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7 OBRAS PRIMAS QUE MOSTRAM OS HORRORES DA ESCRAVIDÃO

 

 
Costumo propor reflexões através da minha introdução, mas hoje vou passar esta função para as produções do post, que demorou 3 anos para ser concluído (não escrito, claro). O fato é que estabeleci uma linha temporal que passou a existir por completo somente em 2022, com o lançamento de Emancipação.

Reuni 7 produções recentes, que se unidas, tem uma perfeita sinergia. Do negro livre levado à escravidão à assustadora história ficcional da escravidão atualmente. Do painel que mostra a escravidão ao longo de gerações à produção que mostrou a famosa rota de fuga de escravos. Da figura que assinou a abolição da escravidão à escrava que fugiu, mas voltou para libertar, na prática, centenas de escravos. E finalizando com o filme sobre o personagem que se tornou símbolo do período por conta de uma foto.


Para quem gosta de se aventurar por temas, eis 7 grandes obras que te farão pensar sobre o racismo (em particular, o americano) e a evolução do ser humano desde o fim da escravidão.

E afinal, o ser humano evoluiu? 

E a escravidão? Realmente teve um fim?  

Ter consciência do próprio erro é o primeiro passo para a mudança.


Harriet Tubman consegue escapar da escravidão e decide ajudar centenas de escravos a fugir do sul dos Estados Unidos durante a Guerra de Secessão norte-americana. Suas ações dão um novo direcionamento para a história e a ativista política se torna uma das maiores heroínas do país.

Por que merece ser visto? 

 Harriet Tubman foi uma abolicionista e ativista americana, que nasceu escravizada, fugiu e logo em seguida, fez 19 missões para resgatar cerca de 300 pessoas escravizadas, incluindo familiares e amigos, usando a rede de ativistas contra escravatura e abrigos conhecida como Underground Railroad (que é outra indicação de hoje). Durante a Guerra Civil Americana, ela serviu como batedora armada e espiã para o exército da União. Em seus últimos anos, Tubman tornou-se uma ativista pela causa do sufrágio feminino. 


1841. Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor) é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo. Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos, ele passa por dois senhores, Ford (Benedict Cumberbatch) e Edwin Epps (Michael Fassbender), que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

Por que merece ser visto? 

Cada produção está na lista por uma razão específica. E as 7, juntas, formam um vislumbre do que foi o horror da escravidão. Esta não-ficção, baseada em um livro de memórias escrito em 1853, também foi a fonte do telefilme de 1984, American Playhouse: Solomon Northup's Odyssey, estrelado por Avery Brooks. E ela mostra a dura realidade de um negro, livre, sequestrado e levado para ser escravo.


Baseado na obra de Colson Whitehead, a história acompanha Cora (Thuso Mbedu), uma mulher escravizada que enfrenta desde cedo as dificuldades da vida. Ela trabalha em uma plantação de algodão no estado americano da Geórgia, onde não parece se enturmar com os outros escravizados. Mas tudo começa a mudar quando ela conhece Caesar (Aaron Pierre), um recém-chegado na região, que possui informações sobre uma ferrovia subterrânea que pode servir como uma rota clandestina de fuga. 

Ao longo de sua jornada, Cora se vê perseguida por Ridgeway (Joel Edgerton), um caçador de recompensas obcecado em levá-la de volta à fazenda da qual escapou – especialmente porque a mãe dela, Mabel (Sheila Atim), é a única que ele nunca conseguiu capturar. Enquanto viaja pelo país, Cora precisa lidar com o legado de sua mãe, que a abandonou, e com sua própria luta para alcançar a liberdade.

Por que merece ser visto? 

O Underground Railroad foi uma rede secreta de rotas e esconderijos estabelecida nos Estados Unidos em meados do século XIX e era utilizada por afro-americanos escravizados para escapar. A série, criada por Barry Jenkins (Moonligh), é uma obra prima da TV, uma verdadeira obra de arte. 


