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JOSÉ MOJICA MARINS - 10 FILMES ESSENCIAIS

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Zé do Caixão: o pai de todos os horrores


Texto: Carlos Primati

Pesquisa M.V.Pacheco


Tivesse somente criado o personagem Zé do Caixão em sua extensa – às vezes intermitente, hesitante, claudicante – carreira cinematográfica, o paulista José Mojica Marins já teria seu nome devidamente gravado na história da sétima arte em nosso país – e no mundo. Mojica, que completa em 2019 incríveis 83 anos de vida, neste dia 13 de março – algumas fontes indicam que ele nasceu dia 11; o próprio Mojica costumava dizer que nasceu em 1929, mas seus pais só se casaram em 1933: a confusão e o caos, além de informações desencontradas, fazem parte de sua essência.

Mojica fez muito mais do que terror, embora o gênero – e sua contribuição para o imaginário fantástico – seja seu terreno mais produtivo e no qual ele inovou como nenhum outro cineasta brasileiro. Depois de algumas realizações amadoras ainda quando criança, fez seu longa-metragem de estreia aos vinte anos, A Sina do Aventureiro (1958). Considerado o primeiro faroeste nacional, deu início àquilo que mais tarde seria apelidado de ‘feijoada-western’, resultando num ciclo prolífico e diversificado na Boca do Lixo, tendo desde esse primeiro exemplar todas as regras do subgênero. O pioneirismo logo se estendeu para as fotonovelas, na revista A Voz do Cinema, que Mojica lançou em abril de 1960, publicação que durou somente quatro edições, a primeira delas com a versão em fotonovela de seu primeiro filme. Em seguida fez um melodrama chapliniano, Meu Destino em Tuas Mãos (1963), um grande fracasso de público e crítica, estrelado pelo cantor-mirim Franquito, com sua voz trinada um tanto irritante, que acabou rendendo uma LP com a trilha sonora do filme – segundo o próprio Mojica, outro ineditismo de sua parte.

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Porém, nada se compara ao impacto de À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), o filme que inaugurou o cinema de horror brasileiro, apresentando de maneira incisiva e agressiva o agente funerário Zé do Caixão – o qual nos próximos filmes revelaria se chamar Josefel Zanatas –, um dos maiores ícones do cinema mundial de horror, um monstro humano que é parte Drácula, parte Dr. Frankenstein, parte lobisomem e Jekyll & Hyde, com sua desavergonhada misantropia, hedonismo e crenças ególatras misturando indiscriminadamente Nietzsche, Dante e Marquês de Sade – e absolutamente genial, original e único.

À Meia-Noite… tem a proeza de se conectar com diversas vertentes do cinema de terror num único filme, e ao mesmo tempo contar uma história coesa, aflitiva, impressionante e divertida: é um legítimo clássico do gênero com todas as qualidades – e defeitos, principalmente nos valores de produção, diálogos, atuações e gramática cinematográfica – que um autêntico terror independente costuma exibir. Desde seu início, quando Zé do Caixão quebra a quarta parede e fala ameaçadoramente com o espectador, À Meia-Noite… promete ser tudo, menos convencional. Em seguida, uma bruxa adverte a plateia, falando do próprio filme que se inicia, uma combinação de Shakespeare com DC Comics; e ela própria mais à frente se tornará personagem deste filme. O início, com a esposa que não consegue engravidar e precisa ser eliminada, abrindo espaço para a segunda mulher, segue a tradição do melodrama gótico, que vem de Rebecca, a Mulher Inesquecível (1940), o clássico de Hitchcock, ou dos brasileiros Meu Destino É Pecar, Chamas no Cafezal, Presença de Anita, Veneno.

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As malvadezas de Zé do Caixão, que passa a matar indiscriminadamente, em busca da suposta “mulher superior”, são os momentos mais lembrados do filme. Existe aí um diálogo tanto com os monstros clássicos (esteticamente, remete às produções mexicanas daquele período, que por sua vez replicavam o visual dos filmes do estúdio Universal) quanto com o grand-guignol (O Que Terá Acontecido a Baby Jane?) e o gore vagabundo de Herschell Gordon Lewis. Consciente ou não, Mojica costurava um horror clássico, moderno e pós-moderno. Ao mesmo tempo. E ainda tem mais…

