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RUTANYA ALDA - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS

Rutanya Alda nasceu Rutanja Skrastiņa (Rūta Skrastiņa) em Riga, na Letônia ocupada pelos alemães em 13 de outubro de 1942. Ela então se mudou com sua família para os Estados Unidos, morando brevemente em Chicago antes de se estabelecer em Flagstaff, Arizona. Alda estudou atuação com Barbara Loden e Paul Mann na cidade de Nova York.

Rutanya começou sua carreira no final dos anos 1960 e passou a ter papéis coadjuvantes em filmes importantes como Pat Garrett e Billy the Kid (1973), O Pirata Escarlate (1976), A Fúria (1978), O Franco Atirador (1978), Espantalho (1973), Mamãezinha Querida (1981) e Amityville 2: A Possessão - Filme (1982).

Foi casada durante quase 30 anos com o ator Richard Bright, que morreu tragicamente atropelado por um ônibus de turismo em Manhattan. Bright teve uma longa carreira no cinema, e fez dentre muitos papéis, a trilogia "O Poderoso Chefão". Ele era o guarda-costas do Micheal Corleone, vivido por Al Pacino.

Hoje, com vocês, Rutanya Alda.

Boa sessão:


1) “Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você bate e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. Assim é a vida.” disse Rocky Balboa. O caminho até o eventual sucesso não é fácil, principalmente na concorrida Indústria Cinematográfica. Conte como foi seu início de carreira.

R.A.: Eu comecei a trabalhar na indústria cinematográfica no final dos anos 60. Fiz uma estudante do ensino médio em um filme com Sandy Dennis chamado "Subindo por Onde Se Desce". Esse foi o meu primeiro trabalho como figurante. Trabalhei nesse filme por cerca de duas semanas. Depois, fui dublê de corpo no filme "O Bebê de Rosemary", com Mia Farrow, dirigido por Roman Polanski. Eu fiquei no filme por 6 semanas.

A partir daí, trabalhei no Hello Dolly com Barbra Streisand e o fabuloso Gene Kelly dirigindo. Hoje eu estou escrevendo sobre meus primeiros anos como atriz e contarei histórias mais detalhadas no meu livro "O diário da Mamãezinha querida", no capítulo um.

2) O filme "Amityville 2: A Possessão" se tornou um cult movie com o tempo. Ele foi um dos mais marcantes filmes de horror dos anos 80. Como foi atuar em uma produção tão icônica?

R.A.: Eu escrevo sobre trabalhar com Damiano Damiani justamente no primeiro capítulo do meu livro. Adorei trabalhar com Damiano. Eu acho que ele fez o filme o melhor. Ele teve sua própria visão das complexidades da história e é por isso que penso que o filme se mantém hoje como um dos melhores "cult movies" de terror.

Nós filmamos o exterior da casa em Toms River, New Jersey e todos os interiores na Cidade do México, nos estúdios Chirubusco. Os funcionários mexicanos foram fantásticos. Construímos toda a casa dentro daquele grande estúdio. O diretor falava inglês, mas sua equipe era italiana e não falava. Logo, tivemos um tradutor de italiano para espanhol e espanhol para o italiano... e o tradutor em inglês também. Então, realmente teve uma sensação internacional.

Adorei trabalhar com Burt, Diane e Jack, e James. Todos foram ótimos para trabalhar, muito profissionais e adoráveis. O filme, em muitos aspectos, estava à frente de seu tempo... a cena de semi nudez com Diane foi cortada, pois era a cena de abuso quando Burt, possuído, a estuprava violentamente. Hoje talvez eles a deixassem entrar, mas quando eles testaram o filme naquela época, a plateia ficou profundamente incomodada com a minha cena com Burt e eles a cortaram.

E houve um enorme incêndio no estúdio, bem perto de nós, quando o filme e todo o estúdio foram destruídos. Tivemos que parar de filmar naquele dia. Mas eles controlaram e voltamos.

3) "A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.". Considerando a reflexão, há alguma experiência em sua vida dedicada à arte que foi especialmente marcante?

R.A.: Isso é muito difícil de dizer, uma vez que cada experiência é única e valiosa. Há destaques na carreira como trabalhar para Brian de Palma em seus primeiros filmes e o grande Michael Cimino em O Franco Atirador. Mas cada experiência tem seu valor único.

4) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

R.A.: Novamente considero cada trabalho valioso. Muitas vezes a melhor parte é cortada na sala de edição e não é vista, mas a memória e o trabalho continua muito viva, mesmo anos depois.

5) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?

R.A.: Isso é muito difícil para mim. Eu vejo todos os filmes porque sou membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Nós nomeamos e votamos nos Óscares. Então eu vejo tudo ao pé do ouvido. Os filmes estrangeiros são meus favoritos. Eu acho que eles são únicos e originais ao lidar com a condição humana.

Adoro filmes como "Eu, Daniel Blake", "Um Homem Chamado Ove" e "Terra de Minas". Eles eram filmes estrangeiros que me interessavam de maneira real. E o filme "A Criada” foi um dos meus favoritos dos últimos tempos. Eu votei nele para melhor filme.

M.V.: Ótimos filmes, mas A Criada é de fato, brilhante.

6) Agora vamos falar de futuro. Tem projetos engatilhados?

R.A.: Eu estou preparando algumas coisas, vamos ver se funciona. Eu também estou escrevendo agora, como dito acima.

7) Para finalizar, deixe uma lição ou dica para os que pretendem seguir carreira na atuação.

R.A.: Eu acho que o único conselho que tenho é: siga a sua paixão. Tem que ser uma forte paixão, caso contrário, este é um "negócio" muito doloroso, e não me refiro à arte, mas ao negócio. É muito difícil para ganhar a vida, portanto os atores e atrizes aqui sempre têm outro trabalho. 

Mas quando você termina um filme ou uma peça de teatro, você está sempre desempregada, sempre fora do trabalho e é muito difícil. Os atores e atrizes vivenciam isso, bem como outras funções diretores, etc. Então é bom ser realista. Eu acho muito importante que estudem o tempo todo quando não estão atuando...

Isso melhora seu ofício e o mantém vivo de forma criativa. Nós sempre crescemos e é importante crescer não apenas como um artista, mas como um ser humano... Precisamos nos tornar humanos melhores e mais compassivos. Nosso trabalho e nossa vida estão relacionados.

M.V.: Obrigado pela atenção. A gente se vê nos filmes.

R.A.: Tudo de bom para você!

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