romero, e talvez o melhor e mais cultuado filme de zumbis já feito foi lançado em 1978. No mundo foi lançado como Zombie: Dawn of the Dead em diversos países, mesmo sendo Dawn of the dead o nome original. Já o "novo" Zombie foi lançado no ano de 1979. Sem ser sequência de filme algum teve como título original ”Zombi 2” (?), para dar a impressão de que estivesse dizendo, ou melhor, gritando: ‘’Ei pessoal! Aqui! O novo filme de Lucio Fulci é a sequência de Despertar dos Mortos de George Romero!’’.  

Zombie teve o título original escolhido pelo simples motivo de marketing, e funcionou. Zombie foi um sucesso de bilheteria e hoje é um clássico do cinema gore italiano; na verdade foi o filme que deu a Lucio Fulci a coroa de pai do gore.


Jim Carrey saiu do anonimato para participações esquecíveis em filmes até destruir o ano de 1994 com três lançamentos bombásticos: Ace Ventura, Debi & Lóide e O máskara. Com isto, começaram a resgatar filmes antigos do agora astro. Eis que chegamos a Rubberface, uma produção cinematográfica canadense, feita para televisão lançado em 1981. 

Trata-se do primeiro filme da carreira do ator e comediante canadense Jim Carrey. Originalmente intitulado "Introducing... Janet", o título do filme foi alterado para Rubberface para o lançamento em home vídeo. E aqui no nosso querido país, a falta de criatividade transformou o filme em "Um Debilóide sem máscara".


Yellow Hair and the Pecos Kid ter sido traduzido como " A Guerreira de Indiana Jones" foi inacreditável.  No filme, dirigido por  Matt Cimber, conta a história de Yellow Hair, uma branca criada por índios, que recebe a missão de descobrir uma lendária Fortaleza de Ouro, que também é cobiçada por diversos vilões.

Indiana Jones e o Templo da Perdição saiu em 1984, mesmo ano de  " A Guerreira de Indiana Jones", mas com a garantia de sucesso, já que "Os caçadores da arca perdida"  arrebentou em 1981. E a Yellow Hair veio no rastro.


De volta para o futuro é um dos grandes blockbusters do cinema, que virou referência para quase tudo na cultura pop nos anos que se seguiram. Ao se falar em viagem no tempo, De volta para o futuro é o filme mais lembrado. Cravou a dupla Michael J. Fox e Christopher Lloyd com uma das melhores do cinema. 

Mas pouco tempo antes, Fox rodou em 21 um dias o filme Teen wolf sobre um adolescente que descobre ser descendente de Lobisomem, mas ele odiou e não voltou para a continuação. Porém, o sucesso gigantesco do  "De volta para o futuro", fez o lançamento do VHS ser obrigatório e com o título oportunista de "Garoto do futuro". E não ficou só nisto. Buscaram o título "High School U.S.A" de 1983, e transformaram em "Lutando pelo futuro".


Duro de Matar foi um grande sucesso de 1988 e hoje é considerado um dos maiores filmes de ação do cinema, além de um dos preferidos de Natal, mesmo somente se passando na noite natalina. Uma continuação era inevitável. E ela veio pelas mãos de Renny Harlin, recebendo o título de Duro de matar 2, junto com o "Mais duro ainda", que ficou bem desnecessário. 

Em 1987, Renny Harlin dirigiu Condenação do Além (Prison). Mas foi lançado em VHS posteriormente, e acharam uma ótima ideia trocar o título para "Duro de prender". Como Renny era um diretor "Duro de aturar", ficou tudo certo.


A hora do lobisomem, adaptação de Stephen King, que conta a história de um garoto (Corey Haim) que acredita que o assassino à solta numa cidadezinha é na verdade, um lobisomem. Depois de escapar do tal monstro, Marty e sua irmã Jane (Megan Follows) percorrem toda a cidade em busca do homem que é, na verdade, a abominável criatura. 

3 anos depois, foi lançado um filme chamado Lone Wolf, com uma história similar: estranhos assassinatos tomam conta do campus da universidade Fairview. Técnico de informática e sua assistente investigam e as pistas apontam um lobisomem como autor dos crimes.

Como pode imaginar, os tradutores acharam uma ótima ideia colocar o título de...A hora do lobisomem 2. 


Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding) foi um grande sucesso de bilheteria em 2002. O filme arrecadou mais de US$ 241 milhões, apenas nas bilheterias norte-americanas, ficando entre as 100 maiores bilheterias de todos os tempos nos Estados Unidos na época pré-Marvel. 

A continuação do filme com Nia Vardalos parecia inevitável. E de fato aconteceu, mas somente em 2016.  Mas enquanto isto, Falando grego (My Life in Ruins) surgiu no caminho, com a própria Vardalos e o tradutor achou uma boa ideia associar filmes que nada tinha a ver, apenas por conta da atriz.

Estes exemplos não são exclusividades do nosso país. Após o sucesso internacional do próximo filme de Dario Argento, Suspiria (1977), "Profondo Rosso" foi lançado no Japão sob o título "Suspiria 2", apesar de não ter conexões de enredo com "Suspiria" e ter sido feito dois anos antes de isto.


Sem falar na série de filmes Trinity, que eles pegaram diversos filmes com o ator e modificaram os nomes, colocando Trinity no título. Ou Sartana...Django....por ai vai...

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