A sequência final, na qual Zé do Caixão, derrotado por sua própria incapacidade de se provar superior – seu único  objetivo e razão de sua existência –, enlouquece e começa a ser assombrado por tudo que dizia não acreditar (assombrações, almas penadas, espíritos desencarnados), é quando o filme adentra no terreno do horror psicológico (digno de um Os Inocentes). Não estamos mais diante da visão objetiva e quase documental de um sádico psicopata que mata seus desafetos com requintes macabros. Estamos subjetivamente sendo Zé do Caixão e vivenciando seu pesadelo alucinado – não devemos desprezar que, pouco antes dos delírios, ele encheu a cara com a pinga que roubou de um despacho de macumba. “Não… não! Não pode ser verdade! Tem que ser uma alucinação!”, o grito de desespero de Zé do Caixão, é um alerta e uma pista que abre o leque para interpretações: terror sobrenatural ou psicológico? A resposta vai depender do repertório, das expectativas e convicções de cada espectador, e não mais do realizador. O filme é maior que Mojica; Zé do Caixão, a partir daquele momento, não lhe pertence mais, é um fenômeno com vida própria – ou vidas.

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Reverenciado e repudiado com igual intensidade por cinéfilos, críticos, intelectuais e ignorantes, Zé do Caixão é um caso clássico da criação que se desvencilhou do criador e já não mais lhe pertence. Ganhou vida própria e entrou para o imaginário coletivo popular com a mesma rapidez e imprevisibilidade que invadiu os cinemas, tornando-se um monstro em constante mutação, processado e filtrado por múltiplas interpretações, carregado de recalques, complexos, taras, fobias e toda sorte de símbolos psicológicos e psicanalíticos. Portanto, não é exagero dizer que são muitos “Zés dos Caixões”, são uma legião; são inúmeros espectros que amedrontam corações, mentes e espíritos, projeções na tela e no subconsciente. O próprio Mojica percebeu cedo que Zé representava muito mais do que uma fragmentação da sua personalidade: era a desculpa conveniente usada por muitos para explorar e deixar aflorar medos e desejos dos recantos mais sombrios de seu caráter.

Três anos depois, em 1967, surgiu Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver, no qual a grandiloquência se juntou à presunção e arrogância de Zé do Caixão. Agora com um plano à altura da megalomania do personagem e contando com um orçamento mais generoso, Mojica colocou Zé do Caixão diante de uma galeria de candidatas a “mulher perfeita”, às quais ao longo do filme são submetidas ao que ficariam conhecidos como “testes macabros”: o contato físico com cobras e aranhas, basicamente. As referências (conscientes ou involuntárias; ou talvez coincidências) se expandem para o cinema de horror japonês contemporâneo (Jigoku), e a descrença em Deus que Zé do Caixão faz questão de alardear resultando numa paradoxal perturbação moral que nada mais é do que sua consciência culpada, um conceito básico do pecado cristão.

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Mais do que um grande cineasta, Mojica é o símbolo de uma geração de artistas inquietos e prontos para sacudir um cenário acomodado e estagnado. Quando o Tropicalismo chegou, em meados de 1968, Mojica estava preparado: poucos artistas representam de maneira tão plena a ideologia da antropofagia cultural – seu cinema traduz como poucos o processo de digerir a cultura estrangeira e regurgitar o terror verde-e-amarelo, tropical e embalado por “Tico-Tico no Fubá”. Aliás, musicalmente, Mojica é inspiração para o rock psicodélico de Caetano Veloso e Os Mutantes, para Zé Ramalho, o mais sombrio dos trovadores da MPB nordestina, para a fúria thrash metal dos mineiros do Sepultura e para o horror-punk dos Zumbis do Espaço.

Numa era de projetos “multimídia” e “transmídia” quase sempre vazios de conteúdo, Mojica eleva-se como aquele que já fez, literalmente, de tudo: suas histórias em quadrinhos de terror estão entre os itens mais cobiçados entre os colecionadores de terror nacional, tendo sido desenhado por basicamente todos os gênios dessa arte no país – Nico Rosso, Rodolfo Zalla, Eugênio Colonnese, Laudo Ferreira, Samuel Casal. Teve sua saga de Zé do Caixão adaptada para bolsilivros pelo papa do pulp brasileiro Rubens Francisco Lucchetti, o mesmo escritor (de uma produtividade insuperável) que roteirizou suas HQs e muitos de seus melhores filmes – e também seus programas de televisão, outra mídia de massa devidamente conquistada por Mojica e Zé do Caixão. Encarnado em seu personagem imortal, gravou marchas de Carnaval, apareceu no teatro, no circo, em feiras e quermesses, foi tema de um cordel clássico de Manoel d’Almeida Filho e mencionado numa infinidade de obras de todas as classes e propostas. Zé do Caixão até contou histórias de terror por telefone (na mesma época da proliferação do telessexo), um tipo de serviço arcaico que caiu totalmente no esquecimento na era da hiperconectividade.