Emancipation – Uma História de Liberdade conta a triunfante história de um homem escravizado que foge e atravessa os pântanos da Louisiana, nos Estados Unidos, em uma jornada tortuosa para escapar dos proprietários de plantações que quase o mataram. Peter (Will Smith) é o homem em busca da sua liberdade, que escapa da escravidão confiando em sua inteligência, fé inabalável e profundo amor por sua família, fazendo o impossível para se livrar dos caçadores de sangue-frio nos implacáveis pântanos da Louisiana

Por que merece ser visto? 

O filme é inspirado nas fotos reais, de 1863, de “Peter Chicoteado" (Whipped Peter), tiradas durante um exame médico do Exército dos EUA, que apareceram, pela primeira vez, na revista Harper’s Weekly. Uma destas fotos, conhecida como “As Costas Açoitadas” (The Scourged Back), mostra as costas nuas de Peter, mutiladas pelas chicotadas de seus escravizadores e acabou contribuindo para a crescente oposição pública à escravidão, se tornando um símbolo das atrocidades cometidas em seu tempo.


Veronica (Janelle Monáe) é uma jovem mãe e autora de sucesso que precisa arrumar suas malas para ir promover o novo livro em uma turnê pelos Estados Unidos. Mesmo resistindo em deixar a família para trás, ela decide embarcar na jornada profissional. No entanto, um pesadelo recente tem assombrado sua vida. Na noite anterior, Veronica sonhou que era Eden, uma mulher escrava em Louisiana vivendo em condições terríveis do passado.

Por que merece ser visto? 

A Escolhida é um filme que pode causar certa confusão ao longo de sua narrativa, afastando o telespectador menos interessado. Na realidade, o filme mostra uma situação (que não é real, mas poderia muito bem acontecer) que acontece atualmente, enquanto pensamos que a personagem parece perdida, como se viajasse no tempo (a esperta edição faz o plot twist acontecer de forma realmente surpreendente).

A Escolhida não é um relato real da escravidão de outrora. É um alerta de que isso pode estar acontecendo numa fazenda perto de você e nem sequer percebemos. 


A história acompanha Kunta Kinte (Malachi Kirby), um africano capturado no final da década de 1760 e vendido nos EUA como escravo a um fazendeiro de Maryland. Lá, ele recebe o nome de Toby e é posto sob a guarda de Fiddler (Forest Whitaker), outro escravo, com a missão de ensinar-lhe inglês e as regras de como se comportar. Após várias tentativas de fuga, passando por castigos cada vez piores, Kunta aceita sua nova situação.

Por que merece ser visto? 

Mantendo como pano de fundo as transformações sociais e políticas pelas quais os EUA passa ao longo das décadas, a obra de Haley apresenta a trajetória de Kunta, passando pela Guerra Civil e o fim da escravidão, até chegar na vida de seu bisneto.

Esta é a segunda vez que a obra é adaptada. Em 1977, a minissérie Raízes se transformou em uma das maiores audiências da TV americana. Marca que mantém até hoje. O sucesso levou à produção de uma sequência, Raízes: a Nova Geração, exibida em 1979. 


Ao mesmo tempo, em que se ocorria a Guerra Civil norte-americana, que acabou com a vitória do Norte, o presidente Abraham Lincoln, tinha de tratar de uma batalha ainda mais difícil em Washington. Ao lado de seus colegas de partido, ele tentava passar uma emenda à Constituição dos Estados Unidos que acabava com a escravidão.

Por que merece ser visto? 

99% da filmografia de Steven Spielberg é essencial para qualquer cinéfilo, mas com relação à nossa lista, Abraham Lincoln é uma figura que representa o fim, em teoria, da escravidão nos EUA. Na década de 1850, ela era legalmente aceita no Sul dos Estados Unidos. Doze anos (de escravidão) depois, em 19 de junho de 1862, o Congresso, com o consentimento de Lincoln, aprovou uma lei para banir a escravidão de todos os territórios federais. 

A Proclamação de Emancipação, emitida em 22 de setembro de 1862, e colocada em prática em 1º de janeiro de 1863, declarou livres os escravos em dez estados que não estavam sob o controle unionista, com isenções específicas à duas áreas já controladas em dois estados. Dois anos depois, enquanto Abraham promovia o direito de voto aos negros, o já mal-intencionado John Wilkes, entendeu que não podia esperar muito, e o assassinou em 15 de abril de 1865.



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