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RUSSELL MULCAHY - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS


Russell Mulcahy é um renomado diretor de cinema e videoclipes, nascido em Melbourne, Austrália, em 23 de junho de 1953. Ele é conhecido por sua contribuição na cultura pop, especialmente nos anos 80.

Mulcahy começou sua carreira dirigindo videoclipes para artistas como Duran Duran, Elton John, Billy Joel e Bonnie Tyler. Seu estilo inovador e visualmente impressionante ajudou a definir a estética dos videoclipes da época. Além destes trabalhos, Mulcahy também dirigiu vários filmes, incluindo "Highlander - O Guerreiro Imortal" (1986), que se tornou um clássico cult, e "O Corte da Navalha" (1984), sobre um ataque de um javali gigante a uma cidade na Austrália.

Ao longo de sua carreira, Russell Mulcahy demonstrou habilidade em contar histórias visualmente impactantes e emocionantes, solidificando seu lugar como um dos diretores mais influentes da sua geração.

E hoje, com vocês, Russell Mulcahy


Boa sessão:



1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.

R.M.: Minha relação com o cinema sempre foi de amor. Até os filmes ruins foram abraçados. Crescendo em uma pequena cidade costeira na Austrália dos anos 60, éramos mimados com 5 cinemas e um drive- in. Havia o Roma, um cinema de nível único, famoso por ratos correndo nas poltronas à sua frente, The Strand, um cinema de dois andares com uma escadaria íngreme aterrorizante para o nível superior e um porteiro de cabelos oleosos que dava um tapa na nossa cabeça para ficarmos quietos, The Regent, muito elegante, 2 andares, baias e lounge e os recepcionistas, todos usavam penteado de chapéu de abelha branco, The Crown, que se dizia ser o maior cinema do hemisfério sul, tinha barracas, círculo médio e círculo superior... Sim, 3 níveis.

Era enorme e os filmes de 70 mm ficavam ótimos lá! E, finalmente, The Civic, onde vi meu primeiro filme de terror (filmes de terror foram proibidos na Austrália até meados dos anos 60) e o drive-in onde provavelmente vi o filme mais importante da minha vida (que direi qual é na pergunta 3).


2) "A vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai encontrar..." diria Forrest Gump. Quais caminhos te levaram a ser diretor?

R.M.: A influência dos cinemas citados na resposta anterior. Foi maravilhoso poder subir na sala de projeção e testemunhar a magia da exibição do filme e assisti-lo pela janela do projetor. Esses edifícios eram meu lugar seguro, meu lugar de passagem, meu palácio de sonhos.

M.V.: Me lembrei de algumas cenas do filme Cinema Paradiso.

R.M.: Sim. Foi bem assim.


3) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?

R.M.: Acho que o filme mais importante da minha vida foi o que vi em um drive-in, "Simbad e a Princesa". Eu tinha 8 anos e quando o Ciclope apareceu, eu sabia que queria ser capaz de criar aquela magia absoluta que vi naquela tela.


4) Algumas profissões rendem histórias interessantes, curiosas e às vezes engraçadas. E certamente, quem trabalha com cinema, tem suas pérolas.  Se lembra de alguma história divertida que tenha acontecido durante a execução de algum trabalho seu e que possa compartilhar? 

R.M.: Sem histórias. Alguém pode ficar fortemente embaraçado com as revelações (risos). 

M.V.: Tenho uma curiosidade. Como foi trabalhar com Sean Connery em HIghlander? Considero ele um dos grandes atores do cinema


R.M.: Ele era demais. Um grande cavalheiro.

MV.: É verdade que todas as cenas de Sean Connery tiveram que serem filmadas em uma semana, devido à agenda apertada dele?

R.M.: Exatamente.

MV.: E ele apostou com você que não terminariam as filmagens em sete dias, que era o tempo que ele tinha disponível?

R.M.: Sim...(risos)

MV.: Quem venceu a aposta? 

R.M.: Eu... (risos)

M.V.: Houve uma razão para não retornar na direção das sequências? Acredito que seriam bem melhores...

R.M.: (Risos). Bom, apenas decidi seguir em frente. O segundo filme foi muito problemático, e por razões contratuais, tive que engolir o corte final que chegou aos cinemas. 


5) Imagine o cenário: você é um diretor de cinema (de qualquer país) enquanto ele realiza um filme memorável. Qual seria o diretor, o filme e claro…, por quê?

R.M.: Museu de Cera, com Vincent Price.

M.V.: Por quê?

R.M.: Porque foi o primeiro filme de estúdio em 3D.


6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?

R.M.: Eu sou muito orgulhoso do meu primeiro filme ‘Razorback’. Provavelmente porque foi meu primeiro e eu o fiz em meu país.

M.V.: Assim como Highlander, Razorback foi um cult movie da era VHS. Amo os dois. Há algum arrependimento?

R.M.: Quanto aos arrependimentos, não tive nenhum. Os erros fazem parte do crescimento.


7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.

R.M.: "Apertem os cintos, vai ser uma noite turbulenta", de A Malvada.

M.V.: Obrigado amigo. Foi uma honra.


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