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No entanto, o habitat natural de Mojica é mesmo o cinema, e foi onde ele deixou indelével sua marca: o vulto imensurável de Zé do Caixão é como uma sombra que se estende por todas as vertentes do filme de terror brasileiro. No final dos anos 1960, serviu de guru ideológico para os baluartes do Cinema Udigrúdi e experimental, os diretores cariocas Julio Bressane, Rogério Sganzerla, Elyseu Visconti Cavelleiro, Iberê Cavalcanti, entre outros; ao mesmo tempo, foi carro-chefe do Cinema Marginal paulista, reverenciado e adorado por Luís Sérgio Person, Ozualdo R. Candeias, Carlos Reichenbach, Maurice Capovilla e Jairo Ferreira, e ainda flertou com todas as possibilidades da pornochanchada (faroeste, policial, terror, filme de selva…). O “Mestre do Terrir”, Ivan Cardoso, prestou seu tributo ao Mestre Mojica com o documentário O Universo de Mojica Marins (1978) e no longa-metragem O Segredo da Múmia (1982), no qual o veterano cineasta faz uma ponta na cena de abertura. Mojica também lançou a primeira mulher diretora e produtora de cinema fantástico no Brasil: a paulista Rosângela Maldonado, que fez junto com o mentor as pornochanchadas de terror e fantasia A Mulher Que Põe a Pomba no Ar e A Deusa de Mármore (Escrava do Diabo), ambas de 1978.

Presença constante em filmes dos mais diversos diretores – de Francisco Cavalcanti a Afonso Brazza – Mojica enfrentou momentos de consagração seguidos de fases abissais, como a passagem pelo pornô (fazendo filmes nos quais, bem ao seu estilo, o sexo explícito era mostrado para enojar, em vez de excitar) e nas produções rodadas em videoteipe, ressurgindo como ídolo de uma nova geração dedicada ao cinema fantástico. Dennison Ramalho, diretor dos curtas Amor Só de Mãe e Ninjas, e do longa-metragem Morto Não Fala, que será lançado em breve, está na ponta-de-lança dessa geração. Como um dos idealizadores da volta de Zé do Caixão às telas de cinema, com Encarnação do Demônio (2008), do qual é também coautor do roteiro, Dennison é o caso mais evidente de um cineasta brasileiro que traz claras influências do estilo de Mojica, mais especificamente sua mistura nada sutil de cenas escabrosas e agoniantes de terror com muita nudez e sexo pervertido. Numa vertente mais fantástica e folclórica, o capixaba Rodrigo Aragão, com seus filmes que de certa forma resgatam os clássicos do horror dos anos 1980, com verdadeiros espetáculos de efeitos especiais, maquiagem de monstros, sangueira e nojeira, surge como o novo grande nome do terror brasileiro, carregando o bastão que lhe foi, simbolicamente, entregue por Mojica quando o veterano cineasta participou como diretor convidado do episódio “O Saci”, do filme de antologia As Fábulas Negras (2015).

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José Mojica Marins talvez seja o mais importante, influente e internacional cineasta latino-americano ainda vivo, embora praticamente aposentado – é pouco provável que ele retorne à atividade artística em sua idade avançada. Mais do que um mestre absoluto do terror nacional, é acima de tudo um artista de resistência e confronto, provocativo e inquieto, eternamente jovem e ávido pelo que é novo, diferente. Mojica nunca se acomodou, nunca se contentou com o convencional, jamais se mostrou nostálgico ou satisfeito. Nunca teve uma ideia banal, e pouca coisa que criou poderia ter sido filmada por outro cineasta. Terror autoral, acima de tudo.

