MARK PATTON - RESPONDE ÀS 7 PERGUNTAS CAPITAIS
Mark Patton é um ator norte-americano, mais conhecido por seu papel como Jesse Walsh no filme de terror "A Hora do pesadelo 2: A Vingança de Freddy" (1985). Ele começou sua carreira como ator na Broadway antes de fazer a transição para o cinema. Patton nasceu em 22 de setembro de 1959 e é formado como designer de interiores além de ator, iniciando sua carreira de ator profissional em 1982,
Porém, após o papel de Jesse, Mark decidiu se afastar da indústria cinematográfica devido a questões pessoais. Ele viveu por muitos anos na Europa antes de retornar aos Estados Unidos e se tornar um defensor dos direitos LGBTQIAP+.
E hoje, com vocês, Mark Patton
1) É comum lembrarmos com carinho do início da nossa relação com o cinema. Os filmes ruins que nos marcaram, os cinemas frequentados (que hoje, provavelmente, estão fechados), as extintas locadoras de VHS e DVD que faziam parte do nosso cotidiano. Você é um apaixonado por cinema? Conte um pouco de como é sua relação com a 7ª arte.
M.P.: O Cinema foi um segundo amor, o Teatro veio primeiro. Eu fiz minha estreia na Broadway com uma grande atenção da mídia. "James Dean, o Mito Sobrevive", foi o epicentro da mudança de área. Cher, Sandy Dennis, Karen Black, Kathy Bates e eu, dirigidos pelo autor Robert Altman... após a conclusão de uma temporada na Broadway, começamos imediatamente a filmar, e a produção deu o tom da minha vida.
2) Com relação às suas preferências cinematográficas, há uma lista dos filmes de sua vida? Um Top 10 ou mesmo, o filme mais importante?
M.P.: Os filmes mais importantes foram históricos, em nenhuma ordem particular: O Talentoso Ripley, Retrato de uma Mulher, Eduardo II, O Segredo de Brokeback Mountain, Meu Querido Companheiro e por diversão, eu adoro O Diabo Veste Prada. Meus amigos me chamam de Miranda Priestly “that's all”.
3) Falando agora do seu grande retorno. Qual foi sua inspiração para criar o documentário "Scream, Queen! My Nightmare on Elm Street"?
M.P.: O "Universo" me chamou para conceber "Scream, Queen! My Nightmare on Elm Street". Eu intuitivamente sabia que era uma história poderosa que precisava ser contada, e simplesmente dei um passo de cada vez, sempre acreditando que seria feito. Por exemplo, quando precisávamos de um advogado, apareceu, mas como ele era advogado, apareceu com uma grande conta anexada. Eu não entendia as dificuldades e não imaginava as despesas de fazer um filme assim, mas a ignorância me deu forças para continuar seguindo em frente.
4) O que fez você decidir se afastar da atuação nos anos 80?
M.P.: Em retrospecto, eu me afastei por medo... medo de que eu estava prestes a realizar meus sonhos, mas também ser exposto de forma negativa. Era um preço alto e eu fugi. Esse é o maior arrependimento da minha vida, pois deveria ter ficado na luta. Eu estava em uma zona de conforto e me sentia entrando numa arena nu e muito vulnerável.
M.V.: E o que te trouxe de volta nos anos 2000?
M.P.: Senti que eu estava pronto para lutar pelo meu próprio respeito. O show business não me devorou e eu sabia disso.
5) Eu cresci como um grande fã de A Hora do Pesadelo, assistindo os dois primeiros no final dos anos 80 na Televisão (precisamente, 02/12/1988 e 12/04/89, respectivamente) e eu admito que, ainda que eu tenha revisto eles várias vezes naqueles anos, não percebi o subtexto, que é tão evidente. Hoje vejo o filme de forma completamente diferente, reconhecendo que ele é bem melhor do que eu pensava que era na época.
M.P.: Bem, porque não foi codificado para você.
M.V.: Sem dúvidas. A representatividade neste filme foi muito forte. Jesse foi um dos melhores personagens de Elm Street. Ainda que encriptado, ele certamente dialogou com as pessoas que se enxergaram nas telas.
M.P.: Eu sempre vivi e continuarei vivendo Jesse e a "Vingança de Freddy". Tudo no filme funcionou como deveria.
M.V.: Neste sentido, o documentário "Scream, Queen! My Nightmare on Elm Street" é um poderoso mecanismo para reconhecer melhor as nuances do filme.
M.P.: Sim, verdade.
6) Fazer cinema envolve muitas variáveis. Esforço, investimento, paixão, talento... E a sinergia destes elementos faz o resultado. Qual trabalho em sua carreira considera o melhor?
M.P.: Curioso que o maior orgulho e o grande arrependimento estejam ligados ao mesmo filme. A Hora do Pesadelo 2 foi a referência da minha vida, ao passo que, como citado, o medo me fez viver menos a experiência do que havíamos feito. Eu sou adulto, um ativista gay, e sou muito forte agora. Eu não era quando eu tinha 20 e poucos anos.
7) Para finalizar, deixe uma frase ou pensamento envolvendo o cinema que representa você.
M.P.: "Dez mil flores na primavera, uma brisa fresca no verão, a lua cheia no outono, neve no inverno... quando sua mente não está nublada por coisas desnecessárias, esta é a melhor estação da sua vida." Por Wu-Men
Busque, pergunte, bata em portas. Comece onde você está, faça o que puder com a Graça, peça ajuda e acredite que Deus ajudará.
M.V.: Obrigado Mark...
M.P.: Obrigado. 💓