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A BOLHA ASSASSINA (1988) - FILM REVIEW



A bolha.

Texto: M.V.Pacheco

Revisão: Thais A.F. Melo


Cinema é um universo a ser descoberto ou redescoberto. Em 1988, quando assisti A Bolha Assassina nos cinemas, jamais pensei que era um remake de um filme dos anos 50 e com Steve Mcqueen. Pouco anos depois, descobri que o filme rendeu uma continuação dirigida por Larry Hagman, o eterno J.R. de Dallas. Foi um universo descoberto. 

Trinta anos depois, revi e o filme continua belo, atual e bem feito. Algo raro no cinema de horror "B" dos anos 80: envelhecer bem e em forma. Mas aí redescubro o universo da bolha assassina e para minha surpresa, é baseado numa história real.


Bom, vamos à história primeiro: Na trama, um velho passeia entre os arbustos da periferia quando encontra uma bolha gelatinosa que veio do espaço. Logo a bolha gruda em seu corpo, devorando-o em seguida. Uma amostra dela é levada a um médico, que não consegue identificar sua formação. A bolha cada vez mais necessita de nutrientes, o que faz com que ataque um teatro, um depósito de carnes e enfrente a população da cidade em campo aberto, devorando centenas de pessoas.

Baseado Real

Não, você não fumou um baseado. A história da bolha aconteceu. Ou quase. Num incidente ocorrido em 1950, dois policiais veteranos da Filadélfia (EUA), Joe Keenan e John Collins, verificaram a queda do céu de algo, que lembrou um paraquedas, mas ao chegarem perto, se depararam com uma geleia roxa que brilhava. As bolhas pulsavam (como se estivesse quente ou viva!!!). Os policiais descreveram a "geleia roxa" com aproximadamente 1,80 metro de diâmetro, aproximadamente 1 metro de altura no ápice.
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Os policiais pediram reforços, e quando chegaram, um deles resolveu fazer igual aquele senhor do filme de 1988: pegar a bolha. Mas não é que ela evaporou? Aí termina a história e começa a lenda, ou melhor, o filme. O sargento Joe Cook pegou um canudo curto e pescou um punhado do objeto aparentemente sólido. 

Ele instantaneamente se partiu em sua mão, com pequenos glóbulos grudados em sua pele. Em segunda, esses glóbulos evaporaram e ele ficou com uma mancha sem cheiro na mão. Após trinta minutos, a bolha evaporou completamente. Todos os quatro oficiais acreditam que a bolha era um "organismo vivo".


Lógico, evidente, que em plena neurose da Guerra Fria, o evento foi traduzido para o cinema oito anos depois. 

A produção:

O roteirista Frank Darabont conheceu o diretor Chuck Russell em 1981, enquanto trabalhava como assistente de produção no filme Noite Infernal de Tom DeSimone. Eles fizeram juntos o ótimo "A Hora do Pesadelo 3: Guerreiro dos Sonhos". Curioso como dois realizadores tão bons fizeram menos de 10 filmes (Chuck fez 8 filmes enquanto Darabont fez apenas 5).


Chuck Russell emulou Hitchcock matando o personagem que todos identificariam como "O Herói" no meio do filme, para que todos pensassem "que se ele morreu, qualquer um poderia". Foi oferecido a Chad McQueen o papel de "Brian Flagg", mas ele recusou por dois motivos: Ele não gostou do roteiro (!!!); Sua política estrita de nunca atuar em nenhuma produção baseada ou inspirada no trabalho de seu pai, Steve McQueen . 

O uso de motocicletas Triumph era uma referência a Steve McQueen, que foi a estrela do original A Bolha Assassina (1958). McQueen possuía várias delas. As motos usadas por Kevin Dillon no filme são uma Tiger Triumph de 500cc T100R e um Tiger Triumph de 200cc T20 para os saltos. 


Um dos produtores deste filme, Jack H. Harris, também foi o produtor da versão original de 1958. Ele faleceu em 14 de março de 2017. Como de costume em filmes de terror, o diretor Chuck Russell faz uma ponta como o gerente, que está sentado com o público no cinema, precisamente na segunda fila, à esquerda do centro durante a cena em que as pessoas reagem assustadas. Del Close, que interpreta o Rev Meeker, também apareceu em um pequeno papel em Beware! The Blob continuação de 1972. 

Por alguns minutos de tela, perto do final do filme, onde o reverendo Meeker tem uma cena com queimaduras recentes e outra com queimaduras curadas, o ator Del Close precisou de cinco horas e meia de preparação de maquiagem para queimaduras recentes, e sete horas e meia para queimaduras curadas. Que sacrifício para uma cena tão pequena, não? Você pode vê-lo maquiando e maquiado nas cenas mostradas neste post. 


Referências...

O co-escritor Frank Darabont incluiu muitas referências de Stephen King neste filme, muitas delas focadas em "Dança da Morte". Vamos a algumas delas: A personagem Shawnee Smith se chama Meg Penny, um aceno ao Pennywise, vilão de It - uma obra prima do medo. No romance, o vírus é projetado pelo governo dos EUA em um laboratório de armas biológicas e acidentalmente desencadeado, resultando em uma pandemia mundial; no filme a bolha assassina também é o resultado de experimentos em guerra biológica acidentalmente desencadeada pelo governo. 


Além disso, embora os agentes do governo conheçam a verdadeira natureza da bolha, eles dizem aos cidadãos de Arborville que estão lidando com uma doença altamente contagiosa; Kevin Dillon interpreta Brian Flagg; o demoníaco Randall Flagg apareceu em vários romances de King, fazendo sua primeira aparição em "Dança da Morte"; A primeira vítima da bolha, o morador de rua, é creditada como "Can Man", uma referência ao personagem de ‘Dança da Morte’ "Trash Can Man". Trash Can Man foi o seguidor mais dedicado de Randall Flagg; neste filme, Can Man compartilha quase todas as cenas com Brian Flagg.

Não só pelas curiosidades ou por ser um dos mais memoráveis remakes de um filme de horror, mas A Bolha Assassina é um dos grandes filmes do gênero dos anos 80. Pode acreditar, afinal, terror não tem forma.

https://www.pipoca3d.com.br/2020/03/a-bolha-assassina-1988-film-review.html
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