Mesmo assim, ainda há aqueles que insistem em não enxergar seu valor: há estudos sobre a censura no cinema brasileiro que simplesmente o ignora, embora Mojica talvez tenha sido o mais perseguido dos cineastas de nosso país (basta dizer que o veto à sua intempestiva obra-prima Ritual dos Sádicos basicamente arrasou com sua carreira em franca ascensão, ainda em 1970). Mas, é preciso ser justo, desde seu surgimento, Mojica despertou tanto ódio e recalque quanto fascínio e paixão: a crítica se dividiu diante das proezas sádicas de Zé do Caixão, que em 1968 era o nome mais falado do cinema brasileiro nos periódicos de Rio de Janeiro e São Paulo, com verdadeiros embates de críticos contra e a favor de Mojica. Reverenciado na França, onde imediatamente foi comparado ao gênio do surrealismo Luís Buñuel, o diretor paulista serviu como um diapasão que fez ecoar vozes de apoio e reprovação: de um lado, aqueles que viam em Zé do Caixão a rebeldia artística que tinha o poder de eliminar o marasmo do cinema brasileiro; de outro, a ala conservadora, que se ofendia com sua postura blasfema e malcomportada, de demolir a moral e os bons costumes, afrontando e debochando das autoridades, desconfiando da fé, rindo dos ignorantes, pisando nos fracos – e ainda assim se permitindo ser humano o bastante para ter dúvidas.


Cinquenta e cinco anos se passaram desde que Zé do Caixão tomou as telas de cinema sem mandar aviso. Veio um golpe de estado (o de 1964), um AI-5, a Censura, a abertura democrática, outro golpe (o de 2016), e os valores e reflexões do agente funerário continuam pertinentes e persistentes como nunca. O mundo não melhorou; talvez tenha piorado (como podemos deduzir pela reação de Zé do Caixão enquanto caminha pelas caóticas ruas de São Paulo, ao ser libertado da prisão depois de quarenta anos de cárcere). O cinema envelhece tecnicamente, mas nunca emocionalmente. Zé do Caixão nasceu para ser imortal; viva José Mojica Marins!

Após esta introdução (exclusiva para nosso site) apaixonada feita pelo maior especialista no mundo no que diz respeito ao gênio Mojica, fiquem com os 10 filmes essenciais do mestre, escolhidos pelo próprio Carlos Primati. Aliás, podem conferir a entrevista que fiz com ele clicando no nome dele acima, bem como a de outro mestre, roteirista da maioria dos filmes abaixo, Rubens F. Lucchetti, o pai do pulp no Brasil.


Após ser baleado fugindo de um tiroteio, o bandido Jaime cai à margem de um rio, onde é socorrido por duas belas jovens. Ele envolve-se romanticamente com Dorinha, filha de um fazendeiro e, por amor a ela, entrega-se à polícia. Ao sair da prisão, Jaime tem que enfrentar Xavier, um bandido sanguinário que planeja vingar-se do pai de Dorinha.


O cruel e sádico coveiro Zé do Caixão, temido e odiado pelos moradores de uma cidadezinha do interior está obcecado em conseguir gerar o filho perfeito, aquele que possa dar continuidade ao seu sangue. A sua mulher não consegue engravidar e ele acredita que a namorada do seu melhor amigo é a mulher ideal que procura. Violada por Zé do Caixão, a moça quer cometer suicídio para regressar do mundo dos mortos e levar a alma daquele que a violou. A saga de Zé do Caixão continuará em Esta noite encarnarei no teu cadáver.


O coveiro Zé Do Caixão continua sua busca obsessiva: encontrar a mulher ideal para gerar seu filho perfeito - após sobreviver ao ataque sobrenatural no desfecho em À Meia Noite Levarei Sua Alma. Com ajuda do fiel criado Bruno, ele rapta seis beldades, submetendo-as a terríveis sessões de tortura. Aquela que mostrar mais coragem e sobreviver será eleita. No entanto, o coveiro comete um erro imperdoável...

Elevado ao estado inatingível dos seres sobrenaturais, Zé do Caixão desfia sua filosofia e apresenta três contos: Em O Fabricante de Bonecas, marginais invadem a casa de um velhinho e descobrem o segredo da confecção de suas bonecas. Em Tara, um vendedor de balões fantasia uma paixão doentia por uma garota que ele segue obsessivamente pelas ruas. Em Ideologia, o excêntrico Professor Oãxiac Odez tenta provar a um rival que o instinto prevalece sobre a razão, usando métodos nada ortodoxos. 


Um renomado psiquiatra injeta doses de LSD em quatro voluntários com o objetivo de estudar os efeitos do tóxico sob a influência da imagem de Zé do Caixão. O personagem aparece de maneira diferente nos delírios psicodélicos de cada um, misturando sexo, perversão, sadismo e misoginia. Vetado pela Censura Federal mesmo após inúmeros cortes e até a mudança de título passando a se chamar O Despertar da Besta.


Um homem  nu emerge do mar e caminha tranquilamente pelas ruas da cidade, causando espanto geral e interferindo de várias maneiras em episódios cotidianos. Por acaso, evita o rapto de uma criança e a mãe da menina, em reconhecimento, leva-o para casa e lhe dá uma roupa. Continua sua caminhada, chamando sempre a atenção de todos, que o tomam como um novo Cristo. Assumindo o nome Finis Hominis ("O Fim do Homem" em latim), ele é tido pela população como um messias moderno, capaz de operar milagres.


O diretor de cinema José Mojica Marins vai passar fim de semana no campo, na casa da família de um amigo, para descansar e tentar escrever o roteiro de um novo filme, chamado "O Tirador de Demônios". Mas a paz do local logo será quebrada por diversos fenômenos paranormais, e por uma força maléfica que começa a possuir os membros da família.


Dr. George Medeiros é um brilhante cientista que não encontra tempo para sua bela esposa Raquel. Ela então inicia um caso amoroso com Oliver, o melhor amigo de seu marido, e logo os dois planejam eliminar George para ficar com sua fortuna. Aproveitando-se da distração do marido no laboratório, Raquel joga ácido no rosto de George, desfigurando-o. Após meses hospitalizado, o Dr. George volta para casa com um sombrio plano de vingança em mente.


Um brilhante psiquiatra é aterrorizado por pesadelos nos quais Zé do Caixão tenta roubar sua esposa, escolhendo-a como aquela que irá gerar seu filho perfeito. Desorientados, seus colegas médicos decidem buscar ajuda com o cineasta José Mojica Marins, que tenta fazer o psiquiatra compreender que Zé do Caixão não passa de uma simples criação de sua mente.


Após quarenta anos preso numa cela para doentes mentais, Zé do Caixão é finalmente libertado. Novamente em contato com as ruas, o sádico coveiro está decidido a cumprir a mesma meta que o levou preso: encontrar a mulher que possa lhe gerar um filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo, deixa um rastro de horror, enfrentando leis não naturais e crendices populares. 


A DARKSIDE BOOKS lançou ZÉ DO CAIXÃO: A BIOGRAFIA

No livro, os jornalistas André Barcinski e Ivan Finotti desenterram todos os segredos do passado de José Mojica, da infância humilde nos subúrbios de São Paulo até sua consagração internacional.

Um dos cineastas mais produtivos do Brasil, Mojica escreveu, dirigiu, produziu e atuou em mais de trinta filmes, como os clássicos À Meia Noite Roubarei Sua Alma, Esta Noite Encarnarei No Teu Cadáver e O Despertar da Besta. Mojica aprendeu a fazer cinema sozinho, na marra, usando os recursos disponíveis e formando seus próprios técnicos e atores. Como resultado, o mundo ganhou um artista genuinamente brasileiro, que jamais precisou copiar fórmulas estrangeiras.


A biografia, publicada originalmente em 1998, estava há muito tempo fora de catálogo. Uma heresia que a DarkSide Books não poderia perdoar. Muitas sextas-feiras 13 depois, ZÉ DO CAIXÃO - MALDITO, A BIOGRAFIA está sendo relançada pela DarkSide, numa edição à altura do genial diretor – e também padrinho da editora. Com 666 páginas (200 a mais que a antiga versão), o livro conta com muitas fotos inéditas, filmografia atualizada e acabamento luxuoso em capa dura.


Sobre o autor:

André Barcinski é jornalista, crítico, escritor e diretor de cinema e TV. Ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro de não-ficção por Barulho – uma viagem ao underground do rock americano (1992). Produziu o programa O Estranho Mundo de Zé do Caixão, no Canal Brasil. É corroteirista da minissérie Zé do Caixão, com Matheus Natchergaele, adaptação do seu livro Zé do Caixão – Maldito, a Biografia. Ivan Finotti nasceu em São Paulo em 1970. 


Trabalhou nos jornais Notícias Populares, O Estado de S. Paulo, Diário de S. Paulo e revista Super Interessante. Na Folha de S. Paulo foi repórter cultural e editor das revistas sãopaulo e Serafina e do caderno Folhateen, no qual ganhou, em 2008, o prêmio Esso de Criação Gráfica. Em 2001, dividiu com André Barcinski premiação no Festival de Sundance pela direção do documentário Maldito, baseado neste livro. Atualmente é editor da Ilustrada